Padrão de alérgenos inaláveis na poeira domiciliar em pacientes atópicos de Curitiba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Cinthya Covessi Thom de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/33459
Resumo: Resumo: Os aeroalérgenos desempenham papel relevante na patogênese da asma e da rinite alérgica. São capazes de sensibilizar e deflagrar o surgimento de doenças alérgicas. Em uma mesma região, com o passar dos anos, podem ocorrer mudanças no predomínio dos aeroalérgenos, decorrentes das condições climáticas, sócioeconômicas e culturais. O conhecimento da flora e fauna alergênica de cada região pode propiciar melhor tratamento dos indivíduos alérgicos. Os objetivos deste estudo foram avaliar o padrão de exposição alergênica atual entre os pacientes atópicos de Curitiba, bem como seu grau de sensibilização e relacioná-los entre si e com as manifestações clínicas. Para tal, foram triados 44 pacientes entre 6 e 14 anos, com teste cutâneo positivo para Dermatophagoides pteronyssinus e diagnóstico de asma e/ou rinite alérgica. Destes pacientes foram avaliados os dados clínicos presentes em prontuários médicos e realizadas coleta de sangue para análise de IgE total e específica (D. pteronyssinus, D. farinae, B. tropicalis, B. germanica, epitélio de cão e gato), por Immunocap. Amostras de poeira dos domicílios foram coletadas do chão e roupa de cama e analisadas pelo método ELISA para Der p 1, Der f 1, Blo t 5, Can f 1 e Fel d 1. Todos os alérgenos foram mais frequentes e em maiores níveis nas amostras de roupa de cama. O alérgeno mais frequente e em maior concentração foi o Der p 1, com mediana de 4,34 mcg/g de poeira nas amostras de roupa de cama. O Can f 1 foi o segundo alérgeno mais freqüente, mesmo em domicílios sem a presença do cão, contudo suas concentrações foram baixas. Os demais alérgenos foram menos frequêntes e em concentrações muito baixas. Diferenças significativas foram encontradas para os níveis de alérgenos dos ácaros e Can f 1, em domicílios com cão e sem cão, sendo os níveis mais elevados no primeiro grupo. Níveis de Blo t 5 em amostras de chão foram mais elevados em domicílios com maior número de habitantes. Can f 1 esteve em maiores concentrações em amostras de roupa de cama naqueles que realizavam a troca de roupa de cama de forma mais esporádica. A mediana de IgE total encontrada neste estudo foi de 778 kU/L. A positividade da IgE específica para D. pteronyssinus, D. farinae e B. tropicalis foi de 97,6%, para B. germanica de 58,1%, epitélio de cão 51,2% e epitélio de gato 20,9%. A positividade nos testes cutâneos alérgicos para ácaros teve boa relação com os níveis de IgE para os respectivos alérgenos. Não houve relação entre os níveis de exposição alergênica e grau de sensibilização. Da mesma forma, não houve relação de gravidade das doenças alérgicas com estas duas variáveis. Apenas amostras de poeira de chão foram mais elevadas para Der p 1 nas casas de asmáticos mais graves. Houve tendência a maiores níveis de IgE específica em pacientes asmáticos, quando comparados a não asmáticos. Por fim, pacientes atópicos de Curitiba estão expostos principalmente ao D. pteronyssinus, que predominou nas amostras de roupa de cama, seguido pelo alérgeno do cão, que foi bastante frequente, mas em níveis baixos. A presença do cão domiciliar foi marcante no aumento dos níveis de alérgenos dos ácaros. Neste estudo, não se verificou associação do grau de exposição com níveis de IgE total e específica, bem como com os sintomas apresentados por estes pacientes atópicos.
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