Análise da estrutura espacial horizontal de uma floresta de terra firme da amazônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Ulisses Silva da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25332
Resumo: A presente pesquisa consiste de três partes: i) caracterização inicial da estrutura diamétrica e frequência fitossociológica da floresta, antes e depois do corte seletivo, ii) uso da função K (·) na determinação do tamanho da janela de análise para padrões pontuais de três espécies florestais e, iii) teste de viabilidade com a função K (·), de um método de controle do corte de árvores com critério espacial. Os dados são provenientes de um inventário florestal em completa enumeração realizado no ano 2000, em uma área de 800 hectares, localizada na Floresta Nacional do Tapajós, município de Belterra, Estado do Pará, Brasil. Na primeira parte, a caracterização da estrutura diamétrica foi conduzida utilizando-se técnicas de expressão gráfica com os dados agrupados em classes de amplitudes variáveis, que permitiram uma visão conjunta dos perfis das distribuições diamétricas antes e depois do corte seletivo. Observou-se que a intensidade de corte seletivo somente em poucos casos promoveu alterações satisfatórias na estrutura diamétrica, sendo que na maioria dos casos observados não foi praticada uma redução equilibrada da abundância nas classes diamétricas, com efeitos mais críticos decorrentes da eliminação de classes diamétricas para as espécies Louro vermelho (Sextonia rubra Mez van der Werff) e Cumaru (Dipteryx odorata Aubl. Wild.). Na segunda parte, foi usada a função Kinhom do Spatstat-R, para processos não homogêneos de Poisson, enquanto os envelopes de confiança com 3000 simulações foram gerados pela função Kenv.csr do Splancs-R. Para os cálculos envolvidos na estimativa da densidade espacial foi usada a função Applynbd recentemente incorporada à versão 1.2-1 do Spatstat-R. Observou-se que, o uso da amostragem espacial aleatória com parcelas não independentes, produziu resultados consistentes com a função K (·), permitindo estabelecer como parâmetro de referência a utilização de áreas mínimas de 100 hectares em análises de processos pontuais para espécies e condições florestais da Amazônia ou similares. Na terceira parte, o uso de amostragem espacial aleatória foi utilizada na introdução do método de controle da seleção de árvores por filtro de área (MECOFA) e sua eficiência foi testada usando-se uma variante do método de seleção tradicional, em análise conjunta que envolveu a função K (·). Observou-se que, diferentemente do método de seleção tradicional, o MECOFA melhorou o controle sobre o percentual de redução das variáveis número de árvores e volume a ser explorado, pois, os valores médios para essas variáveis ficaram abaixo de 10%, permitindo também manter áreas de fragmentos densos de florestas, intercalados entre as áreas manejadas, formando zonas de proteção entre cortes sucessivos.
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