A questão da congruência entre os argumentos antifisicalistas do conhecimento e da conceptibilidade
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/72792 |
Resumo: | Orientador: Prof. Dr. Breno Hax Junior |
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Navolar, Fabiano Bassetti B., 1976-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em FilosofiaHax Junior, Breno, 1969-2022-01-20T17:42:38Z2022-01-20T17:42:38Z2020https://hdl.handle.net/1884/72792Orientador: Prof. Dr. Breno Hax JuniorTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 22/10/2020Inclui referências: p. 169-173Resumo: Este trabalho descreve e analisa o problema da congruência entre o argumento do conhecimento, de Frank Jackson, e o argumento dos zumbis, visando a aprofundar a compreensão acerca da estrutura e da eventual validade dessas notórias argumentações dualistas, bem como a explorar consequências legítimas de tal análise, no que concerne a algumas interpretações, consideradas plausíveis, do problema mente-corpo. Chalmers entende que os argumentos da conceptibilidade e do conhecimento funcionam de forma complementar, cooperando efetivamente na tarefa de negar o fisicalismo. Para esse filósofo, por um lado, o argumento do conhecimento teria, como fundamento, uma premissa de difícil contestação: o aprendizado sobreveniente de Mary. Por outro, o argumento da conceptibilidade, embora construído sobre uma assertiva mais frágil, em sentido empírico, seria irretorquível quanto à dedução da falsidade do fisicalismo, desde que a sua premissa central - a da conceptibilidade dos zumbis fenomênicos - fosse considerada inequívoca. Desse modo, tais argumentos mutuamente se apoiariam, suprindo, de maneira recíproca, as suas respectivas vulnerabilidades. Contudo, McGeer apresenta uma crítica que pretende abranger não apenas a referida noção de complementariedade de Chalmers, mas igualmente a própria validade dos argumentos que ele considera fortalecidos em associação. Tal crítica consiste na combinação dos dois principais argumentos antifisicalistas, o que dá origem ao experimento mental de Mary zumbi, a partir do qual McGeer passa a apontar falhas e contradições nos argumentos em foco, bem como no próprio dualismo, o que termina por amparar, enfim, uma conclusão eliminativista. Após a proposta de uma metacrítica ao argumento de Mary zumbi, algumas considerações de McGeer são corroboradas, como o fato de o argumento do conhecimento não se mostrar, com efeito, apto a refutar o fisicalismo, enquanto outras conclusões, como a rejeição peremptória ao dualismo e o desabono ao argumento dos zumbis são contextualizadas e, por fim, rejeitadas. Em relação ao argumento de Jackson, sugere-se que a irrelevância de uma hipotética natureza fenomenal da experiência - para a transformação cognitiva de Mary -, embora torne o argumento inócuo quanto à justificação do dualismo, não se mostra suficiente para sancionar a inexistência do fenomênico. Propõe-se que o aprendizado sobreveniente de Mary pode ser atribuído à experiência concebida em termos físicos e funcionais estritos, despida de qualquer significado fenomênico, sem que isso valha a própria negação ontológica do fenomenal. Assim, a experiência, sob o mero enfoque epistêmico, revela-se irredutível a outros processos cognitivos, como parece mostrar uma verossímil, embora heterodoxa, interpretação do argumento de Jackson.Abstract: This work describes and analyzes the congruence problem between Frank Jackson's knowledge argument and the zombie argument, aiming to deepen the understanding about the structure and possible validity of these notorious dualist arguments, as well as to explore the legitimate consequences of such analysis, with regard to some interpretations, considered plausible, of the mind-body problem. Chalmers understands that arguments of conceivability and knowledge work in a complementary manner, effectively cooperating in the task of denying physicalism. For this philosopher, on the one hand, the knowledge argument would have, as a basis, a premise that is difficult to be challenged: Mary's supervening learning. On the other hand, the conceivability argument, although built on a more fragile assertion, in an empirical sense, would be unanswerable as to the deduction of physicalism falsehood, provided that its central premise - that of the conceivability of phenomenal zombies - was considered unequivocal. Thus, such arguments would support each other, supplying, in a reciprocal manner, their respective vulnerabilities. However, McGeer presents a criticism that aims to cover not only Chalmers' notion of complementarity, but also the very validity of arguments that he considers strengthened in association. Such criticism consists of the combination of the two main anti-physicalist arguments, which gives rise to Mary Zombie mental experiment, from which McGeer starts to point out flaws and contradictions in arguments in focus, as well as in the dualism itself, which ends up supporting, in short, an eliminativist conclusion. After proposing a metacritic to the Mary zombie argument, some of McGeer's considerations are corroborated, such as the fact that the knowledge argument is not, in effect, fit to refute physicalism, while other conclusions, such as the peremptory rejection of dualism and the disagreement with the zombies' argument are contextualized and, finally, rejected. Regarding Jackson's argument, it is suggested that the irrelevance of a hypothetical phenomenal nature of experience - for Mary's cognitive transformation -, while rendering the argument innocuous as to the justification of dualism, is not sufficient to sanction the phenomenal's absence. It is proposed that Mary's supervening learning can be attributed to the experience conceived in strict physical and functional terms, stripped of any phenomenal meaning, without that being equivalent to the very ontological negation of the phenomenal. Thus, the experience, under the mere epistemic focus, proves to be irreducible to other cognitive processes, as a verisimilar, although heterodox, interpretation of Jackson's argument seems to show.Riassunto: Questo lavoro descrive e analizza il problema della congruenza tra l'argomento della conoscenza di Frank Jackson e l'argomento degli zombie, al fine di approfondire la comprensione della struttura e della possibile validità di queste ben note argomentazioni dualiste, nonché per esplorare le legittime conseguenze di tale analisi, rispetto ad alcune interpretazioni, ritenute plausibili, del problema mente-corpo. Chalmers afferma che gli argomenti di concepibilità e conoscenza funzionano in modo complementare, cooperando efficacemente nel compito di negare il fisicalismo. Per questo filosofo, da un lato, l'argomento della conoscenza avrebbe, come fondamento, una premessa di difficile sfida: l'apprendimento sopravvenuto di Mary. D'altra parte, l'argomento di concepibilità, sebbene costruito su un'affermazione più fragile, in senso empirico, sarebbe inconfutabile rispetto alla deduzione della falsità del fisicalismo, a condizione che la sua premessa centrale - quella della concepibilità degli zombie fenomenici - fosse considerata inequivocabile. In questo modo, tali argomenti si sosterrebbero reciprocamente, colmando anche le rispettive vulnerabilità. Tuttavia, McGeer presenta una critica che include non solo la nozione di complementarità di Chalmers, ma anche la validità stessa degli argomenti che considera rafforzati dall'associazione. Tale critica consiste nella combinazione dei due principali argomenti antifisicalisti, da cui ha origine l'esperimento mentale di Mary la zombie e a partire dal quale McGeer inizia a sottolineare difetti e contraddizioni negli argomenti trattati, nonché nel dualismo stesso, e finisce per supportare, insomma, una conclusione eliminativista. Dopo aver proposto una metacritica all'argomento di Mary la zombie, alcune delle considerazioni di McGeer vengono corroborate, come il fatto che l'argomento della conoscenza non è, in effetti, atto a confutare il fisicalismo, mentre altre conclusioni, come il rifiuto perentorio del dualismo e il disaccordo con l'argomento degli zombie, vengono contestualizzate e, infine, respinte. Per quanto riguarda l'argomento di Jackson, si suggerisce che l'irrilevanza di una ipotetica natura fenomenica dell'esperienza - per la trasformazione cognitiva di Mary -, pur rendendo l'argomento innocuo riguardo alla giustificazione del dualismo, non è sufficiente a sanzionare l'inesistenza del fenomenico. Si propone che l'apprendimento sopravvissuto di Mary possa essere attribuito all'esperienza concepita in termini fisici e funzionali rigorosi, spogliata di ogni significato fenomenico, senza che per questo valga la negazione ontologica del fenomenico. Pertanto, l'esperienza, sotto il mero focus epistemico, si rivela irriducibile ad altri processi cognitivi, come sembra mostrare un'interpretazione verosimile, per quanto eterodossa, dell'argomento di Jackson.1 arquivo (190 p.).application/pdfDualismoMaterialismoCorpo e menteFilosofia da menteFilosofiaA questão da congruência entre os argumentos antifisicalistas do conhecimento e da conceptibilidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - FABIANO BASSETTI BORBA NAVOLAR.pdfapplication/pdf2128503https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/72792/1/R%20-%20T%20-%20FABIANO%20BASSETTI%20BORBA%20NAVOLAR.pdfa3d924485e031ae0d19b827e8f126589MD51open access1884/727922022-01-20 14:42:38.9open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/72792Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-01-20T17:42:38Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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