Associação do histórico de atividades físicas, aptidão cardiorrespiratória e fatores de risco cardiovasculares em escolares da rede pública
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/27573 |
Resumo: | Resumo: RESUMO O sedentarismo está associado à presença de fatores de risco e, por conseqüência, ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). A inatividade física não pode ser avaliada pela aptidão cardiorrespiratória (APCR) e sim por instrumentos que avaliem o nível de atividades físicas (NAF). O NAF pode ser avaliado de forma objetiva (observação ou acelerômetros) ou subjetiva por meio de questionários. O objetivo desse estudo foi investigar o NAF, a sua relação com a APCR e frequência de fatores de riscos cardiovasculares (excesso de peso, obesidade visceral, medidas hipertensivas e sedentarismo) em escolares da rede pública. Estudo epidemiológico prospectivo com delineamento transversal realizado com 1306 escolares (581 meninos e 725 meninas), provenientes de cinco escolas municipais de Curitiba-PR. A estatura, a massa corporal, a circunferência abdominal (CA) e a pressão arterial (PA) foram mensuradas. Caracterizou-se o estágio maturacional por auto-avaliação, pelos critérios de pilificação de Tanner, classificando os escolares em pré-púberes (P1), púberes (P2 a P4) e pós-púberes (P5). A APCR foi avaliada pelo teste de Léger, determinando-se o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e a freqüência cardíaca máxima (FCmáx). O HAF foi medido pelo 3DPAR. Na análise estatística foi utilizada a análise de variância (ANOVA) para as variáveis quantitativas modelo fatorial, seguido do teste de Tukey para discriminação dos pares de médias com significância estatística. Para as variáveis categóricas foram construídas a tabelas de frequência resultante de contagem, e realizado o teste de qui-quadrado. Consideraram-se significantes as diferenças de p<0,05. Os meninos apresentaram médias superiores na idade, estatura, PAS e PAD, VO2máx e FCmáx em relação às meninas (p<0,05). Em relação aos riscos cardiovasculares, o excesso de peso foi encontrado em 31,92% do total da amostra, 28,52% com obesidade visceral, 16,91% com níveis hipertensivos, 47,32% com aptidão física fraca/muito fraca e 45,29% encontram-se abaixo dos 300 min/semana. Na análise dos indivíduos com NAF menor que 300 min/semana, os meninos apresentaram frequências de excesso de peso em 30,08% da amostra, obesidade visceral em 22,56% e níveis hipertensivos em 16,44%. Resultados semelhantes ocorreram nas meninas, aparecendo excesso de peso em 37,06% delas, obesidade visceral em 35,92% e níveis hipertensivos em 17,15%. Não foram encontradas diferenças significativas nas variáveis de excesso de peso, obesidade visceral tanto em meninos, quanto em meninas quando analisados os fatores de risco cardiovasculares e NAF. As meninas com NAF acima de 300 min./semana apresentaram menores médias para IMC, CA, PAS e PAD em relação às que estão abaixo dos 300 minutos e os meninos com NAF acima de 300 min./semana apresentaram menor média de PAD e maior de VO2máx. do que os abaixo dos 300 min./semana. Na correlação entre NAF e APCR foram encontradas diferenças significativas em meninos (r= -0,10 e p=0,01) e não foram encontradas em meninas (r= -0,03 e p=0,36). Conclui-se que existem frequências elevadas de fatores de risco cardiovasculares em escolares, tanto nos considerados ativos pelo NAF quanto nos sedentários, porém a maior parte dos escolares atendem as recomendações de saúde, praticam atividade física moderada e com regularidade. Sugere-se que, nas aulas de Educação Física, sejam ampliados os mecanismos adequados que contribuam para o desenvolvimento dos níveis bom e excelente de aptidão física relacionados à saúde dos alunos, principalmente no grupo que apresenta mais de dois fatores de risco para as DCV. |
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Estudo epidemiológico prospectivo com delineamento transversal realizado com 1306 escolares (581 meninos e 725 meninas), provenientes de cinco escolas municipais de Curitiba-PR. A estatura, a massa corporal, a circunferência abdominal (CA) e a pressão arterial (PA) foram mensuradas. Caracterizou-se o estágio maturacional por auto-avaliação, pelos critérios de pilificação de Tanner, classificando os escolares em pré-púberes (P1), púberes (P2 a P4) e pós-púberes (P5). A APCR foi avaliada pelo teste de Léger, determinando-se o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e a freqüência cardíaca máxima (FCmáx). O HAF foi medido pelo 3DPAR. Na análise estatística foi utilizada a análise de variância (ANOVA) para as variáveis quantitativas modelo fatorial, seguido do teste de Tukey para discriminação dos pares de médias com significância estatística. Para as variáveis categóricas foram construídas a tabelas de frequência resultante de contagem, e realizado o teste de qui-quadrado. Consideraram-se significantes as diferenças de p<0,05. Os meninos apresentaram médias superiores na idade, estatura, PAS e PAD, VO2máx e FCmáx em relação às meninas (p<0,05). Em relação aos riscos cardiovasculares, o excesso de peso foi encontrado em 31,92% do total da amostra, 28,52% com obesidade visceral, 16,91% com níveis hipertensivos, 47,32% com aptidão física fraca/muito fraca e 45,29% encontram-se abaixo dos 300 min/semana. Na análise dos indivíduos com NAF menor que 300 min/semana, os meninos apresentaram frequências de excesso de peso em 30,08% da amostra, obesidade visceral em 22,56% e níveis hipertensivos em 16,44%. Resultados semelhantes ocorreram nas meninas, aparecendo excesso de peso em 37,06% delas, obesidade visceral em 35,92% e níveis hipertensivos em 17,15%. Não foram encontradas diferenças significativas nas variáveis de excesso de peso, obesidade visceral tanto em meninos, quanto em meninas quando analisados os fatores de risco cardiovasculares e NAF. As meninas com NAF acima de 300 min./semana apresentaram menores médias para IMC, CA, PAS e PAD em relação às que estão abaixo dos 300 minutos e os meninos com NAF acima de 300 min./semana apresentaram menor média de PAD e maior de VO2máx. do que os abaixo dos 300 min./semana. Na correlação entre NAF e APCR foram encontradas diferenças significativas em meninos (r= -0,10 e p=0,01) e não foram encontradas em meninas (r= -0,03 e p=0,36). Conclui-se que existem frequências elevadas de fatores de risco cardiovasculares em escolares, tanto nos considerados ativos pelo NAF quanto nos sedentários, porém a maior parte dos escolares atendem as recomendações de saúde, praticam atividade física moderada e com regularidade. 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Resumo: RESUMO O sedentarismo está associado à presença de fatores de risco e, por conseqüência, ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). A inatividade física não pode ser avaliada pela aptidão cardiorrespiratória (APCR) e sim por instrumentos que avaliem o nível de atividades físicas (NAF). O NAF pode ser avaliado de forma objetiva (observação ou acelerômetros) ou subjetiva por meio de questionários. O objetivo desse estudo foi investigar o NAF, a sua relação com a APCR e frequência de fatores de riscos cardiovasculares (excesso de peso, obesidade visceral, medidas hipertensivas e sedentarismo) em escolares da rede pública. Estudo epidemiológico prospectivo com delineamento transversal realizado com 1306 escolares (581 meninos e 725 meninas), provenientes de cinco escolas municipais de Curitiba-PR. A estatura, a massa corporal, a circunferência abdominal (CA) e a pressão arterial (PA) foram mensuradas. Caracterizou-se o estágio maturacional por auto-avaliação, pelos critérios de pilificação de Tanner, classificando os escolares em pré-púberes (P1), púberes (P2 a P4) e pós-púberes (P5). A APCR foi avaliada pelo teste de Léger, determinando-se o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e a freqüência cardíaca máxima (FCmáx). O HAF foi medido pelo 3DPAR. Na análise estatística foi utilizada a análise de variância (ANOVA) para as variáveis quantitativas modelo fatorial, seguido do teste de Tukey para discriminação dos pares de médias com significância estatística. Para as variáveis categóricas foram construídas a tabelas de frequência resultante de contagem, e realizado o teste de qui-quadrado. Consideraram-se significantes as diferenças de p<0,05. Os meninos apresentaram médias superiores na idade, estatura, PAS e PAD, VO2máx e FCmáx em relação às meninas (p<0,05). Em relação aos riscos cardiovasculares, o excesso de peso foi encontrado em 31,92% do total da amostra, 28,52% com obesidade visceral, 16,91% com níveis hipertensivos, 47,32% com aptidão física fraca/muito fraca e 45,29% encontram-se abaixo dos 300 min/semana. Na análise dos indivíduos com NAF menor que 300 min/semana, os meninos apresentaram frequências de excesso de peso em 30,08% da amostra, obesidade visceral em 22,56% e níveis hipertensivos em 16,44%. Resultados semelhantes ocorreram nas meninas, aparecendo excesso de peso em 37,06% delas, obesidade visceral em 35,92% e níveis hipertensivos em 17,15%. Não foram encontradas diferenças significativas nas variáveis de excesso de peso, obesidade visceral tanto em meninos, quanto em meninas quando analisados os fatores de risco cardiovasculares e NAF. As meninas com NAF acima de 300 min./semana apresentaram menores médias para IMC, CA, PAS e PAD em relação às que estão abaixo dos 300 minutos e os meninos com NAF acima de 300 min./semana apresentaram menor média de PAD e maior de VO2máx. do que os abaixo dos 300 min./semana. Na correlação entre NAF e APCR foram encontradas diferenças significativas em meninos (r= -0,10 e p=0,01) e não foram encontradas em meninas (r= -0,03 e p=0,36). Conclui-se que existem frequências elevadas de fatores de risco cardiovasculares em escolares, tanto nos considerados ativos pelo NAF quanto nos sedentários, porém a maior parte dos escolares atendem as recomendações de saúde, praticam atividade física moderada e com regularidade. Sugere-se que, nas aulas de Educação Física, sejam ampliados os mecanismos adequados que contribuam para o desenvolvimento dos níveis bom e excelente de aptidão física relacionados à saúde dos alunos, principalmente no grupo que apresenta mais de dois fatores de risco para as DCV. |
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