A trajetória do câncer contada pela enfermeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Justino, Eveline Treméa
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/26813
Resumo: Resumo: Pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, que teve como objetivo descrever as ações de cuidado realizadas pelos sujeitos antes, durante e após a quimioterapia antineoplásica, desenvolvida em uma clínica privada de oncologia, localizada na cidade de Curitiba, Paraná, durante o período de 2010 a 2011. A amostra foi constituída por dez sujeitos, adultos, de ambos os sexos, que foram submetidos à quimioterapia antineoplásica por câncer de intestino e que haviam terminado o tratamento há mais de três meses. A coleta dos dados ocorreu nos meses de janeiro a maio de 2011, foi empregada a técnica relatos de vida, mediante entrevista narrativa. A idade dos sujeitos variou de 35 a 60 anos, seis eram do sexo masculino e quatro do feminino, e uma característica peculiar foi o elevado grau de escolaridade. A confluência das falas e a percepção e interpretação do pesquisador possibilitaram a definição das categorias revelação, adaptação e vivência da cura. Na categoria “revelação”, identificou-se uma fase de constantes incertezas com a suspeita de que algo fora do normal estava acontecendo com seus corpos, mas ao mesmo tempo tentava fugir ou encontrar outras respostas para os sinais e sintomas. As ações de cuidado desenvolvidas neste período foram abandono de hábitos inadequados, busca por exames diagnósticos, preocupação com a família, entre outros. O diagnóstico de câncer de intestino desencadeia angústia, ansiedade e medo da possibilidade da morte. Após o impacto do diagnóstico, vem a fase de adaptação às novas situações impostas pelo câncer de intestino, repleta de alterações na rotina de vida, com acréscimo de ações de cuidado e com a prevenção aos efeitos colaterais da quimioterapia antineoplásica. Para além das orientações e cuidados oriundos dos profissionais da saúde, os sujeitos buscaram na medicina alternativa complementar novas estratégias de cuidado. Com o término do tratamento, o sujeito vivencia a cura mas ainda convive com o fantasma do câncer, demonstrado pelo medo da recidiva. O retorno ao trabalho foi uma forma de ocupação da mente a fim de evitar as lembranças da doença e, também, uma demonstração de que são capazes de voltar à rotina anterior. O enfoque principal desse estudo foram as ações de cuidado que o sujeito realiza em prol do seu bemestar durante o tratamento do câncer de intestino. Estas puderam ser descritas nos relatos de vida obtidos, subsidiadas pelas informações repassadas pela equipe de saúde e transformadas de acordo com o conhecimento e experiências prévias dos sujeitos. Destaque para o enfermeiro, que, em sua prática profissional, orienta quanto à doença, tratamento, possíveis efeitos colaterais e cuidados necessários; também acolhe o sujeito e sua família, auxiliando no enfrentamento da doença, facilitando com isto a reabilitação.
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