Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rios, Roman Carlos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/26265
Resumo: Resumo: A perda de superficie da floresta estacional missioneira tem deixado uma paisagem altamente fragmentada. Os fragmentos remanescentes sao a unica fonte de sementes e de plantulas para a regeneracao natural e para o estabelecimento de projetos de restauracao. A floresta tem a capacidade de se recuperar de perturbacoes de diversas maneiras e escalas mediante mecanismos de sucessao ecundaria, cujo processo tera forte influencia do historico de perturbacao. Utilizando dados de tres areas florestais que sofreram impactos antropicos no passado e na atualidade, avaliou-se a natureza da regeneracao das especies arboreas classificadas nos grupos ecologicos, pioneiras, sec ndarias iniciais, secundarias tardias e climax. Foram usadas tecnicas da fitossociologia tradicional e de rarefacao por unidades amostrais (estimadores naoparametricos de riqueza) para fazer comparacoes entre locais. A diversidade de especies foi calculada com o indice de Shannon. Foram instaladas parcelas retangulares de 10 x 20 m para arvores adultas e de 1 x 20 e 1 x 10 m para a regeneracao. O criterio de inclusao usado para regeneracao foi . 10 cm de altura ate < 4,8 cm de DAP e para arvores adultas DAP . 4,8 cm. Numa area de antiga pedreira no Parque Natural Saltos Kuppers foi avaliada a evolucao da regeneracao um e dois anos sucessivos apos a mineracao ter sido encerrada. Registrou-se o predominio de pioneiras e uma forte diminuicao da densidade no segundo ano. Numa area de obra da barragem Urugua-i, cuja construcao foi concluida ha 20 anos, avaliou-se a regeneracao nas antigas estradas, em suas bordas e nas areas entre estradas. A menor riqueza e diversidade foram registradas nas estradas devido a compactacao do solo. As bordas apresentaram os maiores diametros e as areas entre estradas maior diversidade. As especies predominantes foram as secundarias iniciais e as secundarias tardias. As pioneiras tem escassa p rticipacao, transcorridos 20 anos da sucessao. Em uma outra situacao, avaliou-se numa area impactada pelo fogo no Parque Provincial Araucaria, apos 10 anos de um incendio superficial e numa segunda area apos 4, 16 e 28 meses de um incendio similar ao anterior. Na primeira situacao, o predominio foi das especies secundarias iniciais e das pioneiras. Na segunda situacao, o predominio absoluto foi das pioneiras com altas densidades iniciais que diminuiram aos 28 meses apos o incendio. No ultimo capitulo, foram comparadas a riqueza e a diversidade de especies da regeneracao dentro do Parque Araucaria e das arvores adultas de sucessao secundaria e floresta estabelecida. Conclui-se que a floresta estacional missioneira apresenta alta capacidade regenerativa e que o processo de sucessao secundaria responde ao modelo de facilitacao, onde o grupo das pioneiras sao as primeiras a ocupar o espaco para dar lugar as secundarias iniciais e secundarias tardias. Por ultimo, as especies climax fazem a sua aparicao e ganham espaco, dadas as condicoes ambientais melhoradas pelos grupos anteriores. Observacoes de longo prazo em parcelas ermanentes sao necessarias para confirmar os resultados e as conclusoes apresentadas neste trabalho.
id UFPR_3fbb9d42c4b74a86e134bed4507a367f
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/26265
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Rios, Roman CarlosGalvão, Franklin, 1952-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Florestal2013-05-22T18:52:19Z2013-05-22T18:52:19Z2013-05-22http://hdl.handle.net/1884/26265Resumo: A perda de superficie da floresta estacional missioneira tem deixado uma paisagem altamente fragmentada. Os fragmentos remanescentes sao a unica fonte de sementes e de plantulas para a regeneracao natural e para o estabelecimento de projetos de restauracao. A floresta tem a capacidade de se recuperar de perturbacoes de diversas maneiras e escalas mediante mecanismos de sucessao ecundaria, cujo processo tera forte influencia do historico de perturbacao. Utilizando dados de tres areas florestais que sofreram impactos antropicos no passado e na atualidade, avaliou-se a natureza da regeneracao das especies arboreas classificadas nos grupos ecologicos, pioneiras, sec ndarias iniciais, secundarias tardias e climax. Foram usadas tecnicas da fitossociologia tradicional e de rarefacao por unidades amostrais (estimadores naoparametricos de riqueza) para fazer comparacoes entre locais. A diversidade de especies foi calculada com o indice de Shannon. Foram instaladas parcelas retangulares de 10 x 20 m para arvores adultas e de 1 x 20 e 1 x 10 m para a regeneracao. O criterio de inclusao usado para regeneracao foi . 10 cm de altura ate < 4,8 cm de DAP e para arvores adultas DAP . 4,8 cm. Numa area de antiga pedreira no Parque Natural Saltos Kuppers foi avaliada a evolucao da regeneracao um e dois anos sucessivos apos a mineracao ter sido encerrada. Registrou-se o predominio de pioneiras e uma forte diminuicao da densidade no segundo ano. Numa area de obra da barragem Urugua-i, cuja construcao foi concluida ha 20 anos, avaliou-se a regeneracao nas antigas estradas, em suas bordas e nas areas entre estradas. A menor riqueza e diversidade foram registradas nas estradas devido a compactacao do solo. As bordas apresentaram os maiores diametros e as areas entre estradas maior diversidade. As especies predominantes foram as secundarias iniciais e as secundarias tardias. As pioneiras tem escassa p rticipacao, transcorridos 20 anos da sucessao. Em uma outra situacao, avaliou-se numa area impactada pelo fogo no Parque Provincial Araucaria, apos 10 anos de um incendio superficial e numa segunda area apos 4, 16 e 28 meses de um incendio similar ao anterior. Na primeira situacao, o predominio foi das especies secundarias iniciais e das pioneiras. Na segunda situacao, o predominio absoluto foi das pioneiras com altas densidades iniciais que diminuiram aos 28 meses apos o incendio. No ultimo capitulo, foram comparadas a riqueza e a diversidade de especies da regeneracao dentro do Parque Araucaria e das arvores adultas de sucessao secundaria e floresta estabelecida. Conclui-se que a floresta estacional missioneira apresenta alta capacidade regenerativa e que o processo de sucessao secundaria responde ao modelo de facilitacao, onde o grupo das pioneiras sao as primeiras a ocupar o espaco para dar lugar as secundarias iniciais e secundarias tardias. Por ultimo, as especies climax fazem a sua aparicao e ganham espaco, dadas as condicoes ambientais melhoradas pelos grupos anteriores. Observacoes de longo prazo em parcelas ermanentes sao necessarias para confirmar os resultados e as conclusoes apresentadas neste trabalho.application/pdfTesesFlorestas - Reprodução - ArgentinaCapacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALRoman Carlos Rios - Versao pos defesa .pdfapplication/pdf5078948https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26265/1/Roman%20Carlos%20Rios%20-%20Versao%20pos%20defesa%20.pdfa644ad87351196eef28d4b3b7cae4fe6MD51open accessTEXTRoman Carlos Rios - Versao pos defesa .pdf.txtRoman Carlos Rios - Versao pos defesa .pdf.txtExtracted Texttext/plain371259https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26265/2/Roman%20Carlos%20Rios%20-%20Versao%20pos%20defesa%20.pdf.txtda96903f78cfc870f24b32543565e7ceMD52open accessTHUMBNAILRoman Carlos Rios - Versao pos defesa .pdf.jpgRoman Carlos Rios - Versao pos defesa .pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1268https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26265/3/Roman%20Carlos%20Rios%20-%20Versao%20pos%20defesa%20.pdf.jpgb796cf39f47dadc7308b4c764117bdddMD53open access1884/262652016-04-08 03:40:18.563open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/26265Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-08T06:40:18Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
title Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
spellingShingle Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
Rios, Roman Carlos
Teses
Florestas - Reprodução - Argentina
title_short Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
title_full Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
title_fullStr Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
title_full_unstemmed Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
title_sort Capacidade regenerativa da Floresta Missioneira Argentina frente à distúrbios antrópicos
author Rios, Roman Carlos
author_facet Rios, Roman Carlos
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Galvão, Franklin, 1952-
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Florestal
dc.contributor.author.fl_str_mv Rios, Roman Carlos
dc.subject.por.fl_str_mv Teses
Florestas - Reprodução - Argentina
topic Teses
Florestas - Reprodução - Argentina
description Resumo: A perda de superficie da floresta estacional missioneira tem deixado uma paisagem altamente fragmentada. Os fragmentos remanescentes sao a unica fonte de sementes e de plantulas para a regeneracao natural e para o estabelecimento de projetos de restauracao. A floresta tem a capacidade de se recuperar de perturbacoes de diversas maneiras e escalas mediante mecanismos de sucessao ecundaria, cujo processo tera forte influencia do historico de perturbacao. Utilizando dados de tres areas florestais que sofreram impactos antropicos no passado e na atualidade, avaliou-se a natureza da regeneracao das especies arboreas classificadas nos grupos ecologicos, pioneiras, sec ndarias iniciais, secundarias tardias e climax. Foram usadas tecnicas da fitossociologia tradicional e de rarefacao por unidades amostrais (estimadores naoparametricos de riqueza) para fazer comparacoes entre locais. A diversidade de especies foi calculada com o indice de Shannon. Foram instaladas parcelas retangulares de 10 x 20 m para arvores adultas e de 1 x 20 e 1 x 10 m para a regeneracao. O criterio de inclusao usado para regeneracao foi . 10 cm de altura ate < 4,8 cm de DAP e para arvores adultas DAP . 4,8 cm. Numa area de antiga pedreira no Parque Natural Saltos Kuppers foi avaliada a evolucao da regeneracao um e dois anos sucessivos apos a mineracao ter sido encerrada. Registrou-se o predominio de pioneiras e uma forte diminuicao da densidade no segundo ano. Numa area de obra da barragem Urugua-i, cuja construcao foi concluida ha 20 anos, avaliou-se a regeneracao nas antigas estradas, em suas bordas e nas areas entre estradas. A menor riqueza e diversidade foram registradas nas estradas devido a compactacao do solo. As bordas apresentaram os maiores diametros e as areas entre estradas maior diversidade. As especies predominantes foram as secundarias iniciais e as secundarias tardias. As pioneiras tem escassa p rticipacao, transcorridos 20 anos da sucessao. Em uma outra situacao, avaliou-se numa area impactada pelo fogo no Parque Provincial Araucaria, apos 10 anos de um incendio superficial e numa segunda area apos 4, 16 e 28 meses de um incendio similar ao anterior. Na primeira situacao, o predominio foi das especies secundarias iniciais e das pioneiras. Na segunda situacao, o predominio absoluto foi das pioneiras com altas densidades iniciais que diminuiram aos 28 meses apos o incendio. No ultimo capitulo, foram comparadas a riqueza e a diversidade de especies da regeneracao dentro do Parque Araucaria e das arvores adultas de sucessao secundaria e floresta estabelecida. Conclui-se que a floresta estacional missioneira apresenta alta capacidade regenerativa e que o processo de sucessao secundaria responde ao modelo de facilitacao, onde o grupo das pioneiras sao as primeiras a ocupar o espaco para dar lugar as secundarias iniciais e secundarias tardias. Por ultimo, as especies climax fazem a sua aparicao e ganham espaco, dadas as condicoes ambientais melhoradas pelos grupos anteriores. Observacoes de longo prazo em parcelas ermanentes sao necessarias para confirmar os resultados e as conclusoes apresentadas neste trabalho.
publishDate 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-05-22T18:52:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-05-22T18:52:19Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-05-22
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1884/26265
url http://hdl.handle.net/1884/26265
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26265/1/Roman%20Carlos%20Rios%20-%20Versao%20pos%20defesa%20.pdf
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26265/2/Roman%20Carlos%20Rios%20-%20Versao%20pos%20defesa%20.pdf.txt
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26265/3/Roman%20Carlos%20Rios%20-%20Versao%20pos%20defesa%20.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv a644ad87351196eef28d4b3b7cae4fe6
da96903f78cfc870f24b32543565e7ce
b796cf39f47dadc7308b4c764117bddd
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801860263729692672