Polissacarídeos solúveis de folhas de Artemisia Absinthium e Artemisia Vulgaris : isolamento, caracterização e efeitos sobre células THP-1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Marília Locatelli Corrêa
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/27316
Resumo: Orientadora : Profa. Dra. Carmen Lúcia de Oliveira Petkowicz
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spelling Ferreira, Marília Locatelli CorrêaNoleto, Guilhermina RodriguesUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ciências (Bioquímica)Petkowicz, Carmen Lúcia de Oliveira2019-02-04T15:02:32Z2019-02-04T15:02:32Z2012https://hdl.handle.net/1884/27316Orientadora : Profa. Dra. Carmen Lúcia de Oliveira PetkowiczCo-orientadora :Profa. Dra. Guilhermina Rodrigues NoletoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica. Defesa: Curitiba, 17/02/2012Bibliografia: fls. 118-136Resumo: As plantas Artemisia absinthium e Artemisia vulgaris são conhecidas popularmente como losna e artemísia, respectivamente. Estas espécies pertencem à família botânica Asteraceae e são conhecidas e comercializadas no mundo todo pelas suas propriedades medicinais. A parte aérea destas plantas é usada na medicina popular na preparação de chás, sob a forma de infusão, os quais são indicados no tratamento de inúmeras doenças. Neste trabalho, o chá preparado da forma tradicional e os polissacarídeos obtidos por precipitação etanólica das infusões das plantas foram caracterizados quimicamente e avaliados quanto a seus efeitos sobre células de leucemia humana (THP-1). Com relação à espécie A. absinthium, foram obtidos polissacarídeos por precipitação etanólica da infusão da parte aérea da planta. Após diversos processos de purificação, foi isolada uma arabinogalactana-proteína (AGP), a qual foi confirmada por análises químicas e espectroscópicas. Este polissacarídeo apresentou massa molar de 84.160 g/mol e é constituído por Rha, Ara, Man, Gal, Glc, GlcA e Xyl na proporção de 2,8: 4,1: 1,9: 9,3: 3,8: 2,1: 1. O extrato liofilizado obtido da infusão da parte aérea de A. absinthium apresentou 9,2% carboidratos, 2,7% de proteínas e 3,7% de fenólicos. Esta infusão é constituída predominantemente por compostos de baixa massa molar como verificado pelo alto tempo de eluição das amostras por cromatografia de exclusão estérica de alta performance (HPSEC). Também foi obtida uma fração polissacarídica da infusão de A. vulgaris, a qual é composta majoritariamente (85%) por inulina, um carboidrato de reserva constituído por unidades de frutose ligadas ?(2?1). A infusão de A. vulgaris, a qual apresentou 40% de carboidratos totais, também apresentava inulina como composto majoritário. Estes dados foram confirmados por espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN), cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e por cromatografia em camada delgada (TLC). Além dos carboidratos, a infusão de A. vulgaris também apresentou 9,8% de fenólicos e 2,9% de proteínas. As frações polissacarídicas brutas de A. absinthium e A. vulgaris, assim como a AGP e as infusões das duas plantas foram utilizadas nos ensaios biológicos in vitro sobre as células THP-1. Todos os extratos testados foram capazes de induzir a diferenciação terminal dessas células, como verificado pela mudança na morfologia celular e adesão destas células à placa. Além disso, as infusões das espécies A. absinthium e A. vulgaris na concentração de 500 ?g/ml também inibiram a proliferação das células leucêmicas em 42,6% e 46,0%, respectivamente, após 120 horas de tratamento. A fração polissacarídica bruta de A. absinthium também foi capaz de reduzir a proliferação das células THP-1 em 18,7%, após 120 horas de tratamento, na maior concentração testada (500 ?g/ml). A infusão de A. vulgaris, que apresentou os melhores resultados sobre a proliferação celular, também afetou o ciclo celular da linhagem THP-1, induzindo parada das células na fase G2/M do ciclo, além de aumentar a porcentagem de células na fase sub-G1, o que representa indício de apoptose. Baseados nos dados in vitro com as células THP-1, sugere-se que as infusões de A. absinthium e A. vulgaris podem auxiliar no tratamento de leucemias, em especial na leucemia mielóideAbstract: Artemisia absinthium and Artemisia vulgaris are plants known as "losna" and "artemisia", respectively. These species belong to Asteraceae family and they are known and marketed throughout the world for its medicinal properties. The aerial parts are used in traditional medicine as tea (infusion), which is used to treat several diseases. In this study, the tea prepared according to the traditional way and the polysaccharides isolated from tea were chemically characterized and their effects on human THP-1 monocytic leukemia cell line were assayed. The crude polysaccharide fraction obtained from A. absinthium infusion was submitted to several purification steps to afford a fraction named API-F1. Chemical and spectroscopic analysis showed that this fraction is composed of arabinogalactan-protein, with 84,160 g/mol of molecular weight and complex structure. This fraction consisted of Rha, Ara, Man, Gal, Glc, GlcA and Xyl in a 2.8: 4.1: 1.9: 9.3: 3.8: 2,1: 1 molar ratio. Polysaccharides from A. vulgaris infusion are composed mainly of inulin, a storage carbohydrate constituted by ?-fructose (1?2)-linked. The A. vulgaris infusion, which is composed of 40% of carbohydrates, also showed inulin as main compound. These data were confirmed by nuclear magnetic resonance spectroscopy (NMR), high-performance liquid chromatography (HPLC) and thin layer chromatography (TLC). In addition to the carbohydrates, the infusion of A. vulgaris is composed for 9.8% phenolic compounds and 2.9% of proteins. The infusion of aerial parts from A. absinthium contained 9.2% of carbohydrates, 3.7% phenolic compounds and 2.7% protein. Both A. absinthium and A. vulgaris infusions are composed mainly of low molar mass compounds as shown by their elution profile obtained by high pressure size exclusion chromatography (HPSEC).The effects of the infusions of A. absinthium and A. vulgaris, the crude polysaccharides and the pure polysaccharide API-F1 were evaluated on THP-1 cell line. All extracts were able to induce terminal differentiation of THP-1 into macrophage-like cells. The differentiation was associated with alteration in cell morphology and increased adherence to tissue culture plastic. Furthermore, the A. vulgaris and A. absinthium infusions at 500 ?g/ml inhibited the proliferation of THP-1 cells in 46.0% e 42.6%, respectively. This maximum inhibiting rate was achieved 120h after treatment. The crude polysaccharide of A. absinthium (500 ?g/ml) was able to reduce in 18,7% the proliferation of THP-1 cells, at 120h. The A. vulgaris infusion, which provided the best results on cell proliferation, caused cell arrest in G2/M phase of cell cycle and induced apoptosis, as shown by the increased sub-G1 hypodiploid cell population. Results obtained from in vitro assays with THP-1 cells suggest that A. absinthium and A. vulgaris infusions can contribute to treatment of leukemia, particularly acute myelogenous leukemia136f. : il. [algumas color.], grafs., tabs.application/pdfDisponível em formato digitalTesesPolissacarideosLeucemiaArtemisiaBioquímicaPolissacarídeos solúveis de folhas de Artemisia Absinthium e Artemisia Vulgaris : isolamento, caracterização e efeitos sobre células THP-1info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - MARILIA LOCATELLI CORREA FERREIRA.pdfapplication/pdf3079472https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27316/1/R%20-%20D%20-%20MARILIA%20LOCATELLI%20CORREA%20FERREIRA.pdf58f0a35a7384559c5d3f2450a44014cdMD51open access1884/273162019-02-04 13:02:32.136open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/27316Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082019-02-04T15:02:32Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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