Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de cinco anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Flávia
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/32301
Resumo: Resumo: O presente estudo teve como principal objetivo analisar as condições de segurança alimentar das famílias cadastradas no Programa Bolsa Família que apresentam crianças menores de cinco anos, no município de Colombo - PR. Possui delineamento transversal, descritivo e analítico e foi realizado em áreas de abrangência das Unidades de Saúde urbanas de Colombo. A metodologia utilizada foi quantitativa, realizada por meio de visitas domiciliares com a aplicação de um questionário semi-estruturado, composto pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e por questões referentes às condições socioeconômicas das famílias. Também foi avaliado o estado nutricional de crianças menores de cinco anos através dos índices estatura para idade, peso para idade e índice de massa corporal para idade. A amostra selecionada foi representativa, randomizada e estratificada, sendo composta por 442 famílias integrantes do Programa Bolsa Família. Dentre as famílias entrevistadas, 168 tinham crianças menores de cinco anos em sua constituição. Foi avaliado o estado nutricional de 199 crianças nessa faixa etária. A maioria (81,6%) das famílias convivia com a insegurança alimentar, sobretudo a insegurança alimentar do tipo leve (55,4%). Das crianças avaliadas, 10,5% estavam com déficit estatural e a desnutrição e excesso de peso coexistiram, sendo o excesso de peso, segundo o índice de massa corporal para idade, mais prevalente (12,1%). A insegurança alimentar apresentou associação (p = 0,035) com o índice estatura para idade entre as crianças menores de dois anos de idade. Com relação ao perfil das famílias cadastradas no Programa Bolsa Família, a maioria dos chefes de famílias era mulheres (75,6%), menos de 24% das mães havia ingressado no ensino médio e mais da metade (57%) eram donas de casa. Tratando-se das condições de moradia, 44,1% das famílias apresentavam casa própria e 13,7% residiam em áreas de ocupação. Mais de 20% das famílias não tinham acesso a qualquer tipo de tratamento de esgoto sanitário no domicílio e cerca de 30% apresentavam mais de cinco moradores por domicílio. O rendimento familiar per capita médio foi de R$ 156, 64 (DP ± 101,13), sendo que 52,4% das famílias recebiam ? 0,24 salário mínimo mensal per capita. A insegurança alimentar teve associação com a renda familiar per capita (p = 0,0072). Cerca de 30% das famílias tinham dívidas relativas a alimentos e houve associação dessa variável com a insegurança alimentar (p = 0,0402). Os resultados desse estudo trazem implicações reflexivas sobre o real impacto e eficiência do Programa Bolsa Família, pois embora ele gere certo grau de autonomia e estabilidade financeira aos seus integrantes, também se caracteriza como sendo insuficiente para garantir o acesso regular e permanente ao direito humano à alimentação adequada. Conclui-se que mesmo com a transferência condicionada de renda do Programa, a população aqui estudada convive com a insegurança alimentar e a vulnerabilidade socioeconômica.
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