Uma nova ferramenta para acessar a resposta das assembleias de peixes recifais criptobênticos a diferentes habitats entremarés de estuários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luchese, Matheus Hammerschmidt
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/81298
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Maikon Di Domenico
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spelling Soeth, Marcelo, 1986-Universidade Federal do Paraná. Campus Pontal do Paraná - Centro de Estudos do Mar. Programa de Pós-Graduação em Sistemas Costeiros e OceânicosDi Domenico, Maikon, 1980-Luchese, Matheus Hammerschmidt2023-02-27T19:53:44Z2023-02-27T19:53:44Z2022https://hdl.handle.net/1884/81298Orientador: Prof. Dr. Maikon Di DomenicoCoorientador: Dr. Marcelo SoethDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Campus Pontal do Paraná - Centro de Estudos do Mar, Programa de Pós-Graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos. Defesa : Pontal do Paraná, 20/12/2022Inclui referênciasResumo: Entender os padrões de distribuição espacial e o papel funcional das assembleias de peixes recifais criptobênticos (PRCs) em estuários é essencial para avançar na descrição das cadeias tróficas e na reciclagem de detritos nesses ecossistemas. Nosso estudo teve como objetivo identificar padrões espaciais das assembleias de PRCs em resposta a três diferentes habitats entremarés, i) recifes rochosos, ii) recifes artificiais e iii) raízes de mangue, na primavera e no verão no Complexo Estuarino de Paranaguá (CEP), Sul do Brasil. Utilizando uma nova ferramenta denominada fish-specific autonomous reef monitoring structures (FARMS, em português, estruturas autônomas de monitoramento de peixes recifais), identificamos que a abundância de indivíduos e a riqueza de espécies foram moduladas pelos diferentes habitats e que a profundidade, temperatura, oxigênio dissolvido e turbidez da água atuam em conjunto com as características do habitat para moldar as assembleias no espaço. O gobídeo, Bathygobius soporator foi a espécie dominante em todos os habitats. O blenídeo, Hypleurochilus fissicornis e a espécie não nativa, Opsanus beta nos recifes rochosos, e Guavina guavina nas raízes de mangue, também contribuíram para a formação dos padrões espaciais das assembleias. Identificamos a partir de modelos lineares generalizados, que a abundância e a riqueza foram maiores nos recifes rochosos. Além disso, a abundância e a riqueza também apresentaram correlações positivas com a concentração de oxigênio dissolvido na água, maior nos recifes rochosos. A abundância foi negativamente correlacionada com a profundidade e a turbidez da água, o que sugere uma forte resposta comportamental e fisiológica das assembleias induzida pelas marés. As capturas de duas espécies não nativas, O. beta nos recifes rochosos e Butis koilomatodon nos recifes rochosos e artificiais, sugerem que o efeito combinado do uso de microhabitat, competição por recursos e predação de PRCs nativos, em especial nas populações de B. soporator, podem gerar impacto na cadeia trófica dos habitats entremarés do CEP. Mesmo enfrentando alguns problemas que ainda necessitam de melhores compreensões, os FARMS aparecem como uma ferramenta indispensável para a identificação dos padrões espaciais das assembleias de PRCs e do papel funcional dessas assembleias em zonas entremarés de estuários.Abstract: Understanding the spatial distribution patterns and the functional role of cryptobenthic reef fish assemblages (CRFs) in estuaries is essential to advance the description of food chains and detritus recycling in these ecosystems. Our study aimed to identify spatial patterns of CRFs assemblages in response to three different intertidal habitats, i) rocky reefs, ii) artificial reefs, and iii) mangrove roots, in spring and summer in the Paranaguá Estuarine Complex (PEC), South of Brazil. Using a new tool called fishspecific autonomous reef monitoring structures (FARMS), we identified that different habitats modulated the abundance of individuals and species richness and that depth, water temperature, dissolved oxygen, and turbidity work together with habitat features to shape assemblages in space. The goby, Bathygobius soporator, was the dominant species in all habitats. The blenny, Hypleurochilus fissicornis, and the non-native species, Opsanus beta on rocky reefs, and Guavina guavina on mangrove roots also contributed to the formation of spatial patterns of assemblages. We identified from generalized linear models that abundance and richness were higher in rocky reefs. In addition, abundance and richness also showed positive correlations with the concentration of dissolved oxygen in the water, which was higher in rocky reefs. Abundance was negatively correlated with depth and water turbidity, suggesting a solid behavioral and physiological response of assemblages induced by tides. The captures of two non-native species, O. beta on rocky reefs and Butis koilomatodon on rocky and artificial reefs, suggest that the combined effect of microhabitat use, competition for resources, and predation of native CRFs, especially on populations of B. soporator, may have an impact on the trophic chain of intertidal habitats in the PEC. Even facing some problems that still need better understanding, FARMS appear as an indispensable tool for identifying the spatial patterns of CRFs assemblages and the functional role of these assemblages in intertidal zones of estuaries.1 recurso online : PDF.application/pdfOceanografia dos estuariosPeixes - HabitatEcologiaUma nova ferramenta para acessar a resposta das assembleias de peixes recifais criptobênticos a diferentes habitats entremarés de estuáriosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - MATHEUS HAMMERSCHMIDT LUCHESE.pdfapplication/pdf12010156https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/81298/1/R%20-%20D%20-%20MATHEUS%20HAMMERSCHMIDT%20LUCHESE.pdfd8153ade64b2ace07e5b39c8876acb43MD51open access1884/812982023-02-27 16:53:44.515open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/81298Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-02-27T19:53:44Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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