Efeitos da 3-Nitrochalcona sobre células de Hepatoma humano (HepG2)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tamiello, Camila Silva
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/33350
Resumo: Resumo: O carcinoma hepatocelular é a 5ª neoplasia mais comum e a 3ª principal causa de morte relacionada ao câncer no mundo. Os tratamentos convencionais apresentam baixas taxas de respostas e causam muitos efeitos colaterais e por estes motivos procuram-se drogas mais eficazes. Os flavonóides são compostos polifenólicos que apresentam promissora atividade antitumoral, dentre eles encontramos a classe das chalconas. Algumas chalconas já foram descritas por induzirem apoptose em diferentes linhagens celulares, entretanto ainda não são conhecidos efeitos das nitrochalconas sobre células de carcinoma hepatocelular humano (HepG2). Neste trabalho foi utilizada a 3-nitrochalcona, uma chalcona sintética e seus efeitos foram testados sobre a viabilidade de células HepG2, progressão do ciclo e análise de morte celular, produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e viabilidade celular na presença da N-acetilcisteína (NAC), expressão e atividade de enzimas antioxidantes. Através do método do MTT verificou-se que a 3-nitrochalcona é capaz de reduzir a viabilidade de células HepG2 de maneira dependente da dose e do tempo de exposição, observando-se uma redução de 9%, 22% e 44% nas doses de 10, 15 e 20 ?M, respectivamente após 24 horas de tratamento. Nas doses de 7,5, 10, 15 e 20 ?M, após 48h de tratamento a redução da viabilidade foi de 10%, 16%, 49% e 55% e após 72 horas de 25%, 47%, 88% e 94%, respectivamente. Nas análises de ciclo celular, após o tratamento das células HepG2 com a 3-nitrochalcona nas doses de 10 e 15 ?M por 48h, observou-se o aumento 28% e 48% de células em SubG1, respectivamente. No experimento com Anexina-V e Iodeto de Propídeo para se avaliar o tipo de morte celular observou-se que a 3-nitrochalcona (15 e 20 ?M, 48h) levou ao aumento de 19% e 28%, respectivamente, da população de células em apoptose. Para avaliar os níveis de EROs, utilizou-se a sonda DCFH-DA e foi observado que a 3-nitrochalcona (20 ?M, 48h) levou ao aumento de cerca de 200% na geração de EROs. O aumento de EROs pode estar relacionado com a indução da morte celular por estresse oxidativo. Foi realizada a viabilidade celular com a pré-incubação com NAC e observou-se que o tratamento somente com a chalcona (15 e 20 ?M, 48h) causou redução de 51% e 59%, respectivamente, na viabilidade celular, porém com a pré-incubação das células HepG2 com 5 e 10 mM de NAC observou-se redução de 47% e 27% na viabilidade celular na dose de 15 ?M da 3-nitrochalcona e 48% e 15% na dose de 20 ?M, respectivamente, indicando que a adição de NAC protegeu as células contra os efeitos citotóxicos da 3-nitrochalcona. Para avaliar se o aumento nos níveis de EROs estaria sendo causado pela diminuição da expressão e atividade de enzimas antioxidantes foi avaliada a expressão de mRNA das enzimas CAT, SOD e GPx realizando-se o tratamento das células nas doses de 15 e 20 ?M do flavonóide por 48 horas e pode-se observar uma diminuição da expressão de mRNA da catalase em 68% e 41%, respectivamente, não sendo observada alteração na expressão das enzimas SOD e GPx. Nas mesmas condições houve redução de 22% e 18% da atividade da CAT. Os resultados obtidos sugerem que 3-nitrochalcona promove indução da morte de células HepG2 por apoptose, cujo o mecanismo pode envolver o aumento de EROs, em especial do H2O2 resultante da diminuição da expressão e da atividade da catalase. A 3-nitrochalcona possui efeitos biológicos importantes que poderão futuramente ser utilizados em estudos para o tratamento do hepatocarcinoma.
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Neste trabalho foi utilizada a 3-nitrochalcona, uma chalcona sintética e seus efeitos foram testados sobre a viabilidade de células HepG2, progressão do ciclo e análise de morte celular, produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e viabilidade celular na presença da N-acetilcisteína (NAC), expressão e atividade de enzimas antioxidantes. Através do método do MTT verificou-se que a 3-nitrochalcona é capaz de reduzir a viabilidade de células HepG2 de maneira dependente da dose e do tempo de exposição, observando-se uma redução de 9%, 22% e 44% nas doses de 10, 15 e 20 ?M, respectivamente após 24 horas de tratamento. Nas doses de 7,5, 10, 15 e 20 ?M, após 48h de tratamento a redução da viabilidade foi de 10%, 16%, 49% e 55% e após 72 horas de 25%, 47%, 88% e 94%, respectivamente. Nas análises de ciclo celular, após o tratamento das células HepG2 com a 3-nitrochalcona nas doses de 10 e 15 ?M por 48h, observou-se o aumento 28% e 48% de células em SubG1, respectivamente. No experimento com Anexina-V e Iodeto de Propídeo para se avaliar o tipo de morte celular observou-se que a 3-nitrochalcona (15 e 20 ?M, 48h) levou ao aumento de 19% e 28%, respectivamente, da população de células em apoptose. Para avaliar os níveis de EROs, utilizou-se a sonda DCFH-DA e foi observado que a 3-nitrochalcona (20 ?M, 48h) levou ao aumento de cerca de 200% na geração de EROs. O aumento de EROs pode estar relacionado com a indução da morte celular por estresse oxidativo. Foi realizada a viabilidade celular com a pré-incubação com NAC e observou-se que o tratamento somente com a chalcona (15 e 20 ?M, 48h) causou redução de 51% e 59%, respectivamente, na viabilidade celular, porém com a pré-incubação das células HepG2 com 5 e 10 mM de NAC observou-se redução de 47% e 27% na viabilidade celular na dose de 15 ?M da 3-nitrochalcona e 48% e 15% na dose de 20 ?M, respectivamente, indicando que a adição de NAC protegeu as células contra os efeitos citotóxicos da 3-nitrochalcona. 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