Pressões institucionais e adoção do Balanced Scorecard

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Veronica Eberle de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/31936
Resumo: Resumo: No dinâmico e competitivo ambiente em que as organizações estão inseridas, a concorrência tem assumido escalas cada vez maiores, o que faz com que estas organizações adotem posturas agressivas, aliadas à necessidade de ágil e eficiente processo de gerenciamento e tomada de decisões. Assim, para a melhoria do desempenho e aumento das vantagens competitivas de uma organização é necessário a utilização de ferramentas gerenciais para subsidiar gestores no processo de tomada de decisão. Neste contexto, o Balanced Scorecard (BSC) é visto como uma ferramenta de avaliação do desempenho empresarial que extrapola aos indicadores contábeis e financeiros e ajuda a melhorar a gestão e o acompanhamento dos resultados da organização, uma vez que tem como foco o planejamento estratégico e o desempenho. A partir da década de 40 começaram a ser desenvolvidos estudos que tratavam da inter-relação dos elementos estruturais nas análises organizacionais, maneira pela qual começaram a serem estabelecidas as bases para pesquisas sobre organizações à luz da perspectiva sociológica (TOLBERT e ZUCKER, 1999). O destaque da teoria institucional nos estudos relacionados ao controle gerencial se dá pela abordagem diferenciada que esta proporciona, sobretudo aos estudos relacionados à estabilidade e mudança nos sistemas (BURNS e SCAPENS, 2000). Desse modo, o presente estudo se propõe a descrever de que forma as pressões ambientais de caráter técnico e institucional influenciaram o processo de adoção do BSC em uma organização do setor elétrico da região sul do Brasil, verificando-se, principalmente, o que motivou a organização a considerar essa ferramenta para auxiliar na gestão, o planejamento, desenvolvimento, implantação e disseminação desta em meio às suas diretorias. Metodologicamente este estudo é classificado como descritivo, qualitativo, transversal quanto à sua dimensão temporal, e tem como estratégia de pesquisa o método do estudo de caso. O levantamento de dados ocorreu por meio de pesquisa documental e entrevistas junto a empregados da organização. Para análise de conteúdo utilizou-se os documentos e anotações das entrevistas. A empresa utilizada como objeto de estudo atua no ramo de energia elétrica e é considerada a maior empresa do Estado do Paraná. A adoção do BSC se deu em resposta a um conturbado cenário no qual a organização estava inserida (tentativa de sua privatização, da crise de abastecimento do setor elétrico que resultou no programa de racionamento de energia elétrica, da sobra de energia elétrica adquirida em razão disso, da contabilização de seus maiores lucros, até então, nos anos de 2000 e 2001 e do seu maior prejuízo em 2002), o que demonstra a influência do ambiente sobre as decisões da organização, notadamente dos ambientes técnico e institucional, paralelamente ao fato de ter sido observado um 'modismo gerencial' no Brasil quanto à utilização do BSC, explicado pelo fato de estruturas organizacionais formais se desenvolverem diante de um contexto altamente institucionalizado. A busca pela legitimidade explica o motivo de se encontrar práticas organizacionais semelhantes ao longo de períodos históricos, os chamados 'modismos gerenciais'. Considerando a contratação de consultoria externa para auxiliar no processo de planejamento e elaboração da ferramenta, é possível perceber a existência do isomorfismo normativo, principalmente quando os empregados da organização em análise foram submetidos a treinamentos específicos bem como auxiliados por consultores externos no processo de planejamento e desenvolvimento da ferramenta. Sendo assim, existe a consolidação de uma base cognitiva comum entre os envolvidos no processo em razão da interferência dos consultores contratados.
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Neste contexto, o Balanced Scorecard (BSC) é visto como uma ferramenta de avaliação do desempenho empresarial que extrapola aos indicadores contábeis e financeiros e ajuda a melhorar a gestão e o acompanhamento dos resultados da organização, uma vez que tem como foco o planejamento estratégico e o desempenho. A partir da década de 40 começaram a ser desenvolvidos estudos que tratavam da inter-relação dos elementos estruturais nas análises organizacionais, maneira pela qual começaram a serem estabelecidas as bases para pesquisas sobre organizações à luz da perspectiva sociológica (TOLBERT e ZUCKER, 1999). O destaque da teoria institucional nos estudos relacionados ao controle gerencial se dá pela abordagem diferenciada que esta proporciona, sobretudo aos estudos relacionados à estabilidade e mudança nos sistemas (BURNS e SCAPENS, 2000). Desse modo, o presente estudo se propõe a descrever de que forma as pressões ambientais de caráter técnico e institucional influenciaram o processo de adoção do BSC em uma organização do setor elétrico da região sul do Brasil, verificando-se, principalmente, o que motivou a organização a considerar essa ferramenta para auxiliar na gestão, o planejamento, desenvolvimento, implantação e disseminação desta em meio às suas diretorias. Metodologicamente este estudo é classificado como descritivo, qualitativo, transversal quanto à sua dimensão temporal, e tem como estratégia de pesquisa o método do estudo de caso. O levantamento de dados ocorreu por meio de pesquisa documental e entrevistas junto a empregados da organização. Para análise de conteúdo utilizou-se os documentos e anotações das entrevistas. A empresa utilizada como objeto de estudo atua no ramo de energia elétrica e é considerada a maior empresa do Estado do Paraná. A adoção do BSC se deu em resposta a um conturbado cenário no qual a organização estava inserida (tentativa de sua privatização, da crise de abastecimento do setor elétrico que resultou no programa de racionamento de energia elétrica, da sobra de energia elétrica adquirida em razão disso, da contabilização de seus maiores lucros, até então, nos anos de 2000 e 2001 e do seu maior prejuízo em 2002), o que demonstra a influência do ambiente sobre as decisões da organização, notadamente dos ambientes técnico e institucional, paralelamente ao fato de ter sido observado um 'modismo gerencial' no Brasil quanto à utilização do BSC, explicado pelo fato de estruturas organizacionais formais se desenvolverem diante de um contexto altamente institucionalizado. A busca pela legitimidade explica o motivo de se encontrar práticas organizacionais semelhantes ao longo de períodos históricos, os chamados 'modismos gerenciais'. Considerando a contratação de consultoria externa para auxiliar no processo de planejamento e elaboração da ferramenta, é possível perceber a existência do isomorfismo normativo, principalmente quando os empregados da organização em análise foram submetidos a treinamentos específicos bem como auxiliados por consultores externos no processo de planejamento e desenvolvimento da ferramenta. 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