Suplementação com óleo de peixe reverte parcialmente alterações renais geradas por modelo animal de obesidade e resistência à insulina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Isabela Coelho de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/35101
Resumo: Orientador : Prof. Dr. Ricardo Fernandez Perez
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spelling Castro, Isabela Coelho deUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularPerez, Ricardo Fernandez2018-04-20T18:51:03Z2018-04-20T18:51:03Z2014http://hdl.handle.net/1884/35101Orientador : Prof. Dr. Ricardo Fernandez PerezTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Defesa: Curitiba, 20/03/2014Inclui referênciasÁrea de concentração : FisiologiaResumo: A obesidade e o excesso de peso são considerados uma pandemia em crescimento. A obesidade gera desordens metabólicas sistêmicas e teciduais, como resistência à insulina, dislipidemia, hipertensão e doenças cardiovasculares e renais. A doença renal crônica, que atinge 10% da população adulta, é relacionada com a obesidade, resistência à insulina e hipertensão e resulta em progressivo declínio da função renal com aumento da morbimortalidade. O óleo de peixe (OP), rico em lipídeos da família n-3, é considerado imunomodulador e protetor em algumas patologias metabólicas e renais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a função renal em modelo de obesidade e o efeito da suplementação com OP sobre estes parâmetros. No estudo foram utilizados camundongos Swiss (6 semanas) que consumiram por 8 semanas ração rica em carboidrato (HC) ou em lipídeos (HF) ou ração padrão (S) (76, 26 e 63% de carboidratos; 15, 15 e 26% de proteínas; 10, 59 e 11% de lipídeos, respectivamente). A indução do modelo foi avaliada acompanhando o ganho de peso e a intolerância à glicose pelo teste de tolerância intraperitonial à glicose (TTIG) e área sob a curva (AUC) do TTIG. Após a indução, os animais de cada grupo foram distribuídos em três grupos: sem suplementação (S, HC e HF) e suplementados via oral por 4 semanas (1g/kg p.c.) com OP (SOP, HCOP e HFOP) ou óleo de girassol (OG) (SOG, HCOG e HFOG). No período de indução, a dieta HF gerou aumento da intolerância à glicose e do ganho de peso (vs S e HC). A dieta HC elevou algumas glicemias do TTIG, sem alterar a AUC, mas elevou o peso corporal (vs S). Após as suplementações, HC e HF elevaram o peso dos tecidos adiposos, as concentrações plasmáticas de HDL, colesterol total e glicose em jejum e reduziram o peso do rim. A insulinemia foi maior no grupo HFOP vs SOP e HCOP e o ganho de peso elevou-se no grupo HCOP vs SOP. A dieta HF ainda gerou maior peso final (vs S). O OP reduziu a glicemia em jejum (HCOP) e os níveis de colesterol total (HCOP e HFOP). O OG elevou a insulinemia (HFOG e SOG) e o colesterol total (SOG). As dietas HC e HF reduziram a filtração glomerular, fluxo urinário e a uremia. A dieta HC reduziu a osmolalidade urinária e plasmática e elevou a excreção urinária de proteínas totais. A dieta HF reduziu a osmolalidade urinária, efeito revertido pelo OP. As duas dietas aumentaram o clearance de água livre, reduziram a excreção urinária de TXB2, sem afetar PGE2. A dieta HF alterou o manejo tubular de sódio, com redução da fração de excreção de Na+. Esta dieta elevou também a albuminúria e a concentração de TNF-? renal e reduziu a expressão protéica de COX-2, entretanto a dieta HC aumentou a de AMPK. As dietas HC e HF alteraram marcadores morfológicos renais, onde: HC aumentou marcação de vimentina e de PCNA no interstício e a HF elevou a marcação de vimentina tubulointersticial. O OP (HFOP) reduziu a marcação de vimentina nos túbulos, de pJNK nos glomérulos e de ?-SMA glomerular e tubulointersticial, ainda, elevou a adiponectinemia com redução da de TNF-? no plasma e rim, além dos grupos com OP apresentaram maior incorporação de lipídeos n-3 no tecido renal (vs S, HC e HF) em detrimento dos n-6. Assim, a dieta HF gerou um modelo de obesidade de forma mais eficaz que a HC, as duas induziram modificações metabólicas e renais, mas a HF foi mais expressiva. O OP atuou com efeito anti-inflamatório sistêmico e renal, revertendo parcialmente às alterações geradas pelo modelo.Abstract: Obesity and overweight are considered a pandemic growing. Obesity induce metabolic and tecidual disordens, as insulin resistance, dyslipidemia, hypertention, cardiovascular and renal disease. Chronic kidney disease is present in 10% adult population and is related with obesity, insulin resistance and hypertention, resulting in progressive decline of renal function, with increased morbility and mortality rate. Fish oil (OP), rich in n-3 lipids, acts as an immunomodulator and has protective effect againts metabolic and renal pathologies. The objetictive of this work was evaluated renal function in an obesity model and the effect of OP supplementation on these parameters. In the study were used Swiss mice (6 weeks old) that consumed for 8 weeks high carbohydrate (HC) or high fat (HF) diets or standard (S) chow (76, 26 and 63% carbohydrate; 15, 15 and 26% protein; 10, 59 and 11% lipids, respectively). The induction of the model was assessed by monitoring weight gain and glucose intolerance by the intraperitoneal glucose tolerance test (TTIG) and area under curve (AUC) from TTIG. After the induction time, animals were divided in three groups: without supplementation (S, HC, HF), supplemented (1g/kg body weight) for 4 weeks with OP (SOP, HCOP and HFOP) or sunflower oil (OG) (SOG, HCOG and HFOG). During the induction time, HF diet increased glucose intolerance and weight gain (vs S and HC). HC diet rised glycemia in some times of TTIG, without modification in AUC, but increased body weight (vs S). After supplementation, HC and HF diets increased adipose tissue weight, plasma HDL, total cholesterol, fasting glucose concentrations and reduced kidney weight. Plasma insulin was higher in HFOP than SOP and HCOP groups, and HCOP rised weight gain versus SOP. HF diet rised final body weight in relation S group. OP was capable to reduce fasting glucose (HCOP) and plasma total cholesterol (HCOP and HFOP). OG increased plasma insulin (HFOG and SOG) and total cholesterol (SOG). HC and HF diet decreased glomerular filtration, urinary flow, and plasma urea. HC diet increased urinary excretion of total protein, and decreased urinary and plasmatic osmolality. HF diet reduced urinary osmolality, which was altered by OP. Modified diets rised free water clearance, decreased urinary TXB2 excretion and not affected PGE2 excretion. HF diet altered tubular handling of sodium, with a reduction of sodium excretion. This diet induced also an increase of urinary excretion of albumin and renal TNF-? concentration. HC and HF diets modified renal morphological markers, HC increased positive cell for vimentin and PCNA in interstitium, and HF rised positive cell for vimentin in tubular cell and interstitium. Fish oil (HFOP) was able to reduce positive tubular cell for vimentin, glomerular score for pJNK and glomerular and tubulointerstitial score for ?-SMA, and increased plasma adiponectin, with decreased in plasma and renal TNF-? concentration, in addition, fish oil groups presented high n-3 lipids incorporation in renal tissue (vs S, HC and HF) with low n-6 lipids. Thereby, HF diet induced an obesity model more effectively than HC diet, both induced metabolic and renal modification, but HF diet caused most significant changes. Fish oil acted with antiinflamatory effect in systemic and renal tissue, partially reversing the changes generated by the model.147f. : il. algumas color., tabs.application/pdfDisponível em formato digitalTesesObesidadeRins - DoençasOleo de peixeCitologia e biologia celularBiologia molecularSuplementação com óleo de peixe reverte parcialmente alterações renais geradas por modelo animal de obesidade e resistência à insulinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ISABELA COELHO DE CASTRO.pdfR - T - ISABELA COELHO DE CASTRO.pdfapplication/pdf3070289https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/35101/1/R%20-%20T%20-%20ISABELA%20COELHO%20DE%20CASTRO.pdfa35701805317497e146b906ffb29b786MD51open access1884/351012018-04-20 15:51:03.412open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/35101Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082018-04-20T18:51:03Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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