Avaliação dos compostos bioativos e atividade, antioxidante in vitro e in vivo em bagaços de uvas (Vitis vinífera E Vitis labrusca)
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Data de Publicação: | 2016 |
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Ribani, Rosemary Hoffmann, -2022Universidade Federal do Paraná. Setor de Tecnologia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de AlimentosHaminiuk, Charles Windson IsidoroRibeiro, Leomara Floriano2024-07-10T17:35:22Z2024-07-10T17:35:22Z2016https://hdl.handle.net/1884/44719Orientador: Prof. Dr. Charles Windson Isidoro HaminiukCoorientadora: Profª Drª Rosemary Hoffmann RibaniTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos. Defesa: Curitiba, 12/05/2016Inclui referências : f. 106-119Resumo: A uva é uma das frutas mais cultivadas no mundo. Destina-se tanto para o consumo in natura, como também para a produção de sucos e vinhos. A partir do processo de vinificação é gerada uma quantidade expressiva de resíduos, principalmente, o bagaço de uva, composto por sementes, cascas e engaço. O bagaço de uva contém diferentes compostos bioativos, como os compostos de natureza flavonoide e compostos de natureza não flavonoide, os quais permanecem no resíduo devido a sua extração incompleta durante o processamento. Os compostos bioativos podem apresentar atividades biológicas, tais como atividade antioxidante. Desta forma, é interessante determinar o teor de compostos bioativos bem como a atividade antioxidante in vitro e in vivo a fim de avaliar a possibilidade de reaproveitamento do mesmo. No presente estudo, as variedades avaliadas foram Cabernet Sauvignon (CS) e Merlot (ME) (Vitis vinifera L.), Terci (TE) e Mix (MI) (Vitis labrusca L.), sendo este último composto pelas variedades Bordô, Isabel e BRS Violeta, cada uma nas proporções 65%, 25% e 10%, respectivamente. Todas as amostras foram submetidas à análise de composição centesimal, em seguida os compostos bioativos foram avaliados quanto ao teor de compostos fenólicos totais (CFT), flavonoides totais e antocianinas monoméricas totais por espectrofotometria ultravioleta-visível (UV-Vis). A variedade MI apresentou a maior quantidade de CFT (4124,46 ± 115,01 mg em equivalentes de ácido gálico 100 g-1) e de flavonoides totais (2157 ± 10,11 mg em equivalentes de catequina 100 g-1) e quando comparada com as demais variedades apresentou-se estatisticamente diferente (p 0,05). As antocianinas totais foram quantificadas pelo método de pH diferencial em espectrofotômetro UV-Vis a 510 e 700 nm e as antocianinas individuais foram identificadas por cromatografia líquida de alta eficiência e espectrometria de massas (CLAE-EM). A variedade TE apresentou a maior quantidade de antocianinas totais por UV-Vis (414,95 ± 3,37 mg equivalentes de cianidina-3-glicosídeo 100 g-1) e por CLAE (409,71 ± 17,13 mg equivalentes de cianidina-3- glicosídeo 100 g-1) estatisticamente diferente (p 0,05) das demais variedades. Em todas as amostras foram identificadas 13 diferentes antocianinas. Entre os compostos bioativos determinados nas variedades de bagaço de uva analisadas por CLAE estão os ácidos fenólicos (ácido gálico, ácido vanílico, ácido siríngico, ácido trans-cinâmico, ácido cafeico, ácido clorogênico e ácido p-cumárico), flavan-3-ois (catequina), flavonois (quercetina, rutina e caempferol), estilbeno (resveratrol), e por cromatografia gasosa (CG) os ácidos graxos poliinsaturados (ácido linoleico e ácido ?-linolênico). Com relação à determinação da atividade antioxidante, os ensaios in vitro mostraram que o bagaço de uva da variedade ME apresentou elevada capacidade antioxidante com base nos métodos DPPH (2,58 ± 0,07 mg mL-1) e autooxidação pelo sistema ?-caroteno/ácido linoleico (70,60 ± 0,91%). Nos testes iniciais dos ensaios biológicos, a capacidade antioxidante foi determinada com relação à geração de espécies reativas ao oxigênio (EROs) nas mitocôndrias isoladas de fígado de ratos Holtzman, sendo que os resultados mostraram que houve inibição significativa na geração de EROs. Posteriormente, avaliou-se o homogenato dos tecidos fígado e cérebro e da peroxidação lipídica nos ratos com artrite induzida por adjuvante (AIA). Os dados obtidos mostraram que houve uma tendência em restabelecer os níveis avaliados de estresse oxidativo em relação ao grupo controle, indicando o efeito antioxidante do extrato de ME sobre os ratos com artrite induzida. A partir dos resultados obtidos concluiu-se que os bagaços de uva apresentaram em sua composição não somente compostos bioativos, mas também potencial antioxidante, e que podem ser reaproveitados pela indústria de alimentos e farmacêutica porque podem ser fonte alternativa para alimentos funcionais, suplementos ou formulação de nutracêuticos.Abstract: The grape is one of the most cultivated fruit in the world. It is intended both for fresh consumption, but also for the production of juices and wines. From the winemaking process a significant amount of waste is generated mainly grape pomace, consisting of seeds, skins and stems. The grape pomace contains different bioactive compounds, such as compounds of flavonoid in nature and compounds of a non flavonoid, which remain in the residue due their incomplete extraction during processing. The bioactive compounds may have biological activities such as antioxidant activity. Thus, it is interesting to determine the content of bioactive compounds as well as antioxidant activity in vitro and in vivo to evaluate the possibility of reusing. In this study, the varieties were evaluated Cabernet Sauvignon (CS), Merlot (ME) (Vitis vinifera), Terci (TE) and Mix (MI) (Vitis labrusca), with the latter being composed by the varieties Bordeaux, Isabel and BRS Violet, each in the proportions 65%, 25% and 10%, respectively. All samples were submitted to analysis of chemical composition, then the bioactive compounds were evaluated for the phenolic compounds total content (PCT), total flavonoids content and total monomeric anthocyanins by ultraviolet-visible spectrophotometry (UV-Vis). The variety ME had the highest amount of CFT (4124.46 ± 115.01 mg of gallic acid equivalents 100 g-1) and total flavonoids (2157 ± 10.11 mg catechin equivalents 100 g-1) and when compared to other varieties was statistically different (p?0.05). The anthocyanins were quantified by the pH differential method in UV-Vis spectrophotometer at 510 and 700 nm and individual anthocyanins have been identified by high-performance liquid chromatography and mass spectrometry (HPLC-MS). The variety TE showed the highest amount of anthocyanins by UV-Vis (414.95 ± 3.37 mg equivalent of cyanidin-3-glucoside 100 g-1) and HPLC (409.71 ± 17.13 mg equivalent of cyanidin 3- glucoside 100 g-1) statistically different (p?0.05) from other varieties. All samples were identified 13 different anthocyanins, with more intense signals for malvidin-3-O-glucoside, malvidin-3-O-acetylglucoside and malvidin-3-O-p-coumaroylglucoside. Among the bioactive compounds in certain grape pomace varieties analyzed for HPLC are phenolic acids (gallic acid, vanillic acid, syringic acid, trans-cinnamic acid, caffeic acid, chlorogenic acid and pcoumaric acid), flavan-3-ols (catechins), flavonols (quercetin, rutin and kaempferol), stilbene (resveratrol) and polyunsaturated fatty acids (linoleic and ?-linolenic acid) by gas chromatography (GC). With respect to the antioxidant activity, in vitro assays showed that the grape pomace of the variety ME showed high antioxidant capacity based on the methods DPPH (2.58 ± 0.07 mg mL-1) and auto-oxidation system ?-carotene/linoleic acid (70.60 ± 0.91%). In initial tests of biological assays, the antioxidant capacity was determined with respect to the generation of reactive oxygen species (ROS) in mitochondria isolated from rat liver Holtzman, and the results showed significant inhibition in the generation of ROS. Then it was performed the evaluation of the liver tissue homogenate and brain and lipid peroxidation in rats with adjuvant-induced arthritis (AIA). The data showed that there was a tendency to restore the assessed levels of oxidative stress compared to the control group, indicating the antioxidant effect of ME extract on rats with induced arthritis. From the results obtained it is concluded that grape pomace had in their composition not only bioactive compounds but also antioxidant potential, and which can be reused by the food and pharmaceutical industries because they may be an alternative source for functional foods, supplements or nutraceuticals formulation.123 f. : il. algumas color.application/pdfDisponível em formato digitalTecnologia de AlimentosCompostos bioativosUva - CultivoAntioxidantesAvaliação dos compostos bioativos e atividade, antioxidante in vitro e in vivo em bagaços de uvas (Vitis vinífera E Vitis labrusca)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - LEOMARA FLORIANO RIBEIRO.pdfapplication/pdf3401543https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/44719/1/R%20-%20T%20-%20LEOMARA%20FLORIANO%20RIBEIRO.pdfe71893ed941895e3b6a6d0a3b3f8e0caMD51open accessTEXTR - T - LEOMARA FLORIANO RIBEIRO.pdf.txtExtracted Texttext/plain261821https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/44719/2/R%20-%20T%20-%20LEOMARA%20FLORIANO%20RIBEIRO.pdf.txtd6eb807b4c42d0b66713723c21e4c256MD52open accessTHUMBNAILR - T - LEOMARA FLORIANO RIBEIRO.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1182https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/44719/3/R%20-%20T%20-%20LEOMARA%20FLORIANO%20RIBEIRO.pdf.jpgd9b5e1ba235c977b1f60d35b0069efd6MD53open access1884/447192024-07-10 14:35:22.6open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/44719Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-07-10T17:35:22Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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