Caracterização química e atividade antioxidante das inflorescências de Musa paradisiaca L.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Vanessa Staldoni de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/85724
Resumo: Orientadora : Profa. Dra. Juliana Bello Baron Maurer
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spelling Zawadzki-Baggio, Selma Faria, 1965-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ciências (Bioquímica)Maurer, Juliana Bello BaronOliveira, Vanessa Staldoni de2023-12-20T18:34:52Z2023-12-20T18:34:52Z2015https://hdl.handle.net/1884/85724Orientadora : Profa. Dra. Juliana Bello Baron MaurerCo-orientador : Profa. Dra. Selma Faria Zawadzki BaggioDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências : Bioquímica. Defesa: Curitiba, 20/03/2015Inclui referências : f. 80-92Resumo: O presente estudo teve como objetivos caracterizar fitoquimicamente e avaliar a atividade antioxidante das inflorescências de Musa paradisiaca L. Esta espécie, cujo fruto é conhecido popularmente como banana, tem suas inflorescências tradicionalmente usadas no combate a diabetes mellitus, menorragia e desordens digestivas e respiratórias como bronquite, tosse e asma. As inflorescências frescas de M. paradisiaca foram utilizadas para o preparo dos extratos aquosos, hidroalcoólicos e frações com solventes de diferentes polaridades. As amostras foram submetidas, primeiramente, a uma análise fitoquímica qualitativa e, em seguida, a dosagens espectrofotométricas de diferentes metabólitos como carboidratos, proteínas, fenólicos, flavonoides, taninos condensados e antocianinas. Para caracterização de compostos fenólicos, as amostras foram submetidas à análise por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). As amostras ainda foram testadas quanto a sua atividade antioxidante in vitro através dos ensaios de: redução do radical 1,1- difenil-2-picril-hidrazila (DPPHo), sequestro dos radicais superóxido e hidroxila, poder redutor e capacidade de inibir a peroxidação lipídica através do ensaio de inibição das espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). A análise qualitativa mostrou a presença nas inflorescências de polifenois, antocianinas, flavonoides, taninos, saponinas, triterpenos/esteroides e cumarinas, todos compostos com já relatada atividade terapêutica. As amostras estudadas apresentaram variações nos conteúdos de carboidratos (14 a 42 %), proteínas (4,8 a 6,8 %), fenólicos (1,5 a 16 %) e taninos condensados (0,07 a 0,3 %). O conteúdo de antocianinas foi semelhante nas amostras testadas, com variação entre 42 a 46 mg equivalente à cianidina-3-glucosídeo por 100 g extrato seco. A análise de CLAE sugere a presença de ácidos fenólicos (ácido clorogênico, ácido cumárico, ácido ferúlico e ácido sinápico) e de flavonoides (rutina, miricetina e epicatequina). A presença de ácido clorogênico e rutina no material em estudo sugere que eles podem estar envolvidos nas atividades apresentadas pelo seu uso tradicional, como no combate a injúrias intestinais e asma. As amostras apresentaram atividade antioxidante, com valores de concentração efetiva de amostra necessária para inibir 50 % da concentração inicial de radicais (EC50), em mg.mL-1, variando de 0,27 a 1,94, para DPPHo; 1,97 a 5,64, para hidroxila, e 1,22 a 2,25, para superóxido. O ensaio de redução do radical DPPHo do extrato hidroalcoólico das flores (EOH-F) apresentou atividade semelhante ao padrão comercial BHT e foi constatada uma forte correlação entre a atividade antioxidante e o conteúdo fenólico das amostras nesse ensaio (r= -0,8494). Também apresentaram poder redutor com absorbância a 700 nm variando de 0 a 1,3 e atividade de inibição da peroxidação lipídica, com atividade de inibição média entre as amostras de 19 %. Portanto, os resultados sugerem que compostos fenólicos como flavonoides e ácidos fenólicos podem estar relacionados com as propriedades medicinais das inflorescências de M. paradisiaca e que o seu consumo deve ter impactos favoráveis sobre a saúde. Palavras-chave: Musa paradisiaca, inflorescências, caracterização química, atividade antioxidante, compostos fenólicos.Abstract: The present study aims to investigate chemical characterization and antioxidant activity from Musa paradisiaca L. inflorescences. This species, whose fruit is popularly known as banana, has its inflorescences traditionally used to combat diabetes mellitus, menorrhagia and digestive and respiratory disorders such as bronchitis, cough and asthma. The fresh M. paradisiaca inflorecenses were used for the preparation of aqueous and hydroalcoholic extracts and fractions with solvents of different polarities. The samples were subjected, first, to a phytochemical screening, and then to spectrophotometric measurements of various metabolites such as carbohydrates, proteins, phenolics, flavonoids, condensed tannins and anthocyanins. Then with the objective of characterizing the phenolic compounds, the samples were examined by high performance liquid chromatography (HPLC). The samples were also tested for their in vitro antioxidant activity using the 1,1-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPHo), superoxide and hydroxyl radical-scavenging assays; the reducing power and the ability to inhibit lipid peroxidation by testing inhibition of thiobarbituric acid reactive species (TBARS). The phytochemical screening showed the presence of polyphenols, anthocyanins, flavonoids, tannins, saponins, triterpenes/steroids and coumarins, all compounds reported to have therapeutic activity. The samples exhibited variations in the carbohydrate content (14 to 42 %), protein (4.8 to 6.8 %) phenolic (1.5 to 16 %) and condensed tannins (0.07 0.3 %). The anthocyanin content was similar in the samples tested, ranging from 42 to 46 mg equivalent to cyanidin-3-glucoside per 100 g dry extract. The HPLC analysis suggests the presence of phenolic acids (chlorogenic acid, coumaric acid, ferulic acid and sinapic acid) and flavonoids (rutin, myricetin and epicatechin). The presence of chlorogenic acid and rutin in the material under study, suggests that they may be involved in the activities presented by their traditional use as in combating intestinal injuries and asthma. The samples exhibited antioxidant activity with effective concentration required to inhibit 50 % of the initial concentration of radical (EC50) values, in mg.mL-1, varying from 0.27 to 1.94 for DPPHo; from 1.97 to 5.64 for hydroxyl and from 1.22 to 2.25 for superoxide. The DPPHo assay of the hydroalcoholic extract of the flowers (EOHF) showed activity similar to commercial standard BHT and a strong correlation was found between the antioxidant activity and phenolic content of the samples in this assay (r = -0.8494). Also showed reducing power with absorbance at 700 nm ranging from 0 to 1.3 and inhibition of lipid peroxidation activity with mean activity inhibition between samples of 19 %. Therefore, the results suggest that phenolic compounds such as flavonoids and phenolic acids may be related to the medicinal properties from M. paradisiaca inflorescences, and that their use should have positive impact on health. Key-words: Musa paradisiaca, inflorescences, chemical characterization, antioxidant activity, phenolic compounds.92 f. : il.(color), tabs.application/pdfBioquímicaBananaCompostos FenólicosInflorescênciaCaracterização química e atividade antioxidante das inflorescências de Musa paradisiaca L.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - VANESSA STALDONI DE OLIVEIRA.pdfapplication/pdf1294522https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/85724/1/R%20-%20D%20-%20VANESSA%20STALDONI%20DE%20OLIVEIRA.pdfa6b8d6b4a67231c09901fa7df87c26c0MD51open access1884/857242023-12-20 15:34:52.442open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/85724Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-12-20T18:34:52Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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