Impacto da terapia antirretroviral em adolescentes e adultos com aids em Curitiba conforme os diferentes consensos de tratamento de 1991, 1996 e 2001 do ministério da Saúde
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/24297 |
Resumo: | Resumo: A aids, por ser uma infecção crônica e potencialmente letal, foi vista como uma sentença de morte desde o diagnóstico de seus primeiros casos, no início da década de 1980. O tratamento antirretroviral, desde o uso pioneiro da zidovudina em 1987, vem sendo aprimorado. A disponibilidade de exames capazes de indicar o momento mais preciso para iniciar a medicação e o uso rotineiro de profilaxia edicamentosa para infecções oportunistas e de drogas combinadas diminuem o risco de falha do tratamento, tudo isso levando a uma maior sobrevida com boa qualidade de vida. No Brasil o Ministério da Saúde (MS) criou o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS em 1986, e em 1991 começou o processo de compra e distribuição gratuita de medicamentos para a aids e infecções oportunistas, com consensos de terapia atualizados periodicamente. Esta pesquisa é uma coorte retrospectiva, e o objetivo foi analisar o impacto dos diferentes consensos de terapia antirretroviral (TARV) implantados pelo MS nos anos de 1991, 1996 e 2001 na sobrevida dos adolescentes e adultos com aids residentes em Curitiba. Foram incluídos todos os casos de aids neste grupo etário notificados nos seis primeiros meses de 1992, 1997 e 2002 na cidade de Curitiba, que poderiam refletir o impacto das diferentes TARVs disponibilizadas nos cinco anos subsequentes. A população do estudo foi composta por 600 casos de aids, sendo 419 do gênero masculino e 181 do gênero feminino, com idades variando dos 13 aos 78 anos. A sobrevida após cinco anos a partir da indicação terapêutica de 1991 era de 18,1%; do consenso de 1996 era de 68,8% e a partir daquele de 2001 era de 66,1%. Os pacientes com maior escolaridade tiveram maior adesão ao tratamento (p<0,001), e os usuários de drogas injetáveis (UDI) aderiram pouco ao tratamento (p=0,03). Dos pacientes que usaram TARV tríplice, 66,5% estavam vivos cinco anos após o diagnóstico. O aprimoramento da TARV preconizada pelo MS teve impacto positivo na sobrevida dos adolescentes e adultos estudados. Outros fatores que também influenciaram a sobrevida foram a faixa etária, a escolaridade, a adesão ao tratamento antirretroviral, o tipo de TARV e o ano de diagnóstico. Não foi evidenciada associação entre sobrevida, gênero e categoria de exposição ao HIV. |
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