Indução da proliferação e migração de células musculares lisas pela quiescina sulfidril oxidase 1 (QSOX1)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Beatriz Essenfelder
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/35825
Resumo: Resumo: Quiescin sulfidril oxidase 1 é uma flavoenzima que pode estar presente no meio extracelular cujas funções e substratos fisiológicos neste ambiente não são bem conhecidos. QSOX1 tem sido demonstrada na regulação da sobrevivência de células tumorais, proliferação e migração, além da remodelação da matriz extracelular (ECM). No entanto, ainda não estão relatados dados sobre a QSOX1 em outras condições fisiopatológicas. A reestenose é uma consequência da lesão arterial e que acomete cerca de 30% dos pacientes que sofreram angioplastia por cateter-balão. O modelo experimental em carótidas de rato reproduz o processo fisiopatológico que ocorre em humanos, levando à formação da neoíntima. Esta nova camada ocorre devido à migração e proliferação de células do músculo liso vascular (VSMC) da túnica média para a túnica íntima, seguido pela síntese e remodelação de ECM. Nosso trabalho mostra que a menor expressão e síntese de QSOX1, obtida por siRNA, diminui a migração e a proliferação de células musculares lisas em cultura, como determinado por ensaios de scratch ou migração em transwell e de cristal violeta, respectivamente. Em contrapartida, a superexpressão de QSOX1, obtida com o vetor pCR QSOX1-pCR3.1, estimula esses processos neste modelo. Além disso, a atividade sulfidril oxidase no meio extracelular parece mediar a migração, mas não a proliferação, como mostrado em ensaios de incubação das VSMC com QSOX1 recombinante de camundongo ativa ou inativada pela substituição da cisteína 452 por serina. A proliferação celular induzida pelas QSOX1 recombinantes ativa e inativa foi similar, induziu a expressão da proteína PCNA e não foi dependente de peróxido de hidrogênio intracelular ou extracelular, uma vez que a proliferação não foi afetada pela co-incubação das células com as proteínas recombinantes e catalase ou PEG-catalase. O papel da QSOX1 in vivo foi também analisada. A neoíntima formada após lesão arterial em carótidas de ratos mostrou-se imunomarcada com QSOX1 principalmente 14 dias após a lesão. A inibição da expressão da QSOX1 por siRNA no tecido arterial levou a uma diminuição significativa na expressão do PCNA em 14 dias pós-lesão e uma razão de área íntima/média diminuída no dia 21 pós-lesão, em comparação com os controles sham. Em resumo, os nossos resultados demonstram que QSOX1 extracelular induz células do músculo liso vascular (VSMC) à migração e proliferação. Interessantemente a proliferação não depende da atividade sulfidril oxidase da enzima e in vivo contribui para a formação da neoíntima em artérias carótidas de ratos lesadas por cateter balão.
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