Argentum Córdoba : diálogos, fissuras e soslaios entre ficção e história sob as miradas de Cristina Bajo, Andrés Rivera e María Teresa Andruetto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cerdeira, Phelipe de Lima, 1984-
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/59874
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Vasconcelos Machado
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spelling Cerdeira, Phelipe de Lima, 1984-Tozzi, Liliana, 1961-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em LetrasMachado, Rodrigo Vasconcelos2019-04-09T15:39:54Z2019-04-09T15:39:54Z2019https://hdl.handle.net/1884/59874Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Vasconcelos MachadoCoorientadora: Profa. Dra. Liliana Eva TozziTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 12/02/2019Inclui referências: p.508-540Resumo: Vislumbrar as múltiplas interseções entre os discursos ficcional e histórico é o primeiro passo para se descrever o contexto no qual a própria literatura acabou sendo forjada. Ao problematizar o recorte hegemônico dado pelos estudos literários em torno de uma hipertofria portenha, esta tese traça como objetivo geral propor uma leitura conjunta de diferentes romances dos autores Cristina Bajo, Andrés Rivera e María Teresa Andruetto para exemplificar e, ao mesmo tempo, estabelecer um novo tropo literário ao se pensar nos estudos voltados à ficção histórica do país do Prata. Cria-se, assim, Argentum Córdoba, uma epistemologia de leitura que demonstra ser possível expandir as miradas sobre o objeto literário através da observação desses três escritores contemporâneos, que enunciam a partir de Córdoba, e que têm projetos essencialmente distintos. Também pela primeira vez, os onze romances selecionados pelo corpus ficcional serão lidos como séries para fundamentar a poética de cada autor, tomando a pentalogia de Bajo - Como vivido cien veces (1995), En tiempos de Laura Osorio (2005), La trama del pasado (2006), Territorio de penumbras (2011) e Esa lejana barbarie (2017) -, mas apontando uma linhagem para o caso de Rivera - La revolución es un sueno eterno (1987), El farmer (1996) e Ese manco Paz (2003) - e propondo uma inusitada tritejía - Tama (1997), Lengua Madre (2010) e Los Manchados (2015) - para o caso de Andruetto. Como metodologia desta pesquisa, faz-se necessário incursionar em discussões diretamente atreladas aos estudos literários, desde a construção da historiografia literária argentina em torno da lógica da geração de 1837 e do seu ideal romântico-positivista (ROJAS, 1948), contemplando a dicotomia civilização e barbárie (SARMIENTO, 1845) e, ainda, apontando a relevância de uma verve ensaística que estabeleceu fendas à perspectiva monológica e canônica para pensar a literatura. Quanto à ideia de Córdoba como um campo de enunciação possível para arquitetar todo o argumento, parte-se da asseveração sarmientina sobre a província cordobesa como contraponto de Buenos Aires, repassando a tradição erudita, os agentes sociais, as manifestações culturais e erupções políticas que fizeram desse campo de enunciação uma fonte de ambiguidades, que ora pulsam a favor, ora contra (TATIÁN, 2016), um diapasão para potencializar as tentativas de revisão de dados cristalizados. Ademais, figuram ao longo de todo o trabalho aportes teóricos advindos de outras áreas, tal como a história (WHITE, 1973) (BURKE, 1993), a memória (RICOUER, 2007), e contribuições dos estudos culturais, como a Sociologia (BOURDIEU, 2002) e a Antropologia (GRIMSON, 2011). Nesse complexo e vivo contexto discursivo, erige-se uma oportunidade para pensar a literatura argentina entre as fronteiras das imaginadas "verdades" e as supostas "mentiras" (VARGAS LLOSA, 2002), sob diálogos, fissuras e soslaios. Uma perspectiva para valorizar olhares de "nosotros", as vozes que pulsam a partir do interior, via Argentum Córdoba. Palavras-chave: Argentum Córdoba. Ficção histórica. Cristina Bajo. Andrés Rivera. María Teresa Andruetto.Abstract: Envisioning the multiple intersections between fictional discourse and historical discourse is the first step to describe the context in which literature itself was forged. By problematizing the hegemonic picture given by the literary studies regarding an Argentinian hypertrophy, this thesis outlines as its main goal a joint reading of different novels from the writers Cristina Bajo, Andres Rivera and María Teresa Andruetto to illustrate and, at the same time, define a new literary trope when it comes to studies that focus on historical fiction in the South- American country. Hence Argentum Cordoba is born, a reading epistemology that proves that expanding our look over the literary object through the observation of these three contemporary writers, who express themselves from Cordoba and have quite distinct projects, is indeed possible. Also, for the very first time, the eleven novels selected by the fictional corpus will be read as series in order to substantiate the poetics of each writer, taking Bajo's pentalogy - Como vivido cien veces (1995), En tiempos de Laura Osorio (2005), La trama del pasado (2006), Territorio de penumbras (2011), and Esa lejana barbarie (2017) -, but pointing out a line in Rivera's case - La revolucion es un sueno eterno (1987), El farmer (1996), and Ese manco Paz (2003) -, and suggesting an unusual tritejia - Tama (1997), Lengua Madre (2010) and Los Manchados (2015) - for Andruetto. As a research method, we find it necessary to explore discussions that are directly related to the literary studies, starting with the creation of the Argentinian literary historiography regarding the logics of the 1837 generation and its romantic-positivist ideal (ROJAS, 1948), going through the civilization / barbarism dichotomy (SARMIENTO, 1845), and also highlighting the relevance of an essayistic verve that formed cracks in the monological and canonical perspective of the thoughts on literature (DRUCAROFF, 2000, 2011, 2012). With respect to the idea of Cordoba as a possible expression field to develop the whole argument, we start from the Sarmientian statement that regards the Cordobean province as Buenos Aires's counterpoint, shifting the erudite tradition, the social agents, the cultural manifestations and political demonstrations that turned this expression field into a source of ambiguities, which sometimes resonates in favor and other times against (TATlAN, 2016), a tuning fork to enhance the attempts to review fossilized data. Furthermore, one may find throughout this project theoretical inputs derived from other areas, such as history (WHITE, 1973) (BURKE, 1993), memory (RICOUER, 2007), and some contributions from the cultural studies, such as Sociology (BOURDIEU, 2002) and Anthropology (GRIMSON, 2011). From this complex and lively discursive context, an opportunity to think the Argentinian literature within the borders of the so-called "truths" and the alleged "lies" (VARGAS LLOSA, 2002), among dialogues, cracks and slants, arises. A perspective to appreciate "nosotros's" views, the voices that beat from the inside, through Argentum Cordoba. Keywords: Argentum Cordoba. Historical Fiction. Cristina Bajo. Andres Rivera. María Teresa Andruetto.Resumen: Vislumbrar las múltiples intersecciones que existen entre los discursos ficcional e histórico es el primer paso para describir el contexto que la propia literatura ha sido forjada. Al problematizar el recorte hegemónico que fue concedido por los estudios literarios alrededor de una hipertrofia portena, esta tesis doctoral tiene como objetivo general proponer una lectura en conjunto de diferentes novelas de los autores Cristina Bajo, Andrés Rivera y María Teresa Andruetto para ejemplificar y, a la vez, establecer un nuevo tropo literario al reflexionar acerca de los estudios volcados en la ficción histórica del país del Plata. Se crea Argentum Córdoba, una epistemología de lectura que demuestra que es posible expandir las miradas sobre el objeto literario a través de la observación de estos tres escritores, que enuncian desde Córdoba y que nos presentan proyectos esencialmente distintos. Por primera vez, las once novelas seleccionadas serán leídas como series para fundamentar la poética de cada autor, rescatando la pentalogía - Como vivido cien veces (1995), En tiempos de Laura Osorio (2005), La trama del pasado (2006), Territorio de penumbras (2011) y Esa lejana barbarie (2017) - de Bajo, pero apuntando un linaje para el caso de Rivera - La revolución es un sueno eterno (1987), El farmer (1996) y Ese manco Paz (2003) -, además de proponer una inusitada tritejía - Tama (1997), Lengua Madre (2010) y Los Manchados (2015) - para el caso de Andruetto. Se destacan discusiones directamente relacionadas con los estudios literarios, desde la construcción de la historiografía literaria argentina alrededor de la lógica de la generación de 1837 y de su ideal romántico-positivista (ROJAS, 1948), contemplando la dicotomía civilización y barbarie (SARMIENTO, 1845) y planteando la relevancia de un espíritu ensayístico que estableció hendiduras en la perspectiva monológica y canónica para pensar la literatura. La idea de Córdoba como un campo de enunciación posible para armar este argumento, se considera en relación conflictiva con la aseveración sarmientina acerca de la ciudad como contrapunto de Buenos Aires, repasando la tradición erudita, los agentes sociales, las manifestaciones culturales y erupciones políticas que hicieron de ese campo de enunciación una fuente de ambigüedades, que laten sea de manera favorable, sea en contra (TATIÁN, 2016), potenciando como una especie de diapasón las tentativas de revisión de datos cristalizados. Figuran a lo largo del trabajo aportes teóricos derivados de otras áreas, como la historia (WHITE, 1973) (BuRKE, 1993), la memoria (RICOUER, 2007), y las contribuciones de los estudios culturales, como la Sociología (BOuRdIEU, 2002) y la Antropología (GRIMSON, 2011). En ese complejo y vivo contexto discursivo, se erige una oportunidad para pensar la literatura argentina entre las fronteras de las imaginadas "verdades" y las supuestas "mentiras" (VARGAS LLOSA, 2002), bajo diálogos, fisuras y soslayos. Una perspectiva para valorar miradas de "nosotros", las voces que pulsan a partir del interior, vía Argentum Córdoba. Palabras clave: Argentum Córdoba. Ficción historica. Cristina Bajo. Andrés Rivera. María Teresa Andruetto.569 p. : il. (algumas color.).application/pdfLiteratura argentinaLetrasBajo, CristinaRivera, Andrés, 1928-2016Andruetto, María Teresa, 1954-Ficção históricaArgentum Córdoba : diálogos, fissuras e soslaios entre ficção e história sob as miradas de Cristina Bajo, Andrés Rivera e María Teresa Andruettoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - PHELIPE DE LIMA CERDEIRA pdfa.pdfapplication/pdf491464509https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/59874/1/R%20-%20T%20-%20PHELIPE%20DE%20LIMA%20CERDEIRA%20pdfa.pdf98fe38625279cf8f388ba9bd49526f24MD51open access1884/598742019-04-09 12:39:54.289open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/59874Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082019-04-09T15:39:54Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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