A dimensão ecologica da dignidade humana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/26794 |
Resumo: | Resumo: A dignidade da pessoa humana, alçada a princípio-mor de todo o ordenamento jurídico brasileiro, e de especial relevo em grande parte dos ordenamentos jurídicos estrangeiros, teve seu conceito alterado ao longo dos tempos. Da Antiguidade, passando por expressivas pinceladas dadas pelo cristianismo, desembocando na Modernidade, com os importantes contributos de René Descartes e Immanuel Kant, até as últimas adições feitas por outros filósofos ocidentais, a dignidade humana tomou conta dos ordenamentos contemporâneos, tanto dos pactos internacionais como das Constituições nacionais. Porém, ao ter sido atribuída exclusivamente ao ser humano, a dignidade relegou a natureza a papel menor, passível de exploração ilimitada, sem qualquer ética norteadora da relação homem-natureza. Os ideais da Modernidade, então, criaram uma relação de parasitismo entre o homem e a natureza, ocasionando intensa degradação ambiental. Essa relação parasitária deve ser transformada em simbiose, depois de assinado o Contrato Natural, compreendendo-se a vida humana como um nó peculiar na teia da vida. De outra banda, vê-se que a ecologia vai paulatinamente retomando seu lugar de outrora, numa contínua valorização da vida em geral e numa releitura da clássica distinção entre nós, os seres humanos, e os outros, a natureza. Pode-se pensar, então, em uma nova dimensão da dignidade humana, a dimensão ecológica e, quiçá, na dignidade da vida em geral, ou seja, repensar a dignidade, humana e em geral, a partir do paradigma ecocêntrico. |
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