Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Salise Brandt
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/55627
Resumo: Orientadora: Dra. Setuko Masunari
id UFPR_a13959da985d7bc5a9d793b3528da2d8
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/55627
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Schubart, ChristophUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em ZoologiaMasunari, Setuko, 1948-Martins, Salise Brandt2023-01-27T19:16:09Z2023-01-27T19:16:09Z2018https://hdl.handle.net/1884/55627Orientadora: Dra. Setuko MasunariCoorientador: Dr. Christoph D. SchubartTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Zoologia. Defesa : Curitiba, 23/02/2018Inclui referênciasResumo: A tese está composta de três capítulos, os quais abordam a variabilidade morfológica e genética em populações de caranguejo violinista que vivem ao longo da costa brasileira e sua relação com a estratégia reprodutiva. No capítulo 1, foi estudada a influência da salinidade na sobrevivência das larvas zoea (Z) e megalopa (M) de Leptuca leptodactyla, para fins de inferência da estratégia reprodutiva da espécie. Também, descrições morfológicas dos estágios larvais da espécie foram realizadas. As larvas foram cultivadas em cinco tratamentos de salinidade (S0, S5, S15, S25 e S35), obtendo um desenvolvimento completo até M somente em S25 e S35, com maior sobrevivência em S35. A duração média de ZI a M em S25 e S35 foi de 24,10 ± 3,25 dias. Como houve mortalidade total em S0, S5 e S15, pode-se inferir que, as larvas de L. leptodactyla necessitam realizar migrações ontogenéticas para águas polihalianas na região costeira. Portanto, a sua estratégia no ciclo de vida é do tipo exportação larval. Houve 5 ou 6 estágios de Z e um de M, estes se mostraram muito próximos morfologicamente de outras espécies de chama-maré e, portanto, a sua identificação deve ser baseada em um conjunto de caracteres múltiplos. No capítulo 2, foi avaliada a influência da Corrente Sul Equatorial e da foz do Rio Amazonas na dispersão de Leptuca leptodactyla e Minuca mordax ao longo da costa brasileira, através de análises morfométricas e genéticas de suas populações. Houve padrões divergentes para características genéticas e morfológicas para as populações de ambas as espécies. A análise morfológica revelou diferenças significativas entre todas as populações das duas espécies, cuja estrutura geográfica está associada à alta plasticidade fenotípica em resposta à alta diversidade ambiental ao longo da extensa costa brasileira. Entretanto, a análise molecular revelou ausência de estruturação genética para as populações de L. leptodactyla, enquanto que para M. mordax, uma fraca estruturação populacional. Esse cenário é consistente com a estratégia reprodutiva de L. leptodactyla (exportação larval) e parcialmente condizente com a de M. mordax (retenção larval). Os perfis genéticos 12 sugerem que a Corrente Sul Equatorial e a foz do Rio Amazonas não constituem barreira para dispersão das larvas de ambas as espécies, indicando um fluxo genético extensivo entre estuários localizados ao longo dos 4.256 km para L. leptodactyla e 6.176 Km para M. mordax. No capítulo 3, um estudo sobre o dimorfismo sexual na quela de alimentação (uma nos machos e duas nas fêmeas) de Minuca mordax foi realizado, utilizando tanto as técnicas da morfometria geométrica como a linear. Houve dimorfismo sexual tanto na forma como no tamanho do própodo de alimentação, tendo os machos dimensões maiores do que as fêmeas. Ainda, os machos possuem própodo mais delgado (e, portanto mais leve) e colher na ponta do dátilo mais volumoso, conferindo a eles vantagens compensatórias como possibilidade de movimentos alimentares mais rápidos e recolhimento de maior volume de sedimento a cada movimento. Palavras-chave: salinidade, morfologia larval, mtDNA, fluxo gênico, morfometria geométrica e linear, dimorfismo sexual, quela de alimentação.Abstract: The thesis is composed of three chapters concerning the genetic and morphological variability in fiddler crab populations living along Brazilian coast, and its relationship with the reproductive strategy. In Chapter 1, the influence of salinity on the survival of zoea (Z) and megalopa (M) larvae of Leptuca leptodactyla was studied with the purpose of deducing the reproductive strategy of the species. Also, morphological descriptions of the larval stages were done. The larvae were raised in five salinity treatments (S0, S5, S15 and S25, S35), obtaining a complete development until M only in S25 and S35, with significant higher survival in S35. The mean duration of ZI to M in S25 and S35 was 24.10 ± 3.25 days. As there were total mortality in S0, S5 and S15, it can be inferred that the larvae of L. leptodactyla need to perform ontogenetic migrations to polyhaline waters in the coastal region. Therefore, its life-cycle strategy is larval export type. There were five or six stages of Z and one of M that were very close morphologically to other species of fiddler crabs and, their identification should be based on a set of multiple characters. In Chapter 2, the influence of the South Equatorial Current and the Amazon River outflow on the dispersion of Leptuca leptodactyla and Minuca mordax along the Brazilian coast was evaluated, through morphometric and genetic analysis of their populations. There were divergent patterns between genetic and morphological characteristics for the populations of both species. The morphological analysis revealed significant differences among all populations of both species, whose geographical structure is associated with high phenotypic plasticity in response to high environmental diversity along the extensive Brazilian coast. However, molecular analysis revealed the absence of genetic structuring for populations of L. leptodactyla, while for M. mordax, a weak population structure. This scenario is consistent with the reproductive strategy of L. leptodactyla (larval export) and partly consistent with M. mordax (larval retention). The genetic profiles suggest that the South Equatorial Current and the Amazon River outflow do not constitute a barrier to the dispersal of the larvae 14 of both species, indicating an extensive gene flow between estuaries located along the 4,256 km for L. leptodactyla and 6,176 Km for M. mordax. In Chapter 3, a study of the sexual dimorphism in the feeding chela (one in males and two in females) of Minuca mordax was carried out using the geometric and linear morphometric techniques. There was sexual dimorphism in the shape and size of the feeding propodus, having males showed larger dimensions than females. Furthermore, males have slender propodus (and therefore lighter) and a bulkier spoon at the dactyl tip, which be understood as compensatory advantages as the possibility of faster feeding movements and recoil of larger volume of sediment at each movement. Key-words: salinity, larval morphology, mtDNA, gene flow, geometric and linear morphometric, sexual dimorphism, feeding chela.1 recurso online : PDF.application/pdfCaranguejosZoologiaCrustaceoSalinidadeEstratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - SALISE BRANDT MARTINS.pdfapplication/pdf13816864https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/55627/1/R%20-%20T%20-%20SALISE%20BRANDT%20MARTINS.pdffe2fb05c8261b52e03e9cc6665fb18b4MD51open access1884/556272023-01-27 16:16:09.845open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/55627Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-01-27T19:16:09Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
title Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
spellingShingle Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
Martins, Salise Brandt
Caranguejos
Zoologia
Crustaceo
Salinidade
title_short Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
title_full Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
title_fullStr Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
title_full_unstemmed Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
title_sort Estratégia reprodutiva e variabilidade morfológica e genética dos caranguejos Chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898) e Minuca mordax (Smith, 1870) (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) ao longo da costa do Brasil
author Martins, Salise Brandt
author_facet Martins, Salise Brandt
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Schubart, Christoph
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Zoologia
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Masunari, Setuko, 1948-
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Salise Brandt
contributor_str_mv Masunari, Setuko, 1948-
dc.subject.por.fl_str_mv Caranguejos
Zoologia
Crustaceo
Salinidade
topic Caranguejos
Zoologia
Crustaceo
Salinidade
description Orientadora: Dra. Setuko Masunari
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-27T19:16:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-01-27T19:16:09Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1884/55627
url https://hdl.handle.net/1884/55627
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 1 recurso online : PDF.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/55627/1/R%20-%20T%20-%20SALISE%20BRANDT%20MARTINS.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fe2fb05c8261b52e03e9cc6665fb18b4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1823527137267679232