Figurações do limite : sobre os modos e conflitos das fronteiras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/73124 |
Resumo: | Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio Valentim |
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Olimpio, Leonel, 1997-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em FilosofiaValentim, Marco Antonio, 1978-2022-03-25T16:23:07Z2022-03-25T16:23:07Z2021https://hdl.handle.net/1884/73124Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio ValentimDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 04/08/2021Inclui referências: p. 98-101Resumo: Este texto trata da noção de limite, tendo-o como fio condutor para a compreensão das produções de pensamentos, da sua relação com a concepção dos espaços, do estabelecimento das suas fronteiras, dos seus agrupamentos e conflitos. Perfazendo uma interpretação da noção a partir da filosofia de Immanuel Kant (1724-1804), principalmente em sua discussão metafísica, tomamos essa como um ponto de tensão da nossa empreitada. O limite perpassa diversas esferas teóricas, não estando apenas relacionado a uma única determinação a priori, apresentando-se nos âmbitos metafísicos, políticos, antropológicos, sexuais, epistemológicos, jurídicos etc. Transparecendo assim uma ideia de que limite é algo que se encontra em diversos espaços como uma fronteira senão mediadora, delimitadora. Ou seja, nesse sentido, limite funciona como um marco estratégico de demarcação de fronteira para seguir um determinado objetivo teórico-prático. A institucionalização do limite pelo Estado é um exemplo. Assim, uma das maiores facetas do limite é justamente que ele parece estar sempre ligado a outra coisa, "limite do humano", "limite da moral", "limite do Estado", "limite da metafísica", "limite político" etc. Para compreendermos diversas variações em distintos âmbitos nos parece necessário exercer certa atitude para compreendê-lo. Por isso, para tal intento buscaremos esboçar uma determinada história da noção de limite, como ela foi abordada na filosofia kantiana seguindo preceitos às vezes evidentes, às vezes turvos, e para isso nos ateremos não apenas no seu uso explícito mas também nos seus desdobramentos, ressonâncias, e como variados autores tratam a questão. Iniciando um estudo da noção em seu âmbito físico (o seu topos) e também transcendental, isto é, do limite enquanto algo do mundo empírico mas também como uma possibilidade do pensar, um embricamento empírico-abstrato. Pretendemos, portanto, nos perguntar pela maneira com que o limite se apresenta como uma condição de possibilidade para exercer divisões, separações ou uniões nos pensamentos e das suas implicações no que comumente chamamos de "empiria" ou prática, a dizer, nos espaços, isto é, uma compreensão da relação tênue entre a produção dos pensamentos e as formações dos espaços. Uma das perguntas que nos guia, portanto, é se existe um limite em si mesmo, que permeia a maneira como interpretamos o mundo, e assim no fundo indagamos o que é essa linha que estabelecemos como fronteira que utilizamos para fazer disjunções ou junções, tocando em alguns problemas contemporâneos como o dos refugiados, das ocupações dos espaços e territórios etc. Segue-se, assim, a tese de que o limite é como um nó, um agrupamento de relações e conflitos, um enlaçamento de linhas que se amarram umas as outras. Trata-se, portanto, de interpretar o que perfaz essa teia concreto-conceitual que permeia os modos que o limite impõe aos pensamentos e aos mundos, e assim compreender como o abstrato e empírico, o conceituai e material, o metafísico e político convivem em um nó.Abstract: This text deals with the notion of limit, having it as a guideline for understanding the production of thoughts, its relationship with the design of spaces, the establishment of its borders, its groupings and conflicts. Making an interpretation of the notion from the philosophy of Immanuel Kant (17241804), mainly in his metaphysical discussion, we take this as a point of tension in our path. The limit pervades several theoretical spheres, not only being related to a single a priori determination, but also in metaphysical, political, anthropological, sexual, epistemological, legal spheres. Thus, there is an idea that a limit is something found in different spaces as a border, if not mediating, delimiting. In other words, in this sense, the limit works as a strategic mark for demarcating the border to follow a certain theoretical-practical objective. An example is the institutionalization of the limit by the State. Thus, one of the greatest facets of the limit is precisely that it seems to be always linked to something else, "the human limit", "moral limit", "State limit", "metaphysical limit", "political limit" etc. In order to understand different variations in different areas, it seems necessary to exercise a certain attitude to understand it. Therefore, for this purpose, we will seek to outline a certain history of the notion of limit, as it was addressed in Kantian philosophy, following precepts that are sometimes evident, sometimes cloudy, and for this we will focus not only on its explicit use but also on its developments, resonances, and how various authors address the problem. Starting a study of the notion in its physical scope, that is, its topos and transcendental, that is, of the limit as something from the empirical world but also as a possibility of thinking, an empiricalabstract amalgamation. We intend, therefore, to ask ourselves about the way in which the limit presents itself as a condition of possibility to exercise divisions, separations or unions in thoughts and its implications in what we commonly call "empiricism" or practice, that is, in spaces, that is to say, an understanding of the tenuous relationship between the production of thoughts and the formation of spaces. One of the questions that guides us, therefore, is whether there is a limit in itself, which permeates the way we interpret the world, and so deep down we ask what is this line that we establish as the boundary we use to make disjunctions or union, touching in some contemporary problems such as refugees, occupation of spaces and territories, etc. Thus follows the thesis that the limit is like a knot, a grouping of relationships and conflicts, an entanglement of threads that ties together. It is about interpreting what makes up this concrete-conceptual web that permeates the ways that the limit imposes on thoughts and worlds, and thus understand how the abstract and empirical, the conceptual and material, the metaphysical and political coexist in a knot.1 arquivo (101 p.).application/pdfKant, Immanuel, 1724-1804MetafisicaFilosofiaFigurações do limite : sobre os modos e conflitos das fronteirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - LEONEL DE SOUSA OLIMPIO DE OLIVEIRA.pdfapplication/pdf1813094https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/73124/1/R%20-%20D%20-%20LEONEL%20DE%20SOUSA%20OLIMPIO%20DE%20OLIVEIRA.pdfa8d31fcf4e8bee2388fd27465cf8f603MD51open access1884/731242022-03-25 13:23:07.185open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/73124Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-03-25T16:23:07Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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