A genealogia foucaultiana da economia política clássica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/29841 |
Resumo: | Resumo: Este trabalho fornece uma análise crítica do papel estratégico desempenhado pela economia política clássica britânica na construção de uma nova tecnologia de poder - a biopolítica - de acordo com a genealogia de Michel Foucault. Para isso, uma verdadeira genealogia foucaultiana da economia política clássica se faz necessária em dois aspectos principais. Primeiro, analisou-se genealogicamente a emergência e consolidação do liberalismo econômico dos séculos XVIII e XIX a partir de suas bases políticas e filosóficas, enfatizando suas origens, continuidades e descontinuidades. Segundo, assumiu-se como verdadeiros os argumentos genealógicos de Foucault para com as relações criadas entre a emergência da economia política e a mudança estrutural do poder do Estado, o que levou à biopolítica. A tomada do método e argumento genealógico de Foucault foi necessária para promover uma abordagem filosófica original à história do pensamento econômico em termos de estratégias de poder. Como consequência, a economia política clássica britânica foi retomada não apenas como um discurso, mas como um conjunto de práticas políticas que de maneira bem-sucedida levaram a novas relações de poder por meio das ideias de liberdade econômica, autointeresse e limitação da ação estatal. Fez-se uma releitura dos principais argumentos proporcionados pelos economistas políticos britânicos dos séculos XVIII e XIX desde sua transição da doutrina mercantilista até suas ideias aceitas sobre a natureza humana, a população, o papel do Estado e os elementos econômicos. Para uma delimitação mais precisa, estes pensadores foram divididos em duas gerações principais: a primeira, o Iluminismo Escocês do século XVIII, reunirá Adam Smith, David Hume e Adam Ferguson. A segunda, a tradição inglesa do século XIX, focará em Thomas Malthus e David Ricardo como os ícones de seu tempo. Finalmente, apresentou-se uma leitura crítica das ideias dos pensadores britânicos com base nos argumentos de Foucault, enfatizando a emergência de uma arte liberal de governar e a consolidação da análise bioeconômica e das práticas biopolíticas, as quais criaram novas relações de poder que levaram ao controle, regulação e normalização da população. Não apenas a economia política conduziu a novas formas de poder prático, mas também forneceu uma análise única, a bioeconomia, que pode racionalizar e desenhar novas formas de controle e regulação da população. Portanto, assume-se que a bioeconomia influenciou no nascimento da biopolítica e no uso dos dispositivos de segurança por meio dos quais a biopolítica se consolidou. |
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Archela, Danielle Cristina Guizzo, 1989-Duarte, André MacedoOnate, Iara Vigo de LimaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Sociais Aplicadas. Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas2013-05-24T16:30:51Z2013-05-24T16:30:51Z2013-05-24http://hdl.handle.net/1884/29841Resumo: Este trabalho fornece uma análise crítica do papel estratégico desempenhado pela economia política clássica britânica na construção de uma nova tecnologia de poder - a biopolítica - de acordo com a genealogia de Michel Foucault. Para isso, uma verdadeira genealogia foucaultiana da economia política clássica se faz necessária em dois aspectos principais. Primeiro, analisou-se genealogicamente a emergência e consolidação do liberalismo econômico dos séculos XVIII e XIX a partir de suas bases políticas e filosóficas, enfatizando suas origens, continuidades e descontinuidades. Segundo, assumiu-se como verdadeiros os argumentos genealógicos de Foucault para com as relações criadas entre a emergência da economia política e a mudança estrutural do poder do Estado, o que levou à biopolítica. A tomada do método e argumento genealógico de Foucault foi necessária para promover uma abordagem filosófica original à história do pensamento econômico em termos de estratégias de poder. Como consequência, a economia política clássica britânica foi retomada não apenas como um discurso, mas como um conjunto de práticas políticas que de maneira bem-sucedida levaram a novas relações de poder por meio das ideias de liberdade econômica, autointeresse e limitação da ação estatal. Fez-se uma releitura dos principais argumentos proporcionados pelos economistas políticos britânicos dos séculos XVIII e XIX desde sua transição da doutrina mercantilista até suas ideias aceitas sobre a natureza humana, a população, o papel do Estado e os elementos econômicos. Para uma delimitação mais precisa, estes pensadores foram divididos em duas gerações principais: a primeira, o Iluminismo Escocês do século XVIII, reunirá Adam Smith, David Hume e Adam Ferguson. A segunda, a tradição inglesa do século XIX, focará em Thomas Malthus e David Ricardo como os ícones de seu tempo. Finalmente, apresentou-se uma leitura crítica das ideias dos pensadores britânicos com base nos argumentos de Foucault, enfatizando a emergência de uma arte liberal de governar e a consolidação da análise bioeconômica e das práticas biopolíticas, as quais criaram novas relações de poder que levaram ao controle, regulação e normalização da população. Não apenas a economia política conduziu a novas formas de poder prático, mas também forneceu uma análise única, a bioeconomia, que pode racionalizar e desenhar novas formas de controle e regulação da população. Portanto, assume-se que a bioeconomia influenciou no nascimento da biopolítica e no uso dos dispositivos de segurança por meio dos quais a biopolítica se consolidou.application/pdfEconomiaFoucault, Michel, 1926-1984LiberalismoTesesA genealogia foucaultiana da economia política clássicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - DANIELLE CRISTINA GUIZZO ARCHELA.pdfapplication/pdf719043https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29841/1/R%20-%20D%20-%20DANIELLE%20CRISTINA%20GUIZZO%20ARCHELA.pdf5ef6406504cfe89746df760db809fd79MD51open accessTEXTR - D - DANIELLE CRISTINA GUIZZO ARCHELA.pdf.txtR - D - DANIELLE CRISTINA GUIZZO ARCHELA.pdf.txtExtracted Texttext/plain316355https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29841/2/R%20-%20D%20-%20DANIELLE%20CRISTINA%20GUIZZO%20ARCHELA.pdf.txtf0204fc8fa59ca7cb5c3b014ce9b0218MD52open accessTHUMBNAILR - D - DANIELLE CRISTINA GUIZZO ARCHELA.pdf.jpgR - D - DANIELLE CRISTINA GUIZZO ARCHELA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1105https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29841/3/R%20-%20D%20-%20DANIELLE%20CRISTINA%20GUIZZO%20ARCHELA.pdf.jpga4445339b0753f58a157aba264c332b9MD53open access1884/298412016-04-07 05:07:53.873open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/29841Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T08:07:53Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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