MERRF
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/33618 |
Resumo: | Resumo: Introdução: MERRF é uma doença mitocondrial caracterizada por mioclonia, epilepsia e fibras vermelhas rasgadas (RRF) na biópsia muscular. Objetivo: Conhecer as características de pacientes com MERRF, acompanhados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, para: (1) caracterizar suas manifestações clínicas, laboratoriais, eletrofisiológicas e morfológicas; e (2) determinar mutações do gene do RNA transportador de lisina (tRNALys) do DNA mitocondrial (DNAmt). Material e Métodos: Os 6 pacientes com MERRF foram analisados com base nas manifestações clínicas, laboratoriais, neurorradiológicas, eletrocardiográficas, eletroneuromiográficas e eletroencefalográficas. A biópsia muscular foi avaliada principalmente pelas colorações do tricromio de Gomori modificado (MGT), desidrogenase succicínica (SDH) e citocromo c oxidase (COX). O DNAmt foi extraído de material proveniente de biópsia muscular sendo o gene tRNALys analisado por reação em cadeia de polimerase com polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR/RLFP) e sequenciamento direito. Resultados: O tempo de progressão da doença variou de 2 até 15 anos. Mioclonia e epilepsia estavam presentes em todos os pacientes e os outros sintomas relatados foram ataxia cerebelar, fraqueza muscular, neuropatia periférica, lipomas múltiplos, cefaléia, vômitos, demência, ptose palpebral, oftalmoparesia e intolerância ao exercício. As crises epilépticas foram controladas em todos os pacientes com o uso de medicação antiepiléptica. O nível de ácido lático sérico foi aumentado em 5 pacientes. O eletroencefalograma mostra atividade epileptiforme generalizada em 5 pacientes e resposta foto sensitiva generalizada durante a fotoestimulação intermitente em 2 pacientes. O estudo das imagens do crânio revelou atrofia cortical de cérebro e cerebelo em 4 pacientes. As RRF ocorreram em todos os pacientes na coloração pelo MGT e reação pela SDH; sendo a frequência acima de 2% de RRF encontrada em 66,6% dos pacientes tanto na coloração pelo MGT quanto pela SDH. A análise pela reação da COX mostrou atividade deficiente em 5 pacientes. Vasos com forte reação para SDH (SDH+) não foram encontrados. O estudo molecular do gene tRNALys por PCR/RLFP e sequenciamento direto mostrou a mutação A8344G no DNAmt em 5 pacientes. Conclusões: Os pacientes com MERRF têm variação na apresentação de suas manifestações clínicas, sendo que alterações típicas de MERRF, como mioclonia, epilepsia generalizada, ataxia cerebelar, fraqueza muscular e acidose lática podem ser encontradas na maioria dos pacientes. A deficiência de COX ocorre na maioria dos pacientes com MERRF. A reação histoquímica para SDH é semelhante à coloração pelo TGM na identificação de RRF. A falta de vasos SDH+ na biópsia muscular não exclui o diagnóstico da doença. A mutação de ponto A8344G do DNAmt é a mais frequente relacionada com MERRF. |
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Lorenzoni, Paulo JoséScola, Rosana Herminia, 1959-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna2014-07-23T11:21:50Z2014-07-23T11:21:50Z2013http://hdl.handle.net/1884/33618Resumo: Introdução: MERRF é uma doença mitocondrial caracterizada por mioclonia, epilepsia e fibras vermelhas rasgadas (RRF) na biópsia muscular. Objetivo: Conhecer as características de pacientes com MERRF, acompanhados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, para: (1) caracterizar suas manifestações clínicas, laboratoriais, eletrofisiológicas e morfológicas; e (2) determinar mutações do gene do RNA transportador de lisina (tRNALys) do DNA mitocondrial (DNAmt). Material e Métodos: Os 6 pacientes com MERRF foram analisados com base nas manifestações clínicas, laboratoriais, neurorradiológicas, eletrocardiográficas, eletroneuromiográficas e eletroencefalográficas. A biópsia muscular foi avaliada principalmente pelas colorações do tricromio de Gomori modificado (MGT), desidrogenase succicínica (SDH) e citocromo c oxidase (COX). O DNAmt foi extraído de material proveniente de biópsia muscular sendo o gene tRNALys analisado por reação em cadeia de polimerase com polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição (PCR/RLFP) e sequenciamento direito. Resultados: O tempo de progressão da doença variou de 2 até 15 anos. Mioclonia e epilepsia estavam presentes em todos os pacientes e os outros sintomas relatados foram ataxia cerebelar, fraqueza muscular, neuropatia periférica, lipomas múltiplos, cefaléia, vômitos, demência, ptose palpebral, oftalmoparesia e intolerância ao exercício. As crises epilépticas foram controladas em todos os pacientes com o uso de medicação antiepiléptica. O nível de ácido lático sérico foi aumentado em 5 pacientes. O eletroencefalograma mostra atividade epileptiforme generalizada em 5 pacientes e resposta foto sensitiva generalizada durante a fotoestimulação intermitente em 2 pacientes. O estudo das imagens do crânio revelou atrofia cortical de cérebro e cerebelo em 4 pacientes. As RRF ocorreram em todos os pacientes na coloração pelo MGT e reação pela SDH; sendo a frequência acima de 2% de RRF encontrada em 66,6% dos pacientes tanto na coloração pelo MGT quanto pela SDH. A análise pela reação da COX mostrou atividade deficiente em 5 pacientes. Vasos com forte reação para SDH (SDH+) não foram encontrados. O estudo molecular do gene tRNALys por PCR/RLFP e sequenciamento direto mostrou a mutação A8344G no DNAmt em 5 pacientes. Conclusões: Os pacientes com MERRF têm variação na apresentação de suas manifestações clínicas, sendo que alterações típicas de MERRF, como mioclonia, epilepsia generalizada, ataxia cerebelar, fraqueza muscular e acidose lática podem ser encontradas na maioria dos pacientes. A deficiência de COX ocorre na maioria dos pacientes com MERRF. A reação histoquímica para SDH é semelhante à coloração pelo TGM na identificação de RRF. A falta de vasos SDH+ na biópsia muscular não exclui o diagnóstico da doença. A mutação de ponto A8344G do DNAmt é a mais frequente relacionada com MERRF.application/pdfTesesSíndrome MERRFEpilepsias MioclônicasMutaçaoRNA de Transferência de LisinaMERRFinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - PAULO JOSE LORENZONI.pdfapplication/pdf6919702https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/33618/1/R%20-%20T%20-%20PAULO%20JOSE%20LORENZONI.pdfe85b41cad3a0c86eaed11d27aabaaf0eMD51open accessTEXTR - T - PAULO JOSE LORENZONI.pdf.txtR - T - PAULO JOSE LORENZONI.pdf.txtExtracted Texttext/plain164966https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/33618/2/R%20-%20T%20-%20PAULO%20JOSE%20LORENZONI.pdf.txta8f33410743ab8ad968ab76a98fda68eMD52open accessTHUMBNAILR - T - PAULO JOSE LORENZONI.pdf.jpgR - T - PAULO JOSE LORENZONI.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1287https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/33618/3/R%20-%20T%20-%20PAULO%20JOSE%20LORENZONI.pdf.jpg62719891ad9594fd21d4e3e8b44b07b7MD53open access1884/336182016-04-13 03:23:38.904open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/33618Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-13T06:23:38Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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