Diversidade genética e diagnóstico molecular de espécies de Guignardia e Phyllosticta endofíticas de hospedeiros de cultivo comercial e nativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fischer, Juliana Marta Muehlmann
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25731
Resumo: Resumo: A citricultura brasileira destaca-se no cenario mundial do agronegocio. Entretanto, diversas doencas comprometem esta atividade, como a Mancha Preta dos Citros (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa. Por ser considerada praga quarentenaria A1 existem rigorosas barreiras fitossanitarias a aceitacao destes frutos, principalmente por parte de paises europeus. A existencia de fungos morfologicamente semelhantes ao patogeno, como e o caso de Phyllosticta capitalensis, dificulta o diagnostico de G. citricarpa. P. capitalensis e encontrado como endofitico cosmopolita em diversos hospedeiros e como patogeno em algumas especies vegetais. A presenca desta especie em culturas distintas e a coexistencia deste endofito com patogenos (como no caso de G. citricarpa em citros) tem sido alvo de questionamentos pela comunidade cientifica. A planta medicinal cambara (Vochysia divergens Pohl) e uma arvore nativa encontrada no Brasil no Pantanal do Mato Grosso do Sul. Apesar da importancia desta planta para este cossistema, pouco e conhecido sobre sua comunidade endofitica. Nenhum registro existe sobre a presenca do fungo P. capitalensis nestas plantas. Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento preliminar da distribuicao do patogeno G. citricarpa em pomares citricos do Parana, por meio de diferentes metodologias e investigar a presenca de fungos do genero Phyllosticta como endofitos em citros e angueira no Parana e em cambara, bem como verificar a diversidade genetica e estruturacao populacional dos isolados de P. capitalensis, por meio de sequenciamento das regioes ITS1-5,8S-ITS2 do rDNA e parcial do gene EFĄ-1. Para tanto, 1372 folhas de citros e 8 folhas de mangueira das regioes Norte, Noroeste e Sudoeste paranaense, de 26 pomares localizados em dez cidades foram submetidas ao isolamento convencional de endofitos. Dos fungos endofiticos obtidos, 68 foram identificados como P. capitalensis pelo teste de producao de pigmento amarelo em meio Agar-Aveia e PCR Multiplex. Nenhum isolado foi identificado como G. citricarpa. Entretanto, por ciPCR, das 253 folhas de citros de 6 pomares, 11 folhas apresentaram banda correspondente a G. citricarpa. Conclui-se que G. citricarpa parece estar presente de forma latente em pomares citricos assintomaticos no noroeste paranaense e que ciPCR e sensivel na deteccao de G. citricarpa em plantas assintomaticas. Assim, esta metodologia podera ser utilizada na adocao e medidas fitossanitarias para prevenir a manifestacao de sintomas e disseminacao da doenca, na certificacao de pomares e mudas livres do patogeno. De folhas de cambara, das 5 plantas provenientes da regiao o Amolar e 4 plantas da Nhecolandia, foram isoladas 594 linhagens morfologicamente semelhantes ao genero Guignardia e Phyllosticta identificadas por PCR multiplex como P. capitalensis. Este e o primeiro relato da presenca desta especie neste hospedeiro. A arvore filogenetica obtida a partir das sequencias demonstrou que as linhagens sequenciadas apresentaram baixa variabilidade, mesmo entre linhagens procedentes de citros e mangueira paranaenses e as linhagens procedentes de cambara. Ressalta-se que as linhagens foram obtidas de arvores localizadas em condicoes ecologicas distintas sugerindo que esta specie tem capacidade de adaptar-se a diversos ambientes. Como a variabilidade evidenciada foi reduzida, torna-se interessante o sequenciamento de outras regioes e genes, para elucidacao e conhecimento das diferencas existentes.
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De folhas de cambara, das 5 plantas provenientes da regiao o Amolar e 4 plantas da Nhecolandia, foram isoladas 594 linhagens morfologicamente semelhantes ao genero Guignardia e Phyllosticta identificadas por PCR multiplex como P. capitalensis. Este e o primeiro relato da presenca desta especie neste hospedeiro. A arvore filogenetica obtida a partir das sequencias demonstrou que as linhagens sequenciadas apresentaram baixa variabilidade, mesmo entre linhagens procedentes de citros e mangueira paranaenses e as linhagens procedentes de cambara. Ressalta-se que as linhagens foram obtidas de arvores localizadas em condicoes ecologicas distintas sugerindo que esta specie tem capacidade de adaptar-se a diversos ambientes. 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