Utilização das madeiras de Eucalyptus cloeziana (F. Muell), Eucalyptus maculata (Hook) e Eucalyptus punctata DC var. punctata para produção de paineis compensados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Interamnense, Marcio Torreão
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25186
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo a utilização da madeira de Eucalyptus cloeziana (F. MUELL), Eucalyptus maculata (1100K) e Eucalyptus punctata DC var. punctata na produção de lâminas e compensados. A madeira foi coletada em plantios experimentais do Instituto Florestal do Estado de São Paulo com aproximadamente 25 anos. O número total de árvores coletadas foi nove, três por espécie. Ainda no campo as toras receberam tratamento de topo, anelamento com motoserra, cintamento metálico e selador no sentido de minimizar as tensões de crescimento. O experimento foi completamente casualizado com arranjo fatorial dos dados, sendo a análise realizada por espécie. As lâminas foram produzidas na Indústria Karson Ltda à uma espessura de 2 mm. A qualidade das lâminas está de acordo com a ABIMCE. Foram estudados dois tempos de prensagem (7 e 13 minutos) e as temperaturas de prensagem foram divididas por resinas, uréia-formol (90 e 1100 C) e fenol-formol (135 e 155° C) com um total de dezesseis tratamentos, sendo oito por espécie. Foram produzidos oitenta painéis de 0,50 x 0,50 m. Os valores de densidade básica para o Eucalyptus cloeziana foi de 0,80 (g/cm2), Eucalyptus maculata de 0,78 (g/cm2) e Eucalyptus punctata de 0,76 (g/cm2). As perdas observadas com laminação foram de 49,57% para o Eucalyptus cloeziana, 55,14% para o Eucalyptus maculata e de 82,43% para o Eucalyptus punctata, o que inviabilizou a produção de lâminas inteiras e compensados desta espécie. No ensaio de recuperação da espessura e inchamento mais recuperação de Eucalyptus cloeziana os fatores examinados não apresentaram diferenças significativas para ambos adesivos, para o Eucalyptus maculata no adesivo uréia- formol não apresentou diferença significativa, no adesivo fenol-formol a recuperação em espessura foi de 4,22% e o inchamento mais recuperação em espessura de 11,43%. O ensaio de flexão estática paralela à grã, Eucalyptus cloeziana, adesivo uréia- formol o MOE não apresentou diferença significativa e o MOR valores superiores à 883 kgf/cm2, no adesivo fenol-formol o MOE apresentou valores superiores 171103 kgf/cm2, na flexão estática perpendicular os fatores examinados não apresentaram diferenças significativas para ambos adesivos. Para o Eucalyptus maculata, paralela à grã adesivo uréia-formol o MOE apresentou valores superiores à. 165647 kgf/cm2 e o MOR superiores à 805 kgf/cm2, no adesivo fenol-formol o MOE e o MOR apresentaram valores acima de 160327 kgf/cm2 e 706 kgf/cm2, respectivamente. Na flexão estática perpendicular à grã, adesivo uréia-formol o MOE e o MOR não apresentaram diferenças significativas, no adesivo fenol-formol o MOE apresentou valores superiores à 44714 kg/cm2 e o MOR não apresentou diferenças significativas. No ensaio de resistência da linha de cola os fatores examinados não apresentaram diferenças significativas para ambas espécies e adesivos, e os valores de falha na madeira tanto para o ensaio seco, úmido e fervura apresentaram-se similares há outras espécies. Com base nos resultados obtidos, os painéis produzidos tem potencial para serem utilizados comercialmente.
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