Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/32743 |
Resumo: | Resumo: Os processos mais importantes dos organismos, como crescimento, desenvolvimento e reprodução dependem de energia, a qual e adquirida através da alimentação no caso dos peixes. Alem disso, o conhecimento da dieta e relaces tróficas ajuda na compreensão do papel ecológico dos organismos. Algumas espécies apresentam variações ontogênicas na dieta, ocorrendo alteração do tipo e tamanho de presa, devido as diferentes necessidades energéticas e potenciais de exploração dos recursos. Mycteroperca acutirostris (badejo-mira) e um Epinephelideo, habitante de águas tropicais em fundos rochosos e coralíneos. Informações acerca da espécie são escassas, sendo a sua reprodução e crescimento desconhecidos. Quanto à alimentação, existem dois trabalhos divergentes, o primeiro realizado em indivíduos de 12,1 a 39,5 cm e o segundo entre 10,5 e 24,7 cm, sendo que a espécie alcança até 80 cm de comprimento. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar o item mais importante na dieta de M. acutirostris em relação as diferentes classes de comprimento analisadas, a fim de levantar informações que contribuam para acoes de gerenciamento da espécie e áreas onde habita. As amostras originaram-se de campeonatos das Associaçõees Catarinense (ACPS) e Paranaense de Pesca Subaquática (APPS), pescarias esportivas (linha e anzol) e amostragens intencionais subaquáticas nos litorais do Paraná e Santa Catarina entre os anos de 2010 e 2012. Foram analisados 76 indivíduos dos quais 28 apresentaram o estomago vazio. O comprimento médio foi de 34,430 (±4,968) cm e os exemplares foram agrupados em 5 classes de comprimento em centímetros: A (19,5|- 25,9); B (25,9|- 32,3); C (32,3|- 38,7); D (38,7|- 45,1) e E (45,1|- 51,5). Totalizaram-se 801 itens distribuídos nos táxons Algae, Bryozoa, Crustacea, Mollusca, Teleostei e ainda matéria orgânica não-identificada (M.O.N.) As frequências de ocorrência (%Foc), numérica (%N) e em biomassa (%PS) foram calculadas. Teleostei obteve a maior %Foc=56,25 e %PS=83,70 e Crustacea maior %N=74,37. O Índice de Importância Relativa (IIR) deu maior importância para Teleostei (65,78%), seguido de Crustacea (31,74%). Não foram constatadas diferenças significativas entre os itens e as classes de comprimento (ANOSIM R= 0,084; p-valor = 0,065), porem foram significativas entre o tamanho dos itens nas classes (ANOVA p-valor=0,019). M. acutirostris apresentou habito carnívoro, sendo um predador oportunista, mas preferindo peixes clupeídeos e engraulídeos e crustáceos misidáceos. Palavras-chave: alimentação, variação ontogenética, badejo-mira. |
id |
UFPR_c0c588ebf753dc13c2fe856ea118bd50 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:acervodigital.ufpr.br:1884/32743 |
network_acronym_str |
UFPR |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPR |
repository_id_str |
308 |
spelling |
Possamai, BiancaCorrea, Marco Fábio MaiaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Terra. Centro de Estudos do Mar. Curso de Graduação em Oceanografia2013-10-23T15:31:27Z2013-10-23T15:31:27Z2013-10-23http://hdl.handle.net/1884/32743Resumo: Os processos mais importantes dos organismos, como crescimento, desenvolvimento e reprodução dependem de energia, a qual e adquirida através da alimentação no caso dos peixes. Alem disso, o conhecimento da dieta e relaces tróficas ajuda na compreensão do papel ecológico dos organismos. Algumas espécies apresentam variações ontogênicas na dieta, ocorrendo alteração do tipo e tamanho de presa, devido as diferentes necessidades energéticas e potenciais de exploração dos recursos. Mycteroperca acutirostris (badejo-mira) e um Epinephelideo, habitante de águas tropicais em fundos rochosos e coralíneos. Informações acerca da espécie são escassas, sendo a sua reprodução e crescimento desconhecidos. Quanto à alimentação, existem dois trabalhos divergentes, o primeiro realizado em indivíduos de 12,1 a 39,5 cm e o segundo entre 10,5 e 24,7 cm, sendo que a espécie alcança até 80 cm de comprimento. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar o item mais importante na dieta de M. acutirostris em relação as diferentes classes de comprimento analisadas, a fim de levantar informações que contribuam para acoes de gerenciamento da espécie e áreas onde habita. As amostras originaram-se de campeonatos das Associaçõees Catarinense (ACPS) e Paranaense de Pesca Subaquática (APPS), pescarias esportivas (linha e anzol) e amostragens intencionais subaquáticas nos litorais do Paraná e Santa Catarina entre os anos de 2010 e 2012. Foram analisados 76 indivíduos dos quais 28 apresentaram o estomago vazio. O comprimento médio foi de 34,430 (±4,968) cm e os exemplares foram agrupados em 5 classes de comprimento em centímetros: A (19,5|- 25,9); B (25,9|- 32,3); C (32,3|- 38,7); D (38,7|- 45,1) e E (45,1|- 51,5). Totalizaram-se 801 itens distribuídos nos táxons Algae, Bryozoa, Crustacea, Mollusca, Teleostei e ainda matéria orgânica não-identificada (M.O.N.) As frequências de ocorrência (%Foc), numérica (%N) e em biomassa (%PS) foram calculadas. Teleostei obteve a maior %Foc=56,25 e %PS=83,70 e Crustacea maior %N=74,37. O Índice de Importância Relativa (IIR) deu maior importância para Teleostei (65,78%), seguido de Crustacea (31,74%). Não foram constatadas diferenças significativas entre os itens e as classes de comprimento (ANOSIM R= 0,084; p-valor = 0,065), porem foram significativas entre o tamanho dos itens nas classes (ANOVA p-valor=0,019). M. acutirostris apresentou habito carnívoro, sendo um predador oportunista, mas preferindo peixes clupeídeos e engraulídeos e crustáceos misidáceos. Palavras-chave: alimentação, variação ontogenética, badejo-mira.application/pdfPeixe - AlimentaçãoVariação ontogenéticaBadejo-miraHábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALpossamai.pdfapplication/pdf3597208https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32743/1/possamai.pdfb77db499c7059b04ba18a5be1cd87d7bMD51open accessTEXTpossamai.pdf.txtpossamai.pdf.txtExtracted Texttext/plain99824https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32743/2/possamai.pdf.txtdb46547e909fa5c7c79c63378c4d9c52MD52open accessTHUMBNAILpossamai.pdf.jpgpossamai.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1107https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32743/3/possamai.pdf.jpgd10e6ecac00275a608529d72908021a8MD53open access1884/327432016-04-13 03:02:18.216open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/32743Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-13T06:02:18Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil |
title |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil |
spellingShingle |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil Possamai, Bianca Peixe - Alimentação Variação ontogenética Badejo-mira |
title_short |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil |
title_full |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil |
title_fullStr |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil |
title_full_unstemmed |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil |
title_sort |
Hábito alimentar em fases ontogenéticas de Mycteroperca acutirostris (Actinopterygii: Epinephelidae) do litoral do Paraná e de Santa Catarina, Brasil |
author |
Possamai, Bianca |
author_facet |
Possamai, Bianca |
author_role |
author |
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv |
Correa, Marco Fábio Maia Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Terra. Centro de Estudos do Mar. Curso de Graduação em Oceanografia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Possamai, Bianca |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Peixe - Alimentação Variação ontogenética Badejo-mira |
topic |
Peixe - Alimentação Variação ontogenética Badejo-mira |
description |
Resumo: Os processos mais importantes dos organismos, como crescimento, desenvolvimento e reprodução dependem de energia, a qual e adquirida através da alimentação no caso dos peixes. Alem disso, o conhecimento da dieta e relaces tróficas ajuda na compreensão do papel ecológico dos organismos. Algumas espécies apresentam variações ontogênicas na dieta, ocorrendo alteração do tipo e tamanho de presa, devido as diferentes necessidades energéticas e potenciais de exploração dos recursos. Mycteroperca acutirostris (badejo-mira) e um Epinephelideo, habitante de águas tropicais em fundos rochosos e coralíneos. Informações acerca da espécie são escassas, sendo a sua reprodução e crescimento desconhecidos. Quanto à alimentação, existem dois trabalhos divergentes, o primeiro realizado em indivíduos de 12,1 a 39,5 cm e o segundo entre 10,5 e 24,7 cm, sendo que a espécie alcança até 80 cm de comprimento. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar o item mais importante na dieta de M. acutirostris em relação as diferentes classes de comprimento analisadas, a fim de levantar informações que contribuam para acoes de gerenciamento da espécie e áreas onde habita. As amostras originaram-se de campeonatos das Associaçõees Catarinense (ACPS) e Paranaense de Pesca Subaquática (APPS), pescarias esportivas (linha e anzol) e amostragens intencionais subaquáticas nos litorais do Paraná e Santa Catarina entre os anos de 2010 e 2012. Foram analisados 76 indivíduos dos quais 28 apresentaram o estomago vazio. O comprimento médio foi de 34,430 (±4,968) cm e os exemplares foram agrupados em 5 classes de comprimento em centímetros: A (19,5|- 25,9); B (25,9|- 32,3); C (32,3|- 38,7); D (38,7|- 45,1) e E (45,1|- 51,5). Totalizaram-se 801 itens distribuídos nos táxons Algae, Bryozoa, Crustacea, Mollusca, Teleostei e ainda matéria orgânica não-identificada (M.O.N.) As frequências de ocorrência (%Foc), numérica (%N) e em biomassa (%PS) foram calculadas. Teleostei obteve a maior %Foc=56,25 e %PS=83,70 e Crustacea maior %N=74,37. O Índice de Importância Relativa (IIR) deu maior importância para Teleostei (65,78%), seguido de Crustacea (31,74%). Não foram constatadas diferenças significativas entre os itens e as classes de comprimento (ANOSIM R= 0,084; p-valor = 0,065), porem foram significativas entre o tamanho dos itens nas classes (ANOVA p-valor=0,019). M. acutirostris apresentou habito carnívoro, sendo um predador oportunista, mas preferindo peixes clupeídeos e engraulídeos e crustáceos misidáceos. Palavras-chave: alimentação, variação ontogenética, badejo-mira. |
publishDate |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-10-23T15:31:27Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2013-10-23T15:31:27Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-10-23 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1884/32743 |
url |
http://hdl.handle.net/1884/32743 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPR |
collection |
Repositório Institucional da UFPR |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32743/1/possamai.pdf https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32743/2/possamai.pdf.txt https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32743/3/possamai.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b77db499c7059b04ba18a5be1cd87d7b db46547e909fa5c7c79c63378c4d9c52 d10e6ecac00275a608529d72908021a8 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801860854256238592 |