O ensino de história na revista Nova Escola (1986-2002) : cultura mediática, currículo e ação docente
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/18506 |
Resumo: | Orientador: Marcus Aurélio Taborda de Oliveira |
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Ramos, Marcia Elisa TeteUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em EducaçãoOliveira, Marcus Aurelio Taborda de, 1964-2020-07-15T19:10:20Z2020-07-15T19:10:20Z2009https://hdl.handle.net/1884/18506Orientador: Marcus Aurélio Taborda de OliveiraTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa: Curitiba, 20/03/2009Inclui bibliografia e anexoLinha de pesquisa: História e historiografia da educaçãoResumo: O objetivo do presente trabalho é analisar como a revista Nova Escola elabora seu próprio modelo curricular, em época de transição paradigmática do ensino de história – considerando o recorte temporal de 1986 a 2002 –, e de como os professores de história apropriam-se desse currículo. Por ser um impresso produzido na cultura midiática, o qual propõe facilitar e/ou traduzir os currículos oficiais para os professores, toma-se referenciais teóricos que possam dar condições de enfocá-lo como texto que procura realizar uma recodificação curricular e que é lido/interpretado conforme determinados códigos culturais. Entende-se que as mídias não impõem significados, assim como o sujeito não pode isentar-se de suas influências, portanto, perspectiva-se que essa revista tanto produz como é produzida pelo seu leitor e que este processo recursivo ocorre na inseparabilidade, tensão e articulação entre: materialidade (tipo de suporte da comunicação), conteúdo intelectivo (visão de mundo, concepção historiográfica e pedagógica da revista) e apropriação do leitor (interpretação e ações decorrentes da leitura da revista). No primeiro capítulo, destaca-se a materialidade da Nova Escola, que no período estudado ajustou-se aos modelos de leitura/interpretação do professor-leitor inserido na cultura midiática emergente. Para adequar-se ao leitor da cultura midiática, adotou-se, gradualmente, itens remissivos constituintes de hipertextualidade e, portanto, de hiperleitura, conferindo assim a ideia de atualidade, modernidade e inovação no próprio ato da leitura. Através de entrevista com professores de história, baseada na técnica de Grupo Focal, investigou-se a apropriação, ou melhor, os modelos de interpretação, bem como as práticas curriculares que derivam da leitura que estes sujeitos realizam da revista. Quanto ao que se denomina conteúdo intelectivo, Nova Escola integrou as discussões travadas em várias esferas sobre o ensino de história, contudo, sem apartar-se da finalidade de intervir no modo de pensar e de agir de seu leitor, apresentando os saberes e as práticas escolares que considerava válidos. Cotejando o discurso de Nova Escola e o currículo prescrito pelos órgãos envolvidos na política educacional, no segundo capítulo, destaca-se a forma como essa revista apresenta o ensino de história de 1986 a, mais ou menos, 1995, abarcando a historiografia marxista e a pedagogia histórico-crítica, então referenciais dominantes na reestruturação curricular do período pós-regime militar. No terceiro capítulo, seguindo a mesma metodologia, foi tomado o período de 1995 a 2002, momento em que Nova História e Construtivismo consistiam os referenciais dominantes na implementação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e quando se discutia a necessidade de tornar o país competitivo diante da "globalização". Conclui-se que: se as formas de apresentação do discurso em Nova Escola podem ser avaliadas como modernas, porque são condizentes com o modelo interpretativo que caracteriza a cultura midiática, as suas concepções historiográficas e pedagógicas conservam elementos do que se nomeia como ensino tradicional de história, enquanto que as práticas curriculares dos professores entrevistados mostraram-se (re)inventivas, híbridas e (re)contextualizadoras.Abstract: This Project aims at the analysis of how Nova Escola magazine elaborates its own model curriculum, in change paradigm in the teaching history - considering the time between 1986 and 2002 -, and how teachers interpret the curriculum of history. As a print produced based on the mediatic culture which proposes facilitate and / or translate the official curriculums to the teachers; therefore it seizes theoretical references which can give enough conditions to approach it as a text that aims at carry out recoding curriculum and which is read/interpreted according to some determined cultural codes. It is understood that the media do not impose meanings, and the subject cannot exempt oneself from their influences, ie, it is understood that this magazine builds your player while it is built for this in the recursive inseparability, tension and articulation between: materiality (forms of presentation), intellectual content (vision of the world, historiographical and pedagogical concept of the magazine) and the appropriation of the reader (interpretation and actions arising from reading the magazine). In the first chapter, highlights the fact of the Nova Escola, which during the time studied adjusted itself to the reading/interpretation models from the teacher – reader inserted in the emerging mediatic culture. To adapt the needs of the reader to the mediatic culture, gradually were introduced the hypertextuality and hyperreading, resulting this way in an idea of topicality, modernity and innovation in reading itself. Through interview with teachers of history, based on a technique Focus Group, it was investigated the appropriation, or rather, the models of interpretation, as well as the curriculum practices which derive from the reading that these subjects carry on the magazine. On the intellectual content, Nova Escola is integrated in discussions locked in many spheres on teaching of history, however his greatest goal is to intervene in order in the way its readers think and act, giving the knowledge and practices who considered valid. In the second chapter, we attempt to collating the discourse of Nova Escola and the curriculum prescribed by the organs involved in the educational politics, it can be highlighted the way in which this magazine presents the professor of history from 1986 to, more or less, 1995, covering the Marxist historiography and the historical - critical pedagogy, so the dominant reference in restructuring the curriculum in the period after the military regime. In the third chapter, following the same methodology, was taken from the period between 1995 and 2002, moment in which New History and the Constructivism consisted of dominant references in the implementation of the Nacional Curriculum Parameters and when it was necessary to make the country competitive in period 'globalization'. One can conclude that: if the ways of presenting the discourse in Nova Escola can be evaluated as modern as they are consistent to interpretative model which characterizes the mediatic culture, its conceptions historiographic and pedagogical contains elements which are named as traditional teaching of history, while the curriculum practices of the teachers interviewed were seen as (re) inventive, hybrid and (re)contextualized.272 f. : il. color., tabs.application/pdfDisponível em formato digitalEducaçãoHistoria - Estudo e ensinoComunicação de massa - Aspectos sociaisFormação de professores - HistóriaO ensino de história na revista Nova Escola (1986-2002) : cultura mediática, currículo e ação docenteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALO ensino de historia na Revista Nova Escola tese Marcia Elis.pdfapplication/pdf6151699https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/18506/1/O%20ensino%20de%20historia%20na%20Revista%20Nova%20Escola%20tese%20Marcia%20Elis.pdf1b07abbe3d786e43937a81523f92b979MD51open accessTEXTO ensino de historia na Revista Nova Escola tese Marcia Elis.pdf.txtExtracted Texttext/plain715343https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/18506/2/O%20ensino%20de%20historia%20na%20Revista%20Nova%20Escola%20tese%20Marcia%20Elis.pdf.txt84e23258e30283ac6c85daa57c46c146MD52open accessTHUMBNAILO ensino de historia na Revista Nova Escola tese Marcia Elis.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1285https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/18506/3/O%20ensino%20de%20historia%20na%20Revista%20Nova%20Escola%20tese%20Marcia%20Elis.pdf.jpg394d23828e4803f3098963421e3837eaMD53open access1884/185062020-07-15 16:10:20.997open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/18506Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082020-07-15T19:10:20Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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