Estudo químico e biológico de extratos e frações obtidas das cascas de Lafoensia pacari A. St. Hill (Lythraceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taverna, Vanessa Andrade
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/80733
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Wesley Mauricio de Souza
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spelling Felipe, Karina Bettega, 1984-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasSouza, Wesley Mauricio de, 1969-Taverna, Vanessa Andrade2024-02-08T18:36:10Z2024-02-08T18:36:10Z2022https://hdl.handle.net/1884/80733Orientador: Prof. Dr. Wesley Mauricio de SouzaCoorientadora: Profª Drª Karina Bettega FelipeDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa : Curitiba, 29/09/2022Inclui referênciasResumo: A Lafoensia pacari é utilizada popularmente no auxílio ao tratamento de câncer, antimicrobiano e cicatrizante. Este trabalho objetivou realizar um estudo químico e biológico do extrato etanólico (70%) de cascas do caule de Lafoensia pacari (Lythraceae) e das frações obtidas por partição com os solventes acetato de etila, clorofórmio, n-butanol e o resíduo do particionamento. O perfil cromatográfico demostrou que o extrato bruto e as frações possuem similaridade na composição química variando apenas as concentrações. Dezenove substâncias foram sugeridas nas amostras incluindo taninos hidrolisáveis, saponinas e triterpenos. Células tumorais de mama (MDA-MB-231) e não tumorais (McCoy) foram utilizadas nos ensaios biológicos "in vitro". A citotoxicidade e seletividade foram determinados pelo método de redução do sal de tetrazólio (MTT) e demostraram que as frações mais promissoras foram o resíduo (maior potencial citotóxico) e a fração acetato de etila (maior seletividade). O ensaio de adesão celular demonstrou que em concentrações maiores o ácido elágico aumenta a adesão das células MDA-MB-231. Entretanto, o extrato bruto não favoreceu a adesão, mesmo contendo ácido elágico. O teste de imunocitoquímica demonstrou que as células MDA-MB-231 não expressam transportadores OAT1 e OAT3, porém houve captação do ácido elágico pelas células 2 h após o tratamento, sendo esta captação significativamente suprimida quando foram tratadas com inibidor de transporte celular (probenicida). Contudo, tanto o extrato bruto quanto o ácido elágico foram capazes de inibir a migração celular em relação ao controle, porém, os mecanismos envolvidos nestes processos ainda não foram elucidados. A dosagem de NO demonstrou o estimulo da produção de forma dose-dependente. Os potenciais antimicrobiano e antioxidante também foram investigados. A atividade antimicrobiana foi avaliada por meio do ensaio de microdiluição em caldo e foi possível observar efeito moderado do extrato bruto e das frações em relação à Pseudomonas aeruginosa e atividade moderada também da fração n-butanol e do resíduo sobre Staphylococcus aureus. O padrão de ácido elágico não demonstrou atividade antimicrobiana frente as bactérias testadas. Para a avaliação do potencial antioxidante foram utilizados 3 métodos distintos, sendo a redução do complexo fosfomolibdênico, redução do radical livre DPPH e análise de interpolação polinominal de Lagrange do extrato e frações. Todos os ensaios demonstraram alto potencial antioxidante, sendo que apenas as frações clorofórmica e n-butanol apresentaram um potencial de redução menor. Esses resultados corroboram com a quantificação elevada de flavonoides e polifenóis totais no extrato bruto etanólico, na fração acetato de etila e residual. Conclui-se com esse trabalho que o ácido elágico não é o único composto responsável pelas atividades biológicas e que estas devem estar atreladas ao sinergismo de inúmeros compostos encontrados na planta. Além disso, foi possível constatar que tanto o extrato etanólico quanto as frações das cascas de Lafoensia pacari demonstram efeitos em células tumorais de mama, principalmente em relação a migração e adesão, além de estimularem a produção de óxido nítrico auxiliando o potencial antineoplásico. Elevadas concentrações de flavonoides e poliofenóis foram encontradas no extrato bruto e nas frações acetato de etila, resíduo e n-butanol o que justifica os resultados dos potenciais antioxidantes destas amostras.Abstract: Lafoensia pacari is popularly used in the treatment of cancer, antimicrobial and healing. This work aimed to carry out a chemical and biological study of the ethanolic extract (70%) of Lafoensia pacari (Lythraceae) stem bark and the fractions obtained by partitioning with the solvents ethyl acetate, chloroform, n-butanol and the partitioning residue. The chromatographic profile showed that the raw extract and the fractions have similarity in chemical composition varying only the concentrations. Nineteen substances were suggested in the samples including hydrolysable tannins, saponins and triterpenes. Breast tumor cells (MDA-MB-231) and non-tumor cells (McCoy) were used in the "in vitro" biological assays. Cytotoxicity and selectivity were determined by the tetrazolium salt (MTT) reduction method and showed that the most promising fractions were the residue (higher cytotoxic potential) and the ethyl acetate fraction (higher selectivity). The cell adhesion assay demonstrated that at higher concentrations ellagic acid increases the adhesion of MDA-MB-231 cells. However, the raw extract did not favored adhesion, even containing ellagic acid. The immunocytochemistry test showed that MDA-MB-231 cells do not express OAT1 and OAT3 transporters, but there was uptake of ellagic acid by the cells 2 h after treatment, and this uptake was significantly suppressed when they were treated with a cell transport inhibitor (probenicide). However, both the raw extract and the ellagic acid were able to inhibit cell migration in comparison to the control, however, the mechanisms involved in these processes have not yet been elucidated. The NO dosage demonstrated the stimulation of production in a dose-dependent way. The antimicrobial and antioxidant potentials were also investigated. The antimicrobial activity was evaluated by broth microdilution assay and it was possible to observe a moderate effect of the raw extract and fractions in relation to Pseudomonas aeruginosa and moderate activity also of the n-butanol fraction and the residue on Staphylococcus aureus. The ellagic acid pattern did not demonstrate antimicrobial activity against the bacteria tested. For the evaluation of the antioxidant potential, 3 different methods were used: the reduction of the phosphomolybdenum complex, reduction of the DPPH free radical and analysis of Lagrange polynomial interpolation of the extract and fractions. All assays showed high antioxidant potential, and only the chloroform and nbutanol fractions showed a lower reduction potential. These results corroborate the high quantification of flavonoids and total polyphenols in the ethanolic raw extract, in the ethyl acetate and residual fraction. It is concluded with this work that ellagic acid is not the only compound responsible for the biological activities and these must be linked to the synergism of numerous compounds found in the plant. In addition, it was possible to verify that both the ethanolic extract and the fractions of Lafoensia pacari bark demonstrate effects on breast tumor cells, mainly in relation to migration and adhesion, and also to stimulating the production of nitric oxide, helping the antineoplastic potential. High concentrations of flavonoids and polyphenols were found in the raw extract and in the ethyl acetate, residue and n-butanol fractions, which justifies the results of the antioxidant potential of these samples.1 recurso online : PDF.application/pdfMamas - CâncerPlantas medicinaisFarmacognosiaAntioxidantesAgentes antineoplásicosFarmáciaEstudo químico e biológico de extratos e frações obtidas das cascas de Lafoensia pacari A. St. Hill (Lythraceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - VANESSA ANDRADE TAVERNA.pdfapplication/pdf3596652https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/80733/1/R%20-%20D%20-%20VANESSA%20ANDRADE%20TAVERNA.pdf5e9946b746f7f315dbf9850940b66f2dMD51open access1884/807332024-02-08 15:36:10.355open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/80733Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-02-08T18:36:10Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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