Complicações precoces do transplante de célula tronco hematopoiética não aparentado em pacientes pediátricos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/32190 |
Resumo: | Resumo: O transplante de célula tronco hematopoiética (TCTH) é um tratamento recomendado para grande parte das crianças e adolescentes portadores de doenças hematológicas malignas e não-malignas. O TCTH não aparentado é uma alternativa para os pacientes que não possuem doadores no âmbito familiar, mas sabe-se que possui mais complicações. O uso de sangue de cordão umbilical como fonte de célula tronco hematopoética é uma opção mais recente para este grupo de pacientes. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar as complicações precoces (até 180 dias) dos pacientes pediátricos submetidos ao TCTH não aparentado de medula óssea e sangue de cordão umbilical no Serviço de Transplante de Medula Óssea do HC-UFPR entre 1995 e 2009. Foram incluídos no estudo 252 pacientes, sendo 118 (46,8%) transplantados com medula óssea e 134 (53,2%) com sangue de cordão umbilical. A pega do enxerto ocorreu em 89,47 % dos pacientes transplantados com medula óssea e em 65,83% com sangue de cordão umbilical (p<0,001). Tanto a pega neutrofílica quanto a plaquetária foram significativamente mais rápidas no grupo que recebeu medula óssea. O uso da Globulina antitimocítica não esteve relacionado a uma pega do enxerto melhor ou mais eficaz. Infecção bacteriana ocorreu em 81,7% dos pacientes, sendo o principal microorganismo isolado o Estalilococo não produtor de coagulase. Infecção viral foi registrada em 65,1%, principalmente por CMV. Infecção fúngica foi diagnosticada em 29,4%, sendo o principal fungo detectado o Aspergillus sp. As complicações mais frequentes foram mucosite (87,7%), complicações renais (73,4%), gastrointestinais (38,1%) e respiratórias (26,6%), sendo semelhante nos 2 grupos. Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) aguda foi observada em 48,6% dos pacientes, sendo classificada como grau II em 54,5% e grau III-IV em 45,5%, sendo também semelhante nos 2 grupos (p=0,653). DECH crônica foi diagnosticada em 9,2% dos casos, e foi classificada como limitada em 46,2% e extensa em 53,8%, sendo mais comum no grupo medula óssea (p= 0,007). A incompatibilidade HLA apresentou influência apenas na pega plaquetária e na DECH. Nos pacientes com doença hematológica maligna (n=96), a recaída foi observada em 24% dos casos, sendo sua incidência em 2 anos no grupo medula óssea de 45% e no grupo sangue de cordão umbilical de 25% (p= 0,117). A probabilidade estimada de sobrevida global com 1 ano, 3 anos e 5 anos no grupo medula óssea foi 55%, 53% e 48% e no grupo sangue de cordão umbilical foi 52%, 48% e 45% (p= 0,466). Portanto, apesar de uma pega mais lenta do grupo transplantado com sangue de cordão umbilical, as complicações precoces pós TCTH e a sobrevida não foram diferentes nos dois grupos estudados. |
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