Variação nictemeral de misídeos (Crustacea, Peracarida) na zona de arrebentação da praia de Pontal do Sul - PR.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/32747 |
Resumo: | Resumo: A zona de arrebentação das praias arenosas é um ambiente dinâmico e local de transferência de matéria orgânica e nutrientes advindos do oceano para a zona praial. Abrigam uma diversificada fauna, principalmente composta por peixes e elevada biomassa zooplanctônica. Os misídeos são vitais para o ecossistema da zona de arrebentação, pois além de constituírem os principais consumidores primários deste ambiente, podem representar uma grande parcela da dieta de vários peixes costeiros. Possuem diversas adaptações que permitem ocupar essas regiões turbulentas, tais como: hábitos alimentares oportunísticos, distribuição agrupada em manchas, além de migrarem verticalmente em ciclos diários com o objetivo de se reproduzir e se alimentar. Poucos estudos têm sido realizados sobre distribuição espaço-temporal destes organismos e suas migrações diárias. Este trabalho teve como objetivo verificar a variação temporal de misídeos no epibentos e no plâncton da zona de arrebentação interna da praia de Pontal do Sul em um ciclo de 48 horas. Para tal, foram realizadas coletas com uma rede cilindro-cônica e com uma rede tipo "espantadeira”, a fim de capturar tanto os indivíduos presentes na coluna d’água quanto os próximos ou associados ao fundo. Foram efetuadas duas campanhas amostrais (verão e primavera) com duração de 48 horas. Três réplicas foram tomadas a cada 4 horas no período escuro e 6 horas no período claro. Os arrastos foram efetuados por duas pessoas puxando as redes na zona de arrebentação interna a uma profundidade média de 1,2 m em arrastos de aproximadamente 1,5 min. A fauna de misídeos da praia de Pontal do Sul é composta principalmente por Metamysidopsis elongata atlantica, Bowmaniella brasiliensis e Mysidopsis coelhoi. Metamysidopsis elongata atlantica foi mais abundante, alcançando valores de 463 ind m-3 no plâncton e 229 ind m-3 no epibentos durante a primavera. Os indivíduos juvenis dessa espécie foram os mais abundantes chegando a apresentar densidades de 2569 ind m-3 às 19 h e 1319 ind m-3 às 03 h. Bowmaniella brasiliensis foi mais densa (248 ind m-3) no epibentos durante a campanha de verão. Os indivíduos machos foram responsáveis pelas maiores densidades (122 ind m-3) seguido por indivíduos juvenis (107 ind m-3) ambos nos horários das 23 h da campanha de verão. Mysidopsis coelhoi foi menos densa, com pico de 3 ind m-3 na rede de epibentos. Na campanha de verão os machos dessa espécie apresentaram as maiores densidades (10 ind m-3) seguido pelas fêmeas (4 ind m-3), ambos no horário das 23 h. Para todas as espécies os indivíduos juvenis foram os que mais contribuíram paras as densidades. Houve diferenças significativas na densidade das três espécies entre os horários (p < 0,05). Assim, esse trabalho encontrou um padrão bem marcado de migração nictemeral para as espécies. As maiores densidades estiveram relacionadas às baixamares ao passo que nas preamares as densidades foram baixas. Palavras chave: Zooplâncton, migração vertical, ciclos diários. |
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