Em busca de uma quantidade razoável de pena
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/29582 |
Resumo: | Resumo: Este trabalho teve como referencial teórico os movimentos do saber criminológico. Objetivou-se identificar no plano teórico as reais funções da pena e no plano prático suas técnicas de individualização. Somente com o abandono do paradigma etiológico do crime, que se expressa também nas funções declaradas da pena pelas teorias retributivista e prevencionista, com o consequente acolhimento das informações derivadas do discurso crítico, notadamente da teoria agnóstica/negativa da pena, do abolicionismo, do etiquetamento e da criminologia crítica, é que se consegue compreender verdadeiramente quais são as funções reais da sanção privativa de liberdade na sociedade. Foi constatado por meio da pesquisa empírica que as condenações são a maioria dentre as sentenças criminais e que a pena é dosada equivocadamente segundo diretrizes marcadas pelo positivismo e pelo direito penal de autor, sendo aplicada e executada desvinculada de qualquer compromisso real de melhoramento da sociedade. A estigmatização dos considerados delinquentes é uma marca presente em todas as etapas da dosimetria penal. Os elementos utilizados para a dosimetria da pena reproduzem o ciclo vicioso em que o réu é inserido quando da primeira condenação, engendrando-o cada vez mais nas instituições totais de controle social. O condenado é reificado e passa a ser alvo de cálculos matemáticos na maioria das vezes sem qualquer critério balizador. A pena é distribuída de forma desigual na sociedade, sendo reservada aos marginalizados. |
id |
UFPR_df5287f034d3f8520f73923047db54ef |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:acervodigital.ufpr.br:1884/29582 |
network_acronym_str |
UFPR |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPR |
repository_id_str |
308 |
spelling |
Capela, Fábio BergaminArguello, Katie Silene CaceresUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Juridicas. Programa de Pós-Graduaçao em Direito2013-04-10T15:04:15Z2013-04-10T15:04:15Z2013-04-10http://hdl.handle.net/1884/29582Resumo: Este trabalho teve como referencial teórico os movimentos do saber criminológico. Objetivou-se identificar no plano teórico as reais funções da pena e no plano prático suas técnicas de individualização. Somente com o abandono do paradigma etiológico do crime, que se expressa também nas funções declaradas da pena pelas teorias retributivista e prevencionista, com o consequente acolhimento das informações derivadas do discurso crítico, notadamente da teoria agnóstica/negativa da pena, do abolicionismo, do etiquetamento e da criminologia crítica, é que se consegue compreender verdadeiramente quais são as funções reais da sanção privativa de liberdade na sociedade. Foi constatado por meio da pesquisa empírica que as condenações são a maioria dentre as sentenças criminais e que a pena é dosada equivocadamente segundo diretrizes marcadas pelo positivismo e pelo direito penal de autor, sendo aplicada e executada desvinculada de qualquer compromisso real de melhoramento da sociedade. A estigmatização dos considerados delinquentes é uma marca presente em todas as etapas da dosimetria penal. Os elementos utilizados para a dosimetria da pena reproduzem o ciclo vicioso em que o réu é inserido quando da primeira condenação, engendrando-o cada vez mais nas instituições totais de controle social. O condenado é reificado e passa a ser alvo de cálculos matemáticos na maioria das vezes sem qualquer critério balizador. A pena é distribuída de forma desigual na sociedade, sendo reservada aos marginalizados.application/pdfPena (Direito)Direito penalEm busca de uma quantidade razoável de penainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - FABIO BERGAMIN CAPELA.pdfapplication/pdf2586943https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29582/1/R%20-%20D%20-%20FABIO%20BERGAMIN%20CAPELA.pdf4b44919eb926763d5d97d59c980d8da8MD51open accessTEXTR - D - FABIO BERGAMIN CAPELA.pdf.txtR - D - FABIO BERGAMIN CAPELA.pdf.txtExtracted Texttext/plain417470https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29582/2/R%20-%20D%20-%20FABIO%20BERGAMIN%20CAPELA.pdf.txt0097987a200466bd10a895b0d2fd12cdMD52open accessTHUMBNAILR - D - FABIO BERGAMIN CAPELA.pdf.jpgR - D - FABIO BERGAMIN CAPELA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1137https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29582/3/R%20-%20D%20-%20FABIO%20BERGAMIN%20CAPELA.pdf.jpgb8f5b34dabda042ec1251aaa5e25b623MD53open access1884/295822016-04-07 07:27:21.542open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/29582Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T10:27:21Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Em busca de uma quantidade razoável de pena |
title |
Em busca de uma quantidade razoável de pena |
spellingShingle |
Em busca de uma quantidade razoável de pena Capela, Fábio Bergamin Pena (Direito) Direito penal |
title_short |
Em busca de uma quantidade razoável de pena |
title_full |
Em busca de uma quantidade razoável de pena |
title_fullStr |
Em busca de uma quantidade razoável de pena |
title_full_unstemmed |
Em busca de uma quantidade razoável de pena |
title_sort |
Em busca de uma quantidade razoável de pena |
author |
Capela, Fábio Bergamin |
author_facet |
Capela, Fábio Bergamin |
author_role |
author |
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv |
Arguello, Katie Silene Caceres Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Juridicas. Programa de Pós-Graduaçao em Direito |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Capela, Fábio Bergamin |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Pena (Direito) Direito penal |
topic |
Pena (Direito) Direito penal |
description |
Resumo: Este trabalho teve como referencial teórico os movimentos do saber criminológico. Objetivou-se identificar no plano teórico as reais funções da pena e no plano prático suas técnicas de individualização. Somente com o abandono do paradigma etiológico do crime, que se expressa também nas funções declaradas da pena pelas teorias retributivista e prevencionista, com o consequente acolhimento das informações derivadas do discurso crítico, notadamente da teoria agnóstica/negativa da pena, do abolicionismo, do etiquetamento e da criminologia crítica, é que se consegue compreender verdadeiramente quais são as funções reais da sanção privativa de liberdade na sociedade. Foi constatado por meio da pesquisa empírica que as condenações são a maioria dentre as sentenças criminais e que a pena é dosada equivocadamente segundo diretrizes marcadas pelo positivismo e pelo direito penal de autor, sendo aplicada e executada desvinculada de qualquer compromisso real de melhoramento da sociedade. A estigmatização dos considerados delinquentes é uma marca presente em todas as etapas da dosimetria penal. Os elementos utilizados para a dosimetria da pena reproduzem o ciclo vicioso em que o réu é inserido quando da primeira condenação, engendrando-o cada vez mais nas instituições totais de controle social. O condenado é reificado e passa a ser alvo de cálculos matemáticos na maioria das vezes sem qualquer critério balizador. A pena é distribuída de forma desigual na sociedade, sendo reservada aos marginalizados. |
publishDate |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-04-10T15:04:15Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2013-04-10T15:04:15Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-04-10 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1884/29582 |
url |
http://hdl.handle.net/1884/29582 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPR |
collection |
Repositório Institucional da UFPR |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29582/1/R%20-%20D%20-%20FABIO%20BERGAMIN%20CAPELA.pdf https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29582/2/R%20-%20D%20-%20FABIO%20BERGAMIN%20CAPELA.pdf.txt https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29582/3/R%20-%20D%20-%20FABIO%20BERGAMIN%20CAPELA.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4b44919eb926763d5d97d59c980d8da8 0097987a200466bd10a895b0d2fd12cd b8f5b34dabda042ec1251aaa5e25b623 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801860294305120256 |