Estudo do polimorfismo genético de C2, C3, BF, C4A e C4B do sistema complemento na doença de Chagas
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Data de Publicação: | 1993 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em CardiologiaMessias, Iara José Taborda de, 1958-Urbanetz, Lorena A.G. Lara T2022-11-23T17:17:24Z2022-11-23T17:17:24Z1993https://hdl.handle.net/1884/48660Orientador: Iara Jose Taborda de MessiasDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em CardiologiaResumo: A participação do Sistema Complemento na imunopatologia da Doença de Chagas é algo já definido. Considerando-se que a Doença de Chagas pode apresentar-se de forma bastante polimórfica, o presente trabalho teve como objetivo estudar a susceptibilidade ou resistência genética conferida pelo complemento em pacientes chagásicos. Para tanto, determinamos o polimorfismo genético de C2, C3, BF, C4A e C4B numa população de 100 pacientes chagásicos, sendo 57% da "forma cardíaca" e 43% da "forma indeterminada". Como controles foram estudados indivíduos adultos normais, pareados com a máxima proximidade possível com a amostra dos pacientes, segundo o grupo étnico, sexo, idade e origem geográfica. A idade média dos pacientes chagásicos como um todo foi de 41 anos, sendo que os chagásicos considerados como "forma indeterminada" apresentaram uma idade média de 38 anos e os de "forma cardíaca" de 44 anos. A idade média dos pacientes que foram a óbito durante a realização do estudo (4%) foi de 38 anos. 65% dos pacientes chagásicos eram do sexo masculino, sendo que entre eles 36 (55,38%) tinham forma cardíaca e 29 (44,62%) forma indeterminada. Os pacientes restantes (35%) eram do sexo feminino e entre eles 21 (60%) tinham forma cardíaca e 14 (40%) forma indeterminada. Considerando o grupo étnico, 5% dos pacientes chagásicos eram brancos europeus, 49% brancos brasileiros, 44% mulatos e 2% negros. Dos pacientes com forma cardíaca 48 (83,22%) eram do Norte do Paraná e 34 (79,06%) com forma indeterminada tinham a mesma procedência. O tempo médio entre a possível época de infecção com o T. cruzi e a realização do estudo foi de 36 anos nos chagásicos forma cardíaca e de 30 anos nos chagásicos forma indeterminada. A idade média dos controles foi de 34 anos, sendo 68% do sexo masculino e 32% do sexo feminino. Considerando o grupo étnico, 5% dos controles eram brancos europeus, 49% brancos brasileiros, 44% mulatos e 2% negros. Todos os controles eram do Paraná. As variantes polimórficas de BF, C3 e C4 foram detectadas através de eletroforese em gel de agarose, sob alta voltagem e refrigeração contínua. BF e C4 foram visualizados após imunofixação. Na determinação das variantes de C2 foi empregado o método de focalização isoelétrica em gel de poliacrilamida, seguida de teste hemolítico. Os resultados demonstraram uma associação positiva do alótipo C3 F nos pacientes chagásicos com forma cardíaca quando comparados com os controles (p = 0,0494) e pacientes com forma indeterminada (p = 0,008). Após correção para o número de alelos testados a associação positiva de C3 F persiste apenas quando os pacientes chagásicos forma cardíaca foram comparados com os de forma indeterminada (pc = 0,016), o que sugere este alelo como marcador de susceptibilidade para a evolução de forma cardíaca da Doença de Chagas. O alótipo BF S apresentou uma associação negativa com os pacientes chagásicos de forma cardíaca (p = 0,0143) e com o grupo de Chagas total (p = 0,0233), quando comparados com os controles. Considerando a correção para o número de alelos testados a associação negativa de BF S persiste apenas quando os pacientes chagásicos forma cardíaca eram comparados com os controles (pc = 0,0429), o que sugere que indivíduos portadores deste alótipo apresentam uma maior resistência contra o desenvolvimento da Doença de Chagas na sua forma cardíaca de evolução. A análise da distribuição dos alelos de C2, C4A e C4B não apresentou nenhuma diferença estatisticamente significante entre os diferentes grupos estudados o que corrobora a importância da via alternativa do complemento nos mecanismos de defesa contra o T. cruzi. Os resultados obtidos sugerem um papel imunogenético da via alternativa do complemento na Doença de Chagas, influenciando a forma clínica de evolução dos pacientes chagásicos.Sem abstract91f. : il., grafs. ; 29cm.application/pdfDisponível em formato digitalChagas, Doença deEstudo do polimorfismo genético de C2, C3, BF, C4A e C4B do sistema complemento na doença de Chagasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALD - LORENA A G LARA T URBANETZ.pdfapplication/pdf4565614https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/48660/1/D%20-%20LORENA%20A%20G%20LARA%20T%20URBANETZ.pdf5414f07815772b851a7a8e215e330c3aMD51open access1884/486602022-11-23 14:17:24.656open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/48660Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-11-23T17:17:24Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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