Aspectos florísticos e fitossociológicos de um trecho de vegetaçao de restinga no Parque Estadual do Rio da Onça - Matinhos, PR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sonehara, Juliano de Souza
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/2795
Resumo: Orientador : Renato Goldenberg
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spelling Borgo, Marilia, 1976-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em BotânicaGoldenberg, Renato, 1968-Sonehara, Juliano de Souza2024-02-16T15:32:55Z2024-02-16T15:32:55Z2005https://hdl.handle.net/1884/2795Orientador : Renato GoldenbergCoorientadora : Marilia BorgoDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Botanica. Defesa: Curitiba, 2005Inclui bibliografiaO Parque Estadual do Rio da Onça (PERO) localiza-se no município de Matinhos (25º45’ e 25º50’ S e 48º30’ e 48º35’ W), e abrange uma área de 118,50 ha na planície litorânea do estado do Paraná. A área está praticamente ao nível do mar e distante deste apenas 400 metros. A temperatura média anual mínima é de 17ºC e a máxima 27ºC; os valores médios anuais de precipitação oscilam entre 2000 e 3000 mm e da umidade relativa do ar acima de 85%. A vegetação é remanescente da Floresta Ombrófila Densa com predomínio da formação de Terras Baixas, intercalada com áreas de formações pioneiras representadas por restingas, caxetais e brejos com gramíneas. Neste trabalho foi realizado o levantamento florístico das áreas de restinga, incluindo os caxetais e áreas brejosas, com exceção da Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas situada na porção oriental da unidade. Priorizou-se os indivíduos férteis, sendo eles de qualquer forma biológica, que foram coletados através de caminhadas ao longo das trilhas e em variadas incursões pelo interior das áreas de vegetação. Para cada espécime descriminou-se, através de uma etiqueta, os dados do local, coletor, data e características do material, bem como a forma biológica e sua posição no cordão litorâneo ou depressão. A análise estrutural de um trecho da vegetação da restinga foi outro objetivo deste trabalho. Para isso foram instaladas 20 parcelas de 10x5 m, em porções intermediárias entre o ápice e a depressão de alguns cordões litorâneos, totalizando 0,1 ha. O critério de inclusão aplicado foi o perímetro a 1,3 m do solo (PAP) igual ou maior a 10 cm, sendo registrados a espécie, PAP e altura total. No levantamento da flora foram identificadas 179 espécies distribuídas em 134 gêneros e 73 famílias, sendo Orchidaceae, Bromeliaceae e Myrtaceae as mais representativas. Em relação à distribuição das espécies ao longo do sistema de cordões litorâneos e depressões foi constatado que o maior número de espécies ocorreram nas porções mais elevadas, diminuindo rumo à depressão. A forma biológica predominante foram as arbóreas (56 espécies, ou 31,3% do total), seguida pelas herbáceas (45 espécies, ou 25,1%), epífitas (41 espécies, ou 23%), lianas (16 espécies, ou 9%), arbustivas (10 espécies, ou 5,6%) e parasitas (1 espécie, ou 0,5%). Dez espécies apresentaram hábitos tanto arbóreos como arbustivos (5,5%). Na análise fitossociológica foram amostrados 512 indivíduos, que apresentaram densidade total de 5.112 ind./ha e área basal total de 37,31 m2/ha. Registrou-se 37 espécies distribuídas em 25 famílias, sendo que Myrtaceae (6 espécies) e Aquifoliaceae (3 espécies) foram as que apresentaram maior número de espécies e as demais (23) uma ou duas. Ocotea pulchella foi a espécie com maiores valores de dominância, densidade e freqüência (Valor de Importância=53,05), seguida por Cyathea atrovirens (VI=32,31), Ilex theezans (VI=30,85) e Clusia parviflora (VI=27,36). Juntas, estas espécies representaram 56% do número de indivíduos e 47,8% do VI da amostra; 32% das espécies foram representados por apenas um ou dois indivíduos. Os indivíduos mortos obtiveram o quinto lugar em VI (21,86%), ocorrendo em 85% das parcelas (17). A eqüidade (J) foi 0,76 e o índice de diversidade de Shannon (H’) foi 2,74 nats/ind., valores próximos aos encontrados em trabalhos realizados nas restingas.The Rio da Onça State Park (PERO) is located at the city of Matinhos (25º45’ - 25º50’ S, and 48º30’ - 48º35’ W), with 118,50ha in the coastal plain of Paraná State. The area is almost at the sea level and only 400 meters away from it. The minimum annual mean temperature is 17ºC and the maximum 27ºC; the annual mean ranges precipitation between 2000 and 3000 mm, and the humidity is above 85%. The area is covered by Atlantic Rain Forest, predominantly the Lowland formation, interpolated by pioneer vegetation represented by "restinga" vegetation, swamps with Gramineae and swamps with Tabebuia cassinoides. In this study we performed a floristic survey of the "restinga" vegetation areas, including swamps with Gramineae and Tabebuia cassinoides, but excluding the Atlantic Rain Forest of the Lowland located in the eastern part of the park. We collected fertile individuals of all biological forms, along the paths and in several excursions inside the vegetation areas. For each sample we recorded, in a label, data from the place, collector, date and features of the plants, as well as the biological form and its position in the barrier or depression. The structural analysis of a section of the "restinga" vegetation was also another objective of this study. For such analysis we installed 20 plots measuring 10x5 meters in intermediate portions between the top and the depression of some barriers, totaling 0,1 ha. Trees and shrusbs were sampled when the perimeter at breast height (PAP) equal or higher than 10 cm. We also register species, PAP and total height. In the floristic survey we identified 179 species distributed through 134 genera and 73 families, in which Orchidaceae, Bromeliaceae and Myrtaceae were the most representative. With regard to the distribution of the species along the beach ridges and depressions, we observed that the higher portion of the barrier presented a higher number of species, lowering towards depression. The most common biological form was trees (56 species, or 31.3%), followed by herbs (45 species, or 25.1%), epiphytes (41 species, or 23%), climbers (16 species, or 9%), shrubs (10 species, or 5.6%) and parasites (1 species, or 0.5%). Ten species were either trees or shrubs (5.5%). In the phytosociological analysis 512 individuals sampled a total density of 5112 ind./ha and total basal area of 37.31 m2/ha. We registered 37 species distributed in 25 families. Myrtaceae (6 species) and Aquifoliaceae (3 species) were the most common, and the remaining species (23) were only one or two for each family. Ocotea pulchella was the species with greater values of dominance, density and frequency (VI = 53.05), followed by Cyathea atrovirens (VI=32,31), Ilex theezans (VI=30,85) and Clusia parviflora (VI=27,36). Together these species represent 56% of the individuals and 47.8% of the total VI; 32% of the species were represented by only one or two individuals. The dead individuals were at the fifth place concerning the VI (21.86%), being found in 85% of the fragments (17). The equitability (J) was 0.76 and the Shannon diversity index (H’) was 2.74, which were similar to the values found in studies performed in "restinga" vegetation.114f. : il. algumas color., grafs., tabs.application/pdfDisponível também em formato digitalTesesBotânicaRestingas - ParanáComunidades vegetais - ParanáAspectos florísticos e fitossociológicos de um trecho de vegetaçao de restinga no Parque Estadual do Rio da Onça - Matinhos, PRinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertação Juliano Sonehara.pdfapplication/pdf971892https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/2795/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Juliano%20Sonehara.pdfb14d06d2b63fdcde6a508629d900425aMD51open accessTEXTDissertação Juliano Sonehara.pdf.txtExtracted Texttext/plain144192https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/2795/2/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Juliano%20Sonehara.pdf.txtb07c3220a17a1a28320e0b6ba2a5d87cMD52open accessTHUMBNAILDissertação Juliano Sonehara.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1188https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/2795/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Juliano%20Sonehara.pdf.jpgcf84da71b9bef4b42e8a5246ba1676f4MD53open access1884/27952024-02-16 12:32:55.478open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/2795Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-02-16T15:32:55Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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