Frequência de talassemia alfa (deleção alfa3.7) em pacientes portadores de doenças falciformes em Curitiba - Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tormen, Tiago Hessel
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/41369
Resumo: Orientadora: Profª. Drª. Maria Albonei Dudeque Pianovski
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spelling Tormen, Tiago HesselUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePianovski, Maria Albonei Dudeque2016-03-21T16:43:35Z2016-03-21T16:43:35Z2015http://hdl.handle.net/1884/41369Orientadora: Profª. Drª. Maria Albonei Dudeque PianovskiDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 17/11/2015Inclui referências : f.73-80-93-94Área de concentração: Onco-Hematologia pediátricaResumo: As doenças falciformes (DF) são as hemoglobinopatias mais comuns no mundo e a talassemia alfa é considerada a doença genética mais comum na população mundial. A associação das duas alterações é relacionada a um melhor prognóstico nos pacientes com doença falciforme, porém o diagnóstico da talassemia alfa necessita de técnicas moleculares geralmente não disponíveis aos médicos assistentes. Apesar de alguns estudos brasileiros terem verificado a prevalência de talassemia alfa nos pacientes com doença falciforme, não há dados sobre a população paranaense. Os objetivos desse estudo foram: verificar a prevalência de talassemia alfa em crianças assintomáticas e em pacientes com doença falciforme de Curitiba, através de técnica de reação em cadeira de polimerase (PCR), identificando a deleção alfa3.7; verificar se os pacientes com doença falciforme com ou sem talassemia alfa apresentam manifestações clínicas semelhantes; identificar parâmetros hematimétricos que possam sugerir a associação das doenças falciformes com talassemia alfa. Foram avaliadas 62 crianças com diagnóstico de DF e 94 crianças assintomáticas em idade escolar. A mediana de idade do grupo com DF foi de sete anos, e do grupo controle foi de 10 anos. Das 62 crianças do grupo com DF, 30 tinham o genótipo SS, 22 o genótipo SC e 10 o genótipo Sp. Os pacientes com genótipo SS apresentaram menos eritrócitos, menor nível de hemoglobina, maior número de leucócitos e plaquetas, VCM, HCM e RDW mais altos e maior porcentagem de reticulócitos que os grupos SC e Sp. Já os pacientes com genótipo Sp apresentaram maior porcentagem de Hb A2 que os genótipos SS e SC. Em relação às manifestações clínicas, mais pacientes com genótipo SS apresentaram dactilite ou precisaram de transfusão de concentrado de hemácias, quando comparados com os pacientes com genótipo SC. A prevalência de talassemia alfa no grupo com DF foi de 9,67%, sendo 8,06% heterozigotos e 1,61% homozigotos (frequência alélica de 0,056). No grupo controle, a prevalência foi de 3,19%, todos heterozigotos (frequência alélica de 0,015). Quando analisados todos os pacientes com doença falciforme, a presença de talassemia alfa não influenciou os parâmetros hematológicos, incluindo a porcentagem de Hb A2, ou as manifestações clinicas (acidente vascular encefálico, dactilite, sequestro esplênico e síndrome torácica aguda, número de internações por infecção, crises álgicas e número de transfusões de concentrado de hemácias). Quando analisados somente dos pacientes com genótipo SS, a porcentagem de Hb A2 foi maior na associação com talassemia alfa. Já nos pacientes com genótipo SC, o RDW foi mais alto nos pacientes com talassemia alfa. Comparado com estudos de outros estados, a prevalência de talassemia alfa em nessa amostra foi pequena, provavelmente porque a herança genética de talassemia alfa em nosso país seja mais relacionada à imigração de africanos, com uma pequena contribuição da imigração europeia. Apesar de se observarem as mesmas alterações relatadas na literatura em relação aos parâmetros hematológicos e manifestações clínicas, não houve significância estatística em nosso estudo, provavelmente pela baixa prevalência de talassemia alfa. Palavras-chave: Talassemia alfa. Prevalência. Anemia Falciforme. Doença Falciforme. Curitiba. Paraná.Abstract: The sickle cell diseases are the most common hemoglobinopathies and alphathalassemia is considered the most common genetic disease worldwide. The association of this two diseases is related to a better prognosis in patients with sickle cell disease. However, the diagnosis of alpha-thalassemia involves molecular techniques usually unavailable to the attending physicians. Even though there is brazilian data on alpha-thalassemia prevalence on patients with sickle cell disease, there is no data on the population of Curitiba. The aims of this study were to verify the prevalence of alpha-thalassemia on healthy children and in patients with sickle cell disease in Curitiba, using the protein chain reaction (PCR) techniques, searching for the alpha3.7 deletion; to verify whether the patients with sickle cell disease, with or without alpha-thalassemia, present similar clinical manifestations and to identify hematrimetric parameters that may suggest the association of sickle cell diseases with alpha-thalassemia. Sixty two children with sickle cell disease and 94 healthy children were evaluated. The median of the sickle cell disease group age was 7 years, and for the control group was 10 years. From the 62 children with sickle cell disease, 30 had the SS genotype, 22 had the SC genotype and 10 had the S? genotype. Patients with SS genotype presented less erythrocytes, lower hemoglobin levels, more leukocytes and platelets, higher MCV, MCH and RDW and higher percentage of reticulocytes then the SC and S? groups, besides higher hemoglobin F percentage then the SC group. Patients with S? genotype presented higher hemoglobin A2 percentage then the patients with SS and SC genotypes. Concerning to the clinical manifestations, more patients with SS genotype presented dactylitis or needed red cells concentrate transfusion when compared to patients with SC genotype. The alpha-thalassemia prevalence on the sickle cell disease group was 9,67%. Of this, 8,06% were heterozygous and 1,61% were homozygous (allelic frequency of 0,056). On the control group the prevalence was 3,19%, all heterozygous (allelic frequency of 0,015). When all the sickle cell disease patients were analyzed, the presence of alpha-thalassemia did not influenced the hematological parameters, including the hemoglobin A2 and hemoglobin F percentages, or the clinical manifestations (stroke, dactylitis, splenic sequestration, acute thoracic syndrome, number of admissions caused by infection or pain crisis, and the number of red cell concentrate transfusions). When only the genotype SS patients were analyzed, the hemoglobin A2 percentage was higher when there was alpha-thalassemia association. In patients with the SC genotype, the RDW was higher in patients with alpha-thalassemia. When compared with other Brazilian states, the alpha-thalassemia prevalence in our sample was lower, probably because the genetic inheritance of the alpha-thalassemia in our country is related to the immigration from African countries, with a small contribution from European immigration. Even though we observed the same alterations reported in the literature on hematological parameters and clinical manifestations, there was no statistic significance in our data, probably due to the low alpha-thalassemia prevalence. Key-words: Alpha-Thalassemia. Prevalence. Sickle cell anemia. Sickle cell disease. Curitiba. Parana.100 f. : il., mapas, grafs., tabs.application/pdfPediatriaTalassemia alfaAnemia falciformeAnemia falciforme - PrevalenciaFrequência de talassemia alfa (deleção alfa3.7) em pacientes portadores de doenças falciformes em Curitiba - Paranáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTR - D - TIAGO HESSEL TORMEN.pdf.txtExtracted Texttext/plain135937https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41369/1/R%20-%20D%20-%20TIAGO%20HESSEL%20TORMEN.pdf.txtd8c6475536ce56b0be47d7e7f12f3a02MD51open accessORIGINALR - D - TIAGO HESSEL TORMEN.pdfapplication/pdf1959995https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41369/2/R%20-%20D%20-%20TIAGO%20HESSEL%20TORMEN.pdf027903d8e9d9e7105538e34f277a4eebMD52open accessTHUMBNAILR - D - TIAGO HESSEL TORMEN.pdf.jpgR - D - TIAGO HESSEL TORMEN.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1171https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41369/3/R%20-%20D%20-%20TIAGO%20HESSEL%20TORMEN.pdf.jpgbb50c30068b877008d0758cd2d8607d4MD53open access1884/413692016-04-07 06:35:55.421open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/41369Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T09:35:55Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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