AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE SISTEMAAGROFLORESTAL NO PROJETO ÁGUA VERDE, ALBRÁS, BARCARENA, PARÁ-I
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Ciências Agrárias (Belém. Online) |
Texto Completo: | https://ajaes.ufra.edu.br/index.php/ajaes/article/view/2366 |
Resumo: | O presente trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento inicial de sistema agroflorestal (SAF) com 32 meses de idade, implantado no Projeto Água Verde, da Alumínio Brasileiro S. A.. - ALBRÁS, Barcarena, Pará, onde cupuaçuzeiros (Theobroma grandiflorum, Schum) são consorciados, simultaneamente, com espécies florestais usadas para sombreamento definitivo e diferentes variedades de bananeiras (Musa spp.) para sombreamento provisório. No projeto Água Verde, que tem como finalidade desenvolver alternativas de exploração, em nível de agricultura familiar, para servirem de modelos à comunidade do entorno da ALBRÁS, visando contribuir para o desenvolvimento sustentável e a preservação da biodiversidade, foi estabelecido um módulo agroflorestal em área de, aproximadamente, 1 ha. Nesse módulo definiu-se o conjunto de plantas avaliado: cupuaçuzeiros cultivados em espaçamento de 5m x 5m, sombreados por ingá-cipó (Inga edulis Mart) ou cedro (Cedrela odorata L.), cultivados em linhas alternadas e espaçados de 5m dentro das linhas dos cupuaçuzeiros, e duas variedades de bananeiras (Mysore e Prata-anã) cultivadas a 2,5m dos cupuaçuzeiros, nas entrelinhas. Foram determinados dois tratamentos e duas repetições, e os dados de crescimento inicial (altura total, diâmetro da base do caule e diâmetro médio de duas medições ortogonais da projeção da copa) dos cupuaçuzeiros foram analisados através do teste "t" de "student". Esse teste evidenciou que, ao nível de 5% de probabilidade, não houve diferenças significativas no crescimento inicial dos cupuaçuzeiros, e então, nas condições desse experimento, outras questões relativas às características agroeconômicas das espécies e variedades estudadas devem prevalecer na escolha da composição do consórcio. A espécie Inga edulis apresentou crescimento inicial muito rápido para as variáveis analisadas, entretanto, pode se tornar inconveniente para ser usada como espécie sombreadora, por apresentar tipo de copa horizontalizada e muito densa, que produz sombreamento excessivo; porém, se trabalhada em espaçamentos adequados e conduzida com podas, pode ser apropriada para compor SAF's, devido à grande quantidade de biomassa produzida, que funciona na proteção e enriquecimento do solo. O cedro teve crescimento inicial satisfatório em altura e diâmetro à altura do peito (DAP), mas sua utilização em SAF's está condicionada ao controle da broca Hypsipyla grandella que lhe afeta o broto terminal, provocando deformações (brotações múltiplas) que prejudicam a arquitetura da planta no aspecto econômico. Das variedades de bananeiras cultivadas para sombreamento provisório, a Prata-anã apresentou melhor contribuição ao desempenho satisfatório dos cupuaçuzeiros, alem de ter se mostrado mais produtiva e produzir frutos que tem melhor demanda no mercado local. As variedades de bananeiras tiveram maior influência do que as espécies arbóreas no crescimento inicial dos cupuaçuzeiros, pelo sombreamento e microclima propiciados. A opção por utilizar espécies nativas ou bem adaptadas, que se desenvolvem bem nas condições de solos ácidos e fracos e temperaturas e umidades elevadas da Amazônia, e a boa condução das atividades agrícolas no Projeto Água Verde, por certo estão na origem da perspectiva de sucesso que se desenha para o consorcio agroflorestal avaliado. |
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