Perfil de morbimortalidade por causas externas na Bahia

• Autor(a) principal: Assis, Thiago de Jesus
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2023
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICA; Morbimortalidade; Bahia; Causas de morte; Mortalidade; Morbidade; Morbimortality; Bahia; Causes of death; Mortality; Morbidity

O estudo tem como objetivo descrever o perfil de morbimortalidade por causas externas no Estado da Bahia no período de 2008 a 2014. Trata-se de um estudo de caráter transversal, ecológico, exploratório com abordagem quantitativa. Utilizaram-se dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) no período de Janeiro de 2008 a Dezembro de 2012 e dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH-SUS) no período de Janeiro de 2009 a Junho de 2014, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), o maior banco de dados disponível no Brasil, sendo os dados coletados para ambos os sistemas referentes às causas externas gerais, quedas, queimaduras/corrosões e acidentes de transporte em residentes no Estado da Bahia. A coleta de dados foi realizada no mês Agosto de 2014 e a interpretação dos dados deu-se através de frequência simples e absoluta a partir dos dados brutos coletados e representados através de tabelas. As variáveis estudadas no recorte temporal foram referentes à morbimortalidade por causas externas de acordo com a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), ano da morbidade e da Mortalidade, sexo, cor/raça, faixa etária e as causas de morbimortalidade. A faixa etária foi categorizada da seguinte forma: 0 a 14, 15 a 29, 30 a 59 e 60 anos ou mais. Além disso, foi calculado o coeficiente de mortalidade para causas externas. Os resultados apontaram que o perfil de morbimortalidade por causas externas, consiste na maioria das vítimas, de jovens e adultos, do sexo masculino, na faixa etária compreendida entre 15 a 29 anos e de 30 a 59 anos, e de cor/raça parda. Ao se tratar da morbidade de acordo com os grupos específicos contidos nas causas externas no período estudado, verificou-se que as quedas corresponderam a 35,79%, as queimaduras e corrosões representaram 3,17% e os acidentes de transporte 13,70%. Em relação à mortalidade, as quedas corresponderam a 3,48%, as queimaduras e corrosões representaram 0,06% e os acidentes de transporte 20,28% de todos os casos ocorridos no período analisado. No que diz respeito à morbimortalidade por causas externas sobre a variável cor/raça, as vítimas na sua grande maioria foram classificadas como sem informação. Os coeficientes de mortalidade por causas externas apresentaram incremento positivo durante o período analisado, quando analisados por sexo, o coeficiente de mortalidade por causas externas para sexo masculino é quatro vezes maior em relação ao sexo feminino. Conclui-se que a morbidade por causas externas foi maior que a mortalidade. Portanto, fica evidente, a necessidade de estratégias intersetoriais, interdisciplinares e integradas, que envolvam a saúde, o trânsito, a educação, a segurança, o trabalho, o meio ambiente, a justiça e toda a sociedade civil organizada para o monitoramento e avaliação da ocorrência e consequência das causas externas, para a assistência às vítimas, prevenção dos fatores de risco, promoção da saúde e estímulo à cultura de paz.