Surtos de anaplasmose bovina na Bahia: aspectos clínicos, laboratoriais e anatomopatológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jesus, Rubens Silva de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2157
Resumo: Anaplasmose bovina é uma doença causada pela rickettsia Anaplasma marginale, parasito intraeritrocitário obrigatório. Estudos epidemiológicos demonstram que um dos principais fatores de risco para o surgimento da anaplasmose nas propriedades, é a movimentação de bovinos de áreas de instabilidade enzoótica e também áreas livres do carrapato Rhipicephalus microplus para regiões de estabilidade enzoótica. Esse manejo de transporte de animais é frequente na Bahia, principalmente em épocas de estiagem, onde produtores das regiões semiáridas vendem seus animais para produtores de áreas com maior incidência de chuvas, e isso tem proporcionado o aparecimento de anaplasmose bovina com frequência no Estado. Assim, o presente trabalho teve como objetivo relatar dois surtos de anaplasmose bovina em dois municípios da Bahia. Um ocorreu em dezembro de 2017 em Maragogipe, região do Recôncavo e o outro no Baixo Sul em abril de 2019, no município de Jaguaripe. Em ambos os casos, os animais eram da raça Nelore (Bos taurus indicus) e foram deslocados de áreas consideradas de instabilidade enzoótica (municípios de Rafael Jambeiro e Guanambi – BA) para outra de LL enzoótica e introduzidos nos lotes. De acordo com os pecuaristas, de 30 a 60 dias após a chegada dos novos bovinos, alguns apresentaram sinais de agressividade, isolamento do rebanho, perda de peso, redução do apetite, fezes ressecadas, prostração, tremores, evoluindo para a morte. No exame clínico, constatou-se taquicardia, taquipneia, movimentos ruminais reduzidos, temperatura retal elevada, mucosa ocular ictérica, linfonodos aumentados e sinais de desidratação. Além disso, havia infestação de carrapatos nos rebanhos. Foram realizados hemograma e esfregaço sanguíneo de ponta da orelha. Todos os exames evidenciaram intensa anemia com sinais de regeneração, processo infeccioso ativo, além da presença de A. marginale em todas as lâminas, confirmando, juntamente com os sinais clínicos o diagnóstico de Anaplasmose. Foi recomendado tratamento para o rebanho com Dipropionato de Imidocarb (3 mg/kg de peso vivo, via subcutânea) e hidratação parenteral. Posteriormente os animais foram devidamente tratados eliminando a doença e cessando as mortes do rebanho. Diante disso, conclui-se que os criadores da região do Recôncavo Baiano e Baixo Sul da Bahia devem atentar-se ao introduzir animais no rebanho, principalmente quando oriundos de regiões de instabilidade enzoótica. Além disso, recomenda-se utilizar métodos profiláticos como o uso de vacinas ou quimioprofilaxia, e concomitantemente realizar o controle de carrapatos e dípteros hematófagos.
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Um ocorreu em dezembro de 2017 em Maragogipe, região do Recôncavo e o outro no Baixo Sul em abril de 2019, no município de Jaguaripe. Em ambos os casos, os animais eram da raça Nelore (Bos taurus indicus) e foram deslocados de áreas consideradas de instabilidade enzoótica (municípios de Rafael Jambeiro e Guanambi – BA) para outra de LL enzoótica e introduzidos nos lotes. De acordo com os pecuaristas, de 30 a 60 dias após a chegada dos novos bovinos, alguns apresentaram sinais de agressividade, isolamento do rebanho, perda de peso, redução do apetite, fezes ressecadas, prostração, tremores, evoluindo para a morte. No exame clínico, constatou-se taquicardia, taquipneia, movimentos ruminais reduzidos, temperatura retal elevada, mucosa ocular ictérica, linfonodos aumentados e sinais de desidratação. Além disso, havia infestação de carrapatos nos rebanhos. Foram realizados hemograma e esfregaço sanguíneo de ponta da orelha. Todos os exames evidenciaram intensa anemia com sinais de regeneração, processo infeccioso ativo, além da presença de A. marginale em todas as lâminas, confirmando, juntamente com os sinais clínicos o diagnóstico de Anaplasmose. Foi recomendado tratamento para o rebanho com Dipropionato de Imidocarb (3 mg/kg de peso vivo, via subcutânea) e hidratação parenteral. Posteriormente os animais foram devidamente tratados eliminando a doença e cessando as mortes do rebanho. Diante disso, conclui-se que os criadores da região do Recôncavo Baiano e Baixo Sul da Bahia devem atentar-se ao introduzir animais no rebanho, principalmente quando oriundos de regiões de instabilidade enzoótica. Além disso, recomenda-se utilizar métodos profiláticos como o uso de vacinas ou quimioprofilaxia, e concomitantemente realizar o controle de carrapatos e dípteros hematófagos.Bovine anaplasmosis is a disease caused by rickettsia Anaplasma marginale, a compulsory intraerythrocyte parasite. Epidemiological studies show that one of the main risk factors for the appearance of anaplasmosis in the properties is the movement of cattle from areas of enzootic instability and also free areas of tick Rhipicephalus microplus to regions of enzootic stability. This animal transport management is frequent in Bahia, especially in dry seasons, where producers of semi-arid regions sell their animals to producers of areas with higher incidence of rainfall, and this has led to the appearance of bovine anaplasmosis frequently in the state. Thus, the present study aimed to report two outbreaks of bovine anaplasmosis in two municipalities of Bahia. One took place in December 2017 in Maragogipe, Recôncavo region and the other in the Low South in April 2019, in the municipality of Jaguaripe. In both cases, the animals were of the Nelore breed (Bos taurus indicus) and were moved from areas considered of enzootic instability (municipalities of Rafael Jambeiro and Guanambi - BA) to one of enzootic stability and introduced in the lots. According to the ranchers, 30 to 60 days after the arrival of the new cattle, some showed signs of aggression, isolation of the herd, weight loss, appetite reduction, dry stools, prostration, tremors, evolving to death. Clinical examination revealed tachycardia, tachypnea, reduced ruminal movements, elevated rectal temperature, icteric ocular mucosa, enlarged lymph nodes and signs of dehydration. In addition, there were tick infestations in the herds. Blood counts and ear smears were performed. All tests showed intense anemia with signs of regeneration, active infectious process, and the presence of A. marginale in all slides, confirming, together with the clinical signs, the diagnosis of Anaplasmosis. Herd treatment with Imidocarb Dipropionate (3 mg / kg bodyweight subcutaneously) and parenteral hydration was recommended. Subsequently the animals were properly treated eliminating the disease and ceasing the deaths of the herd. Given this, it is concluded that breeders in the Recôncavo Baiano and Baixo Sul region of Bahia should be careful when introducing animals to the herd, especially when coming from regions of enzootic instability. In addition, it is recommended to use prophylactic methods such as the use of vaccines or chemoprophylaxis, and concomitantly to control ticks and hematophagous diptera.porUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaUFRBBrasilCCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e BiológicasCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA::MEDICINA VETERINARIA PREVENTIVA::DOENCAS PARASITARIAS DE ANIMAISHemoparasitosis - Parasitic sadnessEpidemiologyBovine anaplasmosis - BovineNortheastHemoparasitosis - Tristeza parasitáriaEpidemiologiaAnaplasmose bovina - BovinoNordesteSurtos de anaplasmose bovina na Bahia: aspectos clínicos, laboratoriais e anatomopatológicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBachareladoPerinotto, Wendell Marcelo de SouzaCosta, Joselito NunesPimentel, Luciano da AnunciaçãoJesus, Rubens Silva deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRBinstname:Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)instacron:UFRBORIGINALSurtos_Anaplasmose_Bovina_TCC_2019.pdfSurtos_Anaplasmose_Bovina_TCC_2019.pdfapplication/pdf1467810http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2157/1/Surtos_Anaplasmose_Bovina_TCC_2019.pdf41f9ef299bf030490913a727244b7420MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81930http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2157/2/license.txt17dd64d7a271c2bbd8e88fd80624d4a1MD52123456789/21572023-03-03 14:28:00.712oai:ri.ufrb.edu.br:123456789/2157TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVU5JVkVSU0lEQURFIEZFREVSQUwgRE8gUkVDw5ROQ0FWTyBEQSBCQUhJQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChhdXRvcihhKSBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcykgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSZWPDtG5jYXZvIGRhIEJhaGlhIChSSVVGUkIpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSwgcXVhbmRvIGNhYsOtdmVsLCBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvIGUgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBkbyBSSVVGUkIuCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBlc3RlIGFycXVpdm8gw6kgYSB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvIGVtIHN1cG9ydGUgZGlnaXRhbCwgY29uZmlybWFkYSBwZWxvIG9yaWVudGFkb3IoYSkgbWVkaWFudGUgYXNzaW5hdHVyYSBhYmFpeG8sIGFwcm92YWRhIGFww7NzIGEgcmVhbGl6YcOnw6NvIGRlIGRlZmVzYSBww7pibGljYSwgZSwgcXVhbmRvIGZvciBvIGNhc28sIGFww7NzIGFzIGNvcnJlw6fDtWVzIHN1Z2VyaWRhcyBwZWxhIGJhbmNhLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgb3JpZ2luYWwsIG7Do28gaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgcGVzc29hIGUgcXVlIGNvbnRlbmRvIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXRlbmhhIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyByZWZlcmlkb3MgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBVRlJCIG9zIHRlcm1vcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3TDoSBsaWNlbsOnYS4KClZvY8OqIGFmaXJtYSBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgZSBhY2Fkw6ptaWNhIHByZXNlcnZhIG9zIGRpcmVpdG9zIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBlLCBkZXNzYSBmb3JtYSwgbsOjbyBpbXBsaWNhIGVtIHRyYW5zZmVyw6puY2lhIGRvcyBzZXVzIGRpcmVpdG9zIHNvYnJlIG8gdHJhYmFsaG8gcGFyYSBhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCkNBU08gTyBET0NVTUVOVE8gT1JBIERFUE9TSVRBRE8gVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZSQiBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIG91IGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZG8gZG9jdW1lbnRvIGUsIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufrb.edu.br/oai/requestnutin.cidoc@proplan.ufrb.edu.bropendoar:27582023-03-03T17:28Repositório Institucional da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)false
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