“O que é bom para memória?”: relatos de uma reabilitação neuropsicológica

• Autor(a) principal: Anias, Laís Souza
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2453
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Envelhecimento; Doença de Alzheimer; Reabilitação neuropsicológica; Aging; Alzheimer's disease; Neuropsychological rehabilitation

Com o aumento da expectativa de vida, algumas patologias neurodegenerativas ganham notoriedade na atualidade. Assim, a longevidade é um marcador para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Com o avanço de tais doenças, faz-se necessário um olhar mais amplo para o envelhecimento, desse modo, será possível dispor de novas estratégias que irão contribuir para todos os aspectos do envelhecimento. Dentre estas estratégias, consideramos no presente estudo a Avaliação Neuropsicológica (AN) e a Reabilitação Neuropsicológica (RN). A doença de Alzheimer (DA) é considerada uma patologia neurodegenerativa, com estágios distintos a depender da progressão da doença. É caracterizada pelo DSM V, como um Transtorno Neurocognitivo Maior que tem como critério diagnóstico prejuízo na memória associado a outras habilidades cognitivas. Este estudo teve como objetivo relatar os efeitos de um programa de RN em um caso clínico de provável DA, após realizar AN (pré e pós intervenção). Para as análises de comparação entre os escores da pré RN e pós RN, foi utilizado o Teste T para amostras pareadas. As estratégias utilizadas para RN envolveram principalmente a memória autobiográfica e a memória implícita, pois estas estavam preservadas na paciente. Além destas, foi utilizada a Terapia de Orientação para a Realidade (TOR), Terapia de Reminiscência (TR), atividades práxicas, atividades de nomeação, fluência verbal, atenção, memória explícita e habilidades aritméticas. No decorrer da RN, a paciente iniciou o uso de antipsicótico, apresentando apatia e sonolência em algumas sessões. Após a RN, a paciente demonstrou mudanças significativas estatisticamente (p≤0,05) no MEEM, na FAB, no QPAF e no reconhecimento da lista de palavras da bateria CERAD. Nos instrumentos que avaliam memória (recordação imediata), nomeação, fluência verbal e no Teste do Desenho do Relógio, a paciente apresentou queda no escore bruto. Considerando que o processo de reabilitação é multidimensional, tais resultados demonstram ganhos pontuais da paciente, que também refletem nas modificações ocorridas durante este processo.