ENTRE O PADÊ E O INEXPERIENCIÁVEL: EXPERIMENTUM LINGUAE E A POESIA DE EDIMILSON DE ALMEIDA PEREIRA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Helano
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Gomes, Jeean
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Organon (Porto Alegre. Online)
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/125595
Resumo: Esse artigo propõe discussões acerca da poesia de Edimilson de Almeida Pereira  estabelecendo um recorte de sua produção, que bebe da fonte das culturas banto e yorubá. Nesse sentido, é uma poesia negra que se inspira na mitologia daqueles povos. Os livros de onde vieram os poemas são: Poesia + (antologia poética 1985-2019) (2019), Poemas para ler com palmas (2017) e Livro de fala (2008). Para lê-los, precisa-se, porém, acessar as epistemologias vindas de África e as entrecruzadas aqui no Brasil. Dessa forma, a base teórica referente à mitologia e a epistemologias negras partiu de Luz (1995), Oliveira (2003; 2007), Ford (1999), Haddock-Lobo (2020), Freitas (2016) e Ribeiro (1996). Tais epistemologias fogem da lógica ocidental, aí Derrida (2014) foi o fulcro teórico, além dos trabalhos de Agamben (2005) e Deleuze e Guattari (2012). Como se trata de uma poesia contemporânea, os trabalhos de Siscar (2010) contextualizaram os poemas de Pereira no aqui-e-agora. É, portanto, na crise que os poemas negros emergem e fluem em um devir da linguagem, evocando uma experiência do inexperienciável.
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