Prevalência e impacto clínico do diabetes mellitus em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca

• Autor(a) principal: Raupp-da-Rosa, Priscila
• Data de Publicação: 2012
• Outros Autores: Vaccari, Eliz, Chanan, Joana, Brust, Laura, Souza, Gabriela Correa, Goldraich, Livia Adams, Clausell, Nadine, Biolo, Andreia
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Clinical and Biomedical Research
• Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/30110
• topic: Insuficiência Cardíaca; Diabete Melito; Insuficiência Cardíaca

Introdução: Diabete melito (DM) é uma condição prevalente na população em geral, que parece aumentar o risco de insuficiência cardíaca (IC). Entretanto, a prevalência de DM em pacientes brasileiros com insuficiência cardíaca não é conhecida, e o impacto do DM no tratamento da IC ainda não está claro.Objetivo: Avaliar a prevalência de DM em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca, e sua correlação com características clínicas e com o tratamento da IC.Métodos: Foram incluídos 402 pacientes com IC em acompanhamento ambulatorial entre agosto de 2008 e setembro de 2009. Os pacientes foram comparados com relação às características clínicas, remodelamento cardíaco e tratamento da IC.Resultados: A prevalência de DM na amostra estudada foi de 31%. Os pacientes com DM tinham idade maior e maior prevalência de etiologia isquêmica. Os parâmetros ecocardiográficos não diferiram entre os grupos, mas a pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) foi maior nos pacientes diabéticos. O tratamento da insuficiência cardíaca foi similar entre pacientes com e sem DM. Entre os diabéticos, cerca da metade dos pacientes tinham controle glicêmico adequado, e os principais tratamentos utilizados  foram as drogas metformina e insulina.Conclusões: A prevalência de DM foi elevada nesta população de pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca, sendo associado a etiologia isquêmica e comorbidades. Apesar de não haver associação com outras características de gravidade da doença, remodelamento cardíaco ou com o IC, pacientes diabéticos tinham níveis mais elevados de PSAP. A repercussão clínica e prognóstica destes achados merece ser avaliada em estudos prospectivos futuros.