O impacto das catástrofes naturais na economia e o processo de reconstrução econômica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tibola, Bruna Gaspodini
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/34835
Resumo: A questão a ser investigada neste trabalho é como as catástrofes naturais impactam a economia da região na qual ocorrem no curto e longo prazo, identificando fatores negativos e positivos; quais os fatores que determinam a vulnerabilidade econômica à catástrofes naturais; bem como o caminho de reconstrução da economia pós-desastre natural. As catástrofes naturais são fenômenos que sempre, desde o início dos tempos, atingiram a nossa sociedade. São fenômenos sobre os quais o homem não tem controle e que podem ocorrer a qualquer momento, sem aviso prévio. Ao ocorrerem, deixam lastro de destruição por onde passam, abalando a vida das pessoas, da sociedade e também da economia. Neste trabalho, mostrou-se que o risco natural depende de todo o contexto no qual está inserido. Este contexto engloba não só os efeitos naturais como clima, relevo e hidrografia, propensão a catástrofes naturais, mas também a sociedade na qual se encontra e a ação do homem sobre o meio-ambiente. Isso mostra que não são somente questões da natureza que devem ser estudas pelas chamadas ―ciências naturais‖. Esta questão deve ser vista em todo o seu complexo sistema, de forma multidisciplinar, ou seja, estudada em conjunto, inclusive pelas Ciências Econômicas. Estudos já realizados sobre o tema mostram que são vários os fatores que podem interferir na vulnerabilidade de um país ou região a certos desastres naturais. Estes estudos mostram também que existem diferentes formas de avaliar como estes eventos podem influenciar a economia. Justamente por esta gama infinita de fatores geradores, impulsionadores, agravantes e resultantes de um desastre natural, reconhece-se a complexidade deste assunto multifacetado, com inúmeras dificuldades ao longo do caminho. A estrutura global da economia, as dotações de recursos naturais, a geografia do país, o nível de renda e de desenvolvimento do país além da mudança ambiental, como os desmatamentos, por exemplo, são fatores que influenciam a vulnerabilidade de um país às catástrofes naturais. Os efeitos de uma catástrofe natural não são apenas os de curto prazo (ferimento, morte, danos materiais, destruição), mas que também há efeitos de longo prazo. Catástrofes naturais criam ganhadores e perdedores, gerando, em alguns casos, uma espécie de equilíbrio entre as perdas e os ganhos. Nem sempre, porém, este equilíbrio acontece, e são nestes casos que se fica chocado com o grau de destruição e sofrimento pelo qual passam as regiões assoladas pelas intempéries da natureza. Autores como Friesema, por exemplo, que fez um estudo de casos em cidades americanas atingidas por desastres naturais, defendem que as catástrofes não geram efeitos discerníveis na economia no longo prazo. O que ocorre são pequenas mudanças econômicas. Já para outros, como Prince, os desastres naturais têm efeitos positivos na economia, pois a região irá passar por um processo de reconstrução, emergindo de uma forma mais próspera do que era antes. O capital humano permanece e a capacidade produtiva não é severamente afetada. Wright e Rossi, ao contrário, defendem que as catástrofes naturais têm efeitos negativos, pois os esforços de reconstrução nem sempre são bem planejados e recursos e investimentos podem ser desviados para a reconstrução, prejudicando projetos já em andamento. Além disso, podem ocorrer migrações de capital financeiro e capital humano para fora das regiões afetadas. A última visão apresentada é defendida por Carstens e Scanlon e diz que as catástrofes geram efeitos mistos na economia. O lado positivo dos impactos das catástrofes naturais é que os investimentos pós-catástrofe podem melhorar a infra-estrutura do país, atrair novos investimentos e aumentar o nível da atividade econômica. O desafio é fazer com que os prejuízos sejam minimizados e uma rápida recuperação seja incentivada. Quem ganha e quem perde após um desastre natural depende de vários fatores como política pública como, por exemplo, através da decisão de quem irá receber mais ou menos assistência. Quem trabalha com serviços emergenciais também poderá se beneficiar e políticos poderão se destacar no cenário de acordo com suas atitudes. Cada país deve atentar para as suas peculiaridades e avaliar qual é a melhor forma de se bem-preparar para o caso de catástrofes naturais. Deve ser considerado tanto a forma de financiamento como também possíveis projetos a serem implementados e como os perigos podem mudar ao longo do tempo. Deve-se ressaltar, a importância do estudo de gestão de riscos naturais de forma interdisciplinar. Somente estudos e ações nos planos físico, social, político e econômico, em conjunto, poderá identificar os riscos potenciais e também as formas para se evitar as catástrofes naturais ou, pelo menos, minimizar seus impactos.
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Este contexto engloba não só os efeitos naturais como clima, relevo e hidrografia, propensão a catástrofes naturais, mas também a sociedade na qual se encontra e a ação do homem sobre o meio-ambiente. Isso mostra que não são somente questões da natureza que devem ser estudas pelas chamadas ―ciências naturais‖. Esta questão deve ser vista em todo o seu complexo sistema, de forma multidisciplinar, ou seja, estudada em conjunto, inclusive pelas Ciências Econômicas. Estudos já realizados sobre o tema mostram que são vários os fatores que podem interferir na vulnerabilidade de um país ou região a certos desastres naturais. Estes estudos mostram também que existem diferentes formas de avaliar como estes eventos podem influenciar a economia. Justamente por esta gama infinita de fatores geradores, impulsionadores, agravantes e resultantes de um desastre natural, reconhece-se a complexidade deste assunto multifacetado, com inúmeras dificuldades ao longo do caminho. A estrutura global da economia, as dotações de recursos naturais, a geografia do país, o nível de renda e de desenvolvimento do país além da mudança ambiental, como os desmatamentos, por exemplo, são fatores que influenciam a vulnerabilidade de um país às catástrofes naturais. Os efeitos de uma catástrofe natural não são apenas os de curto prazo (ferimento, morte, danos materiais, destruição), mas que também há efeitos de longo prazo. Catástrofes naturais criam ganhadores e perdedores, gerando, em alguns casos, uma espécie de equilíbrio entre as perdas e os ganhos. Nem sempre, porém, este equilíbrio acontece, e são nestes casos que se fica chocado com o grau de destruição e sofrimento pelo qual passam as regiões assoladas pelas intempéries da natureza. Autores como Friesema, por exemplo, que fez um estudo de casos em cidades americanas atingidas por desastres naturais, defendem que as catástrofes não geram efeitos discerníveis na economia no longo prazo. O que ocorre são pequenas mudanças econômicas. Já para outros, como Prince, os desastres naturais têm efeitos positivos na economia, pois a região irá passar por um processo de reconstrução, emergindo de uma forma mais próspera do que era antes. O capital humano permanece e a capacidade produtiva não é severamente afetada. Wright e Rossi, ao contrário, defendem que as catástrofes naturais têm efeitos negativos, pois os esforços de reconstrução nem sempre são bem planejados e recursos e investimentos podem ser desviados para a reconstrução, prejudicando projetos já em andamento. Além disso, podem ocorrer migrações de capital financeiro e capital humano para fora das regiões afetadas. A última visão apresentada é defendida por Carstens e Scanlon e diz que as catástrofes geram efeitos mistos na economia. O lado positivo dos impactos das catástrofes naturais é que os investimentos pós-catástrofe podem melhorar a infra-estrutura do país, atrair novos investimentos e aumentar o nível da atividade econômica. O desafio é fazer com que os prejuízos sejam minimizados e uma rápida recuperação seja incentivada. Quem ganha e quem perde após um desastre natural depende de vários fatores como política pública como, por exemplo, através da decisão de quem irá receber mais ou menos assistência. Quem trabalha com serviços emergenciais também poderá se beneficiar e políticos poderão se destacar no cenário de acordo com suas atitudes. Cada país deve atentar para as suas peculiaridades e avaliar qual é a melhor forma de se bem-preparar para o caso de catástrofes naturais. Deve ser considerado tanto a forma de financiamento como também possíveis projetos a serem implementados e como os perigos podem mudar ao longo do tempo. Deve-se ressaltar, a importância do estudo de gestão de riscos naturais de forma interdisciplinar. Somente estudos e ações nos planos físico, social, político e econômico, em conjunto, poderá identificar os riscos potenciais e também as formas para se evitar as catástrofes naturais ou, pelo menos, minimizar seus impactos.The question to be investigated in this work is as natural disasters impact the economy of the region in which they occur in the short and long term, identifying positive and negative factors, which factors determine the economic vulnerability to natural disasters, and the path of reconstruction economy of post-natural disaster. Natural disasters are phenomena that ever, since the beginning of time, reached our society. These phenomena over which humans have no control and can occur at any time without notice. When they occur, leave ballast of destruction behind them, shattering the lives of people, society and the economy. In this work, we showed that the risk depends on all the natural context in which it is inserted. This context includes not only the natural effects such as climate, topography and hydrography, proneness to natural disasters, but also society in which it is and the action of man on the environment. This shows that not only questions of nature that should be studied by so-called "natural sciences". This has to be seen in all its complex system of a multidisciplinary, ie, studied together, including the economics. Existing studies on the subject show that there are several factors that may influence the vulnerability of a certain country or region to natural disasters. These studies also show that there are different ways to evaluate how these events can influence the economy.Precisely because of this infinite range of factors that generate, drivers, and resulting from aggravating a natural disaster, it recognizes the complexity of this multi-faceted issue, with many difficulties along the path. The overall structure of the economy, natural resource endowments, the country's geography, income level and development of the country in addition to environmental change such as deforestation, for example, are factors that influence a country's vulnerability to natural disasters. The effects of a natural disaster are not only short-term (injury, death, damage, destruction), but there are also long-term effects. Natural disasters create winners and losers, leading in some cases, a kind of balance between losses and gains. Not always, however, this balance occurs, and in these cases that are shocked by the degree of destruction and suffering they are the regions affected by the ravages of nature. Authors like Friesema, for example, who made a case study in American cities affected by natural disasters, argue that disasters do not generate discernible effects on the economy in the long term. What is the economic changes are small. To others, like Prince, natural disasters have positive effects on the economy because the region will go through a rebuilding process, emerging from a more prosperous than it was before. Human capital remains productive capacity and is not severely affected. Wright and Rossi, by contrast, argue that natural disasters have negative effects, because the reconstruction efforts are not always well planned and resources and investments may be diverted to the reconstruction, damaging projects already underway. In addition, there may be migration of financial capital and human capital out of the affected regions.The latter view is argued by Carstens and Scanlon and says that disasters generate mixed effects on the economy. The positive impacts of natural disasters is that the post-disaster investments can improve the infrastructure of the country, attract new investment and increase the level of economic activity. The challenge is to ensure that losses are minimized and a rapid recovery is encouraged. Who wins and who loses after a natural disaster depends on several factors such as public policy, for example, by deciding who will receive more or less assistance. Who works with emergency services will also benefit and will stand out in the political landscape according to their attitudes. Each country should pay attention to their peculiarities and evaluate what is the best way to well-prepare for natural disasters. Should be considered both a form of financing as well as possible projects to be implemented and how the hazards may change over time. It should be emphasized also the importance of studying management of natural hazards in an interdisciplinary way. Only studies and actions on the physical, social, political and economic, together, can identify potential risks and also ways to prevent natural disasters or at least minimize their impact.application/pdfporMeio ambienteImpacto ambientalDesenvolvimento econômicoNatural hazardsNatural disastersVulnerabilityEconomic impactsPost-disaster reconstructionO impacto das catástrofes naturais na economia e o processo de reconstrução econômicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPorto Alegre, BR-RS2011Ciências Econômicasgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000784312.pdf.txt000784312.pdf.txtExtracted Texttext/plain170606http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34835/2/000784312.pdf.txtc3699dc639c9606d5901d89f12e471f4MD52ORIGINAL000784312.pdf000784312.pdfTexto completoapplication/pdf519542http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34835/1/000784312.pdf199825922260cdd3b46290c3336749bbMD51THUMBNAIL000784312.pdf.jpg000784312.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1050http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34835/3/000784312.pdf.jpg0ea7c479165f0e0726de5db6e1ed6070MD5310183/348352018-10-09 09:05:22.469oai:www.lume.ufrgs.br:10183/34835Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-09T12:05:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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