Avaliação do possível efeito neuroprotetor da metformina nas alterações neuroquímicas astrocitárias induzidas pelo metilglioxal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/195753 |
Resumo: | Diabetes mellitus (DM), caracterizada como uma doença metabólica que afeta o nível de glicose no sangue, o metabolismo lipídico e proteico, se encontra na lista de doenças consideradas epidemias deste século e conta com a metformina (Met) como tratamento de primeira escolha. O excesso de glicose intracelular sobrecarrega a cadeia mitocondrial de transporte de elétrons, gera espécies reativas de oxigênio (EROs) e desencadeia distúrbios na via glicolítica, o que leva a síntese de metilglioxal (MG), que através do processo de glicação forma Advanced Glycation Endproducts (AGEs). O MG sofre ação do sistema glioxalase, uma via metabólica que o detoxifica e conta com a enzima glioxalase 1 (GLO1). Dentre as células do tecido cerebral encontram-se os astrócitos, responsáveis pela defesa contra o estresse oxidativo e pela síntese de glutamato e glutationa (GSH). O glutamato é o neurotransmissor excitatório majoritário no sistema nervoso central (SNC) e a GSH funciona no processo de detoxicação celular. Com isso, distúrbios no metabolismo de GSH e toxicidade do glutamato estão associados às doenças neurológicas, como Doença de Alzheimer (DA). Para avaliar o efeito da metformina foram utilizadas fatias hipocampais de 20 ratos Wistar machos, com 30 dias de idade e foram realizados os ensaios de: atividade GLO1, integridade e viabilidade celular, conteúdo de GSH e de DCF, captação de glutamato, atividade da enzima glutamina sintetase (GS), medida de S100B, dosagem de proteína e análise estatística. Nos tratamentos com MG e MG co-incubado com Met não foram observadas alterações na redução de MTT, na oxidação de DCF e na atividade da GS. O tratamento com MG aumentou a atividade da enzima GLO1 e esse aumento se manteve no tratamento concomitante com Met. O MG diminuiu a secreção de S100B e a atividade da enzima lactato desidrogenase (LDH), e essa diminuição se manteve quando o tratamento foi concomitante com Met. Foi observada diminuição na captação de glutamato na presença de MG e a Met foi capaz de reverter esse resultado. Em relação ao conteúdo de GSH, na presença de MG houve aumento e a Met foi capaz de reverter essa elevação. Neste estudo não foi possível identificar com clareza o motivo do MG diminuir a captação de glutamato, sendo necessários mais experimentos para esclarecimentos maiores. |
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Flores, Marianne PiresGoncalves, Carlos Alberto SaraivaVizuete, Adriana Fernanda Kuckartz2019-06-13T02:31:02Z2018http://hdl.handle.net/10183/195753001094682Diabetes mellitus (DM), caracterizada como uma doença metabólica que afeta o nível de glicose no sangue, o metabolismo lipídico e proteico, se encontra na lista de doenças consideradas epidemias deste século e conta com a metformina (Met) como tratamento de primeira escolha. O excesso de glicose intracelular sobrecarrega a cadeia mitocondrial de transporte de elétrons, gera espécies reativas de oxigênio (EROs) e desencadeia distúrbios na via glicolítica, o que leva a síntese de metilglioxal (MG), que através do processo de glicação forma Advanced Glycation Endproducts (AGEs). O MG sofre ação do sistema glioxalase, uma via metabólica que o detoxifica e conta com a enzima glioxalase 1 (GLO1). Dentre as células do tecido cerebral encontram-se os astrócitos, responsáveis pela defesa contra o estresse oxidativo e pela síntese de glutamato e glutationa (GSH). O glutamato é o neurotransmissor excitatório majoritário no sistema nervoso central (SNC) e a GSH funciona no processo de detoxicação celular. Com isso, distúrbios no metabolismo de GSH e toxicidade do glutamato estão associados às doenças neurológicas, como Doença de Alzheimer (DA). Para avaliar o efeito da metformina foram utilizadas fatias hipocampais de 20 ratos Wistar machos, com 30 dias de idade e foram realizados os ensaios de: atividade GLO1, integridade e viabilidade celular, conteúdo de GSH e de DCF, captação de glutamato, atividade da enzima glutamina sintetase (GS), medida de S100B, dosagem de proteína e análise estatística. Nos tratamentos com MG e MG co-incubado com Met não foram observadas alterações na redução de MTT, na oxidação de DCF e na atividade da GS. O tratamento com MG aumentou a atividade da enzima GLO1 e esse aumento se manteve no tratamento concomitante com Met. O MG diminuiu a secreção de S100B e a atividade da enzima lactato desidrogenase (LDH), e essa diminuição se manteve quando o tratamento foi concomitante com Met. Foi observada diminuição na captação de glutamato na presença de MG e a Met foi capaz de reverter esse resultado. Em relação ao conteúdo de GSH, na presença de MG houve aumento e a Met foi capaz de reverter essa elevação. Neste estudo não foi possível identificar com clareza o motivo do MG diminuir a captação de glutamato, sendo necessários mais experimentos para esclarecimentos maiores.application/pdfporDiabetes mellitusMetilglioxalGlutamatoAstrócitosAvaliação do possível efeito neuroprotetor da metformina nas alterações neuroquímicas astrocitárias induzidas pelo metilglioxalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2018Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001094682.pdf.txt001094682.pdf.txtExtracted Texttext/plain43015http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195753/2/001094682.pdf.txt5d46cd78037fbafc6b5c1d6ade857d03MD52ORIGINAL001094682.pdfTexto completoapplication/pdf630290http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195753/1/001094682.pdf0c821addd38ec5711d73dd298e95b8a1MD5110183/1957532019-06-14 02:30:57.66265oai:www.lume.ufrgs.br:10183/195753Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2019-06-14T05:30:57Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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