Tempo de intervalo terapêutico (TTR) em pacientes aniticoagulados com varfarina em ambulatório de hospital terciário do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bazzo, Giovana
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206955
Resumo: Introdução: o acidente vascular cerebral (AVC) atualmente é a doença com a maior causa de incapacitação na população com mais de 50 anos no Brasil. A varfarina é um anticoagulante oral, antagonista da vitamina K indicada, entre outras doenças, para a prevenção do AVC. Os pacientes em uso de varfarina necessitam monitorar o tempo de protrombina (TP), que é expresso pelo coeficiente internacional normatizado (RNI), de modo que permaneça numa faixa estabelecida pelo médico dependendo da patologia de cada paciente. Para avaliar a qualidade desse monitoramento existe um método que calcula o tempo de intervalo terapêutico, considerando o número de dias de INR no alvo e o número de dias de tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo em hospital terciário, onde se avaliou o prontuário de 122 pacientes com prescrição de varfarina na alta hospitalar. O período de coleta foi de janeiro de 2015 a 2017. Os dados coletados foram data e INR, através de prontuário eletrônico. Resultados: Foram incluídos dados de 122 pacientes com AVC que receberam alta da Unidade de Cuidados Especiais (UCE) neurovascular em uso de varfarina no período estudado. Os pacientes incluídos com maior prevalência são homens (54,1%) brancos (91%), com baixa escolaridade (39,3%) e renda de até um salário mínimo (45,9%). A média de tempo de intervalo terapêutico (TTR) encontrada foi 50,3%, sendo que 64,58% dos pacientes tem TTR menor que 60%. A variável gênero demonstrou associação estatística com TTR (p = 0,032). Conclusões: A partir da análise ambulatorial realizada do TTR nos pacientes pós AVC de um hospital terciário, obteve-se um valor médio de tempo de intervalo terapêutico longe do ideal (> 60%). Isto sinaliza a dificuldade da manutenção de um controle ótimo da anticoagulação. As barreiras que influenciam na qualidade da anticoagulação com varfarina não estão bem determinadas havendo discrepâncias entre os estudos. No presente estudo o fator que demonstrou associação foi o gênero, mas existe necessidade de estudos mais robustos que avaliem os fatores associados a uma qualidade subótima da anticoagulação, com a finalidade de desenvolver estratégias que minimizem o percentual de pacientes em risco de eventos adversos como sangramento e tromboembolismo.
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O período de coleta foi de janeiro de 2015 a 2017. Os dados coletados foram data e INR, através de prontuário eletrônico. Resultados: Foram incluídos dados de 122 pacientes com AVC que receberam alta da Unidade de Cuidados Especiais (UCE) neurovascular em uso de varfarina no período estudado. Os pacientes incluídos com maior prevalência são homens (54,1%) brancos (91%), com baixa escolaridade (39,3%) e renda de até um salário mínimo (45,9%). A média de tempo de intervalo terapêutico (TTR) encontrada foi 50,3%, sendo que 64,58% dos pacientes tem TTR menor que 60%. A variável gênero demonstrou associação estatística com TTR (p = 0,032). Conclusões: A partir da análise ambulatorial realizada do TTR nos pacientes pós AVC de um hospital terciário, obteve-se um valor médio de tempo de intervalo terapêutico longe do ideal (> 60%). Isto sinaliza a dificuldade da manutenção de um controle ótimo da anticoagulação. As barreiras que influenciam na qualidade da anticoagulação com varfarina não estão bem determinadas havendo discrepâncias entre os estudos. No presente estudo o fator que demonstrou associação foi o gênero, mas existe necessidade de estudos mais robustos que avaliem os fatores associados a uma qualidade subótima da anticoagulação, com a finalidade de desenvolver estratégias que minimizem o percentual de pacientes em risco de eventos adversos como sangramento e tromboembolismo.Background: The cerebral vascular accident (CVA) is currently the disease with the greatest cause of disability in the population over fifty years old in Brazil. The warfarin is an oral anticoagulant vitamin K antagonist indicated, among other diseases, for the prevention of CVA. The patients taking warfarin need to monitor prothrombin time (PT), which is expressed by the international normalized ratio (INR), in order that it remains in the range established by the physician depending on the pathology of each patient. To evaluate the quality of monitoring there is a method that calculates the time of therapeutic interval, considering the number of days of INR in the target and the number of days of treatment. Methods: Retrospective study in a tertiary hospital, where the medical record of 122 patients with warfarin prescription at hospital discharge was evaluated. The collection period was from January 2015 to 2017. The collected data were date and INR, through an electronic medical record. Results: In this study were included data from 122 stroke patients using warfarin during the research period who were discharged from the neurovascular special care unit (UCE). The most prevalent patients included men (54.1%), white (91%), with low education level (39.3%) and income up to a minimum wage (45.9%). The time of therapeutic range (TTR) mean found was 50,3%, in which 64.58% of patients have TTR less than 60%. The gender variable showed statistical association with TTR (p = 0.032). Conclusions: The outpatient analysis of TTR in post-stroke patients from a tertiary hospital revealed a mean value of time of therapeutic interval far from ideal (> 60%). This shows the difficulty of maintaining optimal control of anticoagulation. The barriers that influence the quality of anticoagulation with warfarin are not well determined with discrepancies among the studies, in the present study the factor that showed association was gender, but there is a need for more robust studies that evaluate the factors associated with a suboptimal quality of anticoagulation, with the purpose of developing strategies that minimize the percentage of patients at risk of adverse events such as bleeding and thromboembolism.application/pdfporAmbulatório hospitalarVarfarinaAcidente vascular cerebralAssistência farmacêuticaOutpatient hospitalWarfarinStrokePharmaceutical assistanceTempo de intervalo terapêutico (TTR) em pacientes aniticoagulados com varfarina em ambulatório de hospital terciário do sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2018Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001093583.pdf.txt001093583.pdf.txtExtracted Texttext/plain58714http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206955/2/001093583.pdf.txt8c3228af1dd76919f4e7a950a9b9afd6MD52ORIGINAL001093583.pdfTexto completoapplication/pdf374793http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206955/1/001093583.pdf16ace5e51ccdaddfe29bddc8b8cdc5b1MD5110183/2069552020-04-03 04:18:23.121188oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206955Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2020-04-03T07:18:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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