Internações por diabetes mellitus como diagnóstico principal na rede pública do Brasil, 1999-2001

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Roger dos Santos
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Schmidt, Maria Inês, Duncan, Bruce Bartholow, Souza, Maria de Fatima Marinho de, Lima, André Klafke de, Moura, Lenildo de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/61874
Resumo: Objetivo: Descrever no âmbito nacional e por faixa etária, sexo e região as 327.800 hospitalizações por diabetes mellitus (DM) da rede pública do Brasil, entre 1999-2001. Métodos: Foram utilizados dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) referentes ao DM (diagnóstico principal CID-10 E10- E14 combinado com procedimento realizado) e indicadores anuais de hospitalizações/ 104hab. e óbitos hospitalares/ 106hab. (ajustados pelo método direto por idade), letalidade, médias de permanência e gastos por internação e por 104hab. em US$, e regressão logística múltipla para desfecho óbito. Resultados: Houve mais hospitalizações anuais do sexo feminino (7,5/104hab. [intervalo de confiança de 95%: 7,4-7,6] vs. masculino (5,2/104hab. [5,2-5,3]), mais óbitos hospitalares anuais de mulheres (38,1/106hab. [36,8-39,3] vs. 30,7 [29,5-32,0]), porém maior letalidade no sexo masculino (5,9 vs. 5,0%) em todas as regiões. Observou-se incremento das hospitalizações com a idade, mais acentuado para mulheres. Não houve diferença na permanência das internações com óbito (6,5 dias [6,3-6,6]) ou sem (6,4 [6,3-6,6]), apesar do gasto por internação superior (US$ 275,27 [268,37-282,16] vs. 143,45 [136,56-150,35]). O gasto anual/104hab. equivaleu a US$ 969,09. A razão de chances de óbito hospitalar aumentou com a idade, foi maior para homens (1,21 [1,17-1,24]) e 2 vezes maior para habitantes das regiões Nordeste e Sudeste comparados aos da região Sul. Os gastos anuais/104hab. foram 50-100% maiores nas regiões mais desenvolvidas. Conclusões: O volume e a desigualdade nos gastos enfatizam a necessidade de cobertura mais adequada da população, evitando as hospitalizações e suas complicações.
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