Avaliação da eficácia do fator estimulador recombinante humano de colônias de granulócitos "rhG-CSF" no tratamento da sepse de início precoce em recém- nascidos prematuros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miura, Ernani
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Procianoy, Renato Soibelmann, Bittar, Cristina, Miura, Clarissa Schreiner, Melo, Cíntia Acosta, Miura, Maurício Schreiner
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/54620
Resumo: Objetivos: Avaliar a eficácia do fator estimulador recombinante humano de colônias de granulócitos (rhG-CSF) no tratamento da sepse de início precoce em recém-nascidos prematuros (RNP). Material e métodos: Foi desenvolvido um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo em 44 RNP que tinham um “diagnóstico clínico” de sepse de início precoce. O grupo tratado (n=22) recebeu 10μg/kg/d de rhG-CSF, IV, uma vez ao dia, por 3 dias consecutivos, e o grupo placebo (n=22) recebeu o mesmo volume de uma solução, visualmente, indistingüível. Antes da primeira dose, antes da segunda e da terceira doses, e, novamente, 10 dias após a primeira dose, nós medimos o fator de necrose tumoral-a, a interleucina-6, o fator estimulador de colônias de granulócito-macrófago, o G-CSF, a contagem de leucócitos, a contagem absoluta de neutrófilos, a relação neutrófilos imaturos/total, a contagem de plaquetas e a concentração de hemoglobina. Uma aspiração da medula óssea foi realizada sete dias após a primeira dose, e, na seqüência, medimos o percentual do estoque de reserva medular de neutrófilos (NSP) e a relação NSP/NPP (NPP= estoque proliferativo medular de neutrófilos). Resultados: Os grupos tratado e placebo eram semelhantes: idade gestacional (29 ± 2 vs 31 ± 3 semanas) e peso ao nascer (1376 ± 491 vs 1404 ± 508 gramas). Eles apresentaram os mesmos escores de Apgar e SNAP de 24 horas. Não houve nenhum óbito durante a primeira semana de vida no grupo tratado, enquanto que ocorreram três óbitos no grupo placebo. A administração de rhG-CSF não modificou as concentrações plasmáticas das citocinas, exceto a citocina G-CSF. Os níveis plasmáticos da G-CSF, contagem de leucócitos, contagem absoluta de neutrófilos, percentuais de NSP e relação NSP/NPP foram maiores no grupo tratado 24 horas e 72 horas após a primeira administração. A ocorrência de infecções subseqüentes, por um período de até 28 dias de vida, seguindo a administração, foi significativamente menor no grupo tratado (n=2) do que no grupo placebo (n=9; p<0,02, RR 0,19 [IC 95% 0,05-0,78]). A taxa de mortalidade total não foi diferente entre o grupo tratado e o grupo placebo. Conclusões: A administração de rhG-CSF no RNP, com diagnóstico clínico de sepse de início precoce, foi associado com uma menor incidência de infecção de aquisição hospitalar no período de três semanas subseqüentes ao tratamento, mas que não modificaram a taxa total de mortalidade.
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Antes da primeira dose, antes da segunda e da terceira doses, e, novamente, 10 dias após a primeira dose, nós medimos o fator de necrose tumoral-a, a interleucina-6, o fator estimulador de colônias de granulócito-macrófago, o G-CSF, a contagem de leucócitos, a contagem absoluta de neutrófilos, a relação neutrófilos imaturos/total, a contagem de plaquetas e a concentração de hemoglobina. Uma aspiração da medula óssea foi realizada sete dias após a primeira dose, e, na seqüência, medimos o percentual do estoque de reserva medular de neutrófilos (NSP) e a relação NSP/NPP (NPP= estoque proliferativo medular de neutrófilos). Resultados: Os grupos tratado e placebo eram semelhantes: idade gestacional (29 ± 2 vs 31 ± 3 semanas) e peso ao nascer (1376 ± 491 vs 1404 ± 508 gramas). Eles apresentaram os mesmos escores de Apgar e SNAP de 24 horas. Não houve nenhum óbito durante a primeira semana de vida no grupo tratado, enquanto que ocorreram três óbitos no grupo placebo. A administração de rhG-CSF não modificou as concentrações plasmáticas das citocinas, exceto a citocina G-CSF. Os níveis plasmáticos da G-CSF, contagem de leucócitos, contagem absoluta de neutrófilos, percentuais de NSP e relação NSP/NPP foram maiores no grupo tratado 24 horas e 72 horas após a primeira administração. A ocorrência de infecções subseqüentes, por um período de até 28 dias de vida, seguindo a administração, foi significativamente menor no grupo tratado (n=2) do que no grupo placebo (n=9; p<0,02, RR 0,19 [IC 95% 0,05-0,78]). A taxa de mortalidade total não foi diferente entre o grupo tratado e o grupo placebo. Conclusões: A administração de rhG-CSF no RNP, com diagnóstico clínico de sepse de início precoce, foi associado com uma menor incidência de infecção de aquisição hospitalar no período de três semanas subseqüentes ao tratamento, mas que não modificaram a taxa total de mortalidade.Objective: To evaluate the efficacy of the recombinant human granulocyte colony-stimulating factor (rhG-CSF) in the treatment of early-onset neonatal sepsis among premature infants. Materials and Methods: A double-blind, randomized, placebo-controlled trial was performed among forty-four preterm neonates who had “clinical diagnosis” of early-onset sepsis. The treatment group (n=22) received 10μg/kg/d of rhG-CSF, IV once daily for three consecutive days, and the placebo group (n=22) received the same volume of a visuallyindistinguishable vehicle. Prior to the first dose, and prior to the second and third doses, and again 10 days after the first dose, we measured tumor necrosis factor-a, interleukin-6, granulocyte-macrophagocyte colony-stimulating factor, G-CSF, leukocyte count, absolute neutrophil count, immature/ total neutrophil ratio, platelet count, and hemoglobin concentration. A bone marrow aspiration was performed seven days after the first dose, and both the neutrophil storage pool (NSP) percent and the NSP/NPP (neutrophil proliferative pool) ratios were tabulated. Results: The treatment and placebo groups were of similar gestational age (29± 3 vs 31± 3 weeks) and birth weight (1376 ± 491 vs 1404 ± 508 grams). They had similar Apgar scores and 24 hour SNAP scores. No deaths occurred during the first week of life among the treatment group while three deaths occurred in the placebo group. RhG-CSF treatment did not alter the serum concentrations of the cytokines measured (except for GCSF). Serum G-CSF levels, blood leukocyte counts, absolute neutrophil counts, NSP percentages, and NSP/NPP ratios were higher in the treatment group 24 hours and 72 hours after dosing. The occurrence of a subsequent infection over the two week period following dosing was significantly lower in the treatment group (n=2) than in the placebo group (n=9; p<0.02, RR 0.19 [0.05-0.78]). The overall mortality rate during the entire hospitalization was not different between treatment and placebo groups. Conclusions: Administration of rhG-CSF to premature neonates with the clinical diagnosis of early-onset sepsis was associated with lower incidence of nosocomial infection over the ensuing three weeks period, but it did not change the overall mortality rate.application/pdfporJornal de pediatria. Vol. 76, n. 3 (2000), p.193-199SepseNeutropeniaFator estimulador de colonias de granulócitos humanosRecém-nascido prematuroRecombinant human granulocyte colony-stimulating factorNeutropeniaSepsisAvaliação da eficácia do fator estimulador recombinante humano de colônias de granulócitos "rhG-CSF" no tratamento da sepse de início precoce em recém- nascidos prematurosinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000335416.pdf000335416.pdfTexto completoapplication/pdf45599http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54620/1/000335416.pdf73b4d2362234b8c0861fc55a1acc2b61MD51000335416-02.pdf000335416-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf61456http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54620/2/000335416-02.pdfebe258fe5343ad3d61800c340e63d6dbMD52TEXT000335416-02.pdf.txt000335416-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain36253http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54620/3/000335416-02.pdf.txtd7fff83831c14fe9066a5a0e92102de2MD53000335416.pdf.txt000335416.pdf.txtExtracted Texttext/plain40822http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54620/4/000335416.pdf.txtdfd39b4ef9ec187fbf06b92ea4689bb5MD54THUMBNAIL000335416.pdf.jpg000335416.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1957http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54620/5/000335416.pdf.jpg6578acf246bccbaa688d8de9655df219MD55000335416-02.pdf.jpg000335416-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1645http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54620/6/000335416-02.pdf.jpg6cf13dad0d0872c12d39a3cb21fb0cc9MD5610183/546202023-08-11 03:52:11.861354oai:www.lume.ufrgs.br:10183/54620Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-11T06:52:11Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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