“E agora, o que eu faço?” : reflexões sobre os efeitos da pandemia na vida e saúde mental de estudantes universitárias/os em início, meio e final de curso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/235283 |
Resumo: | Objetivo: problematizar os impactos da pandemia e do ensino remoto na vida de estudantes univer sitárias/as, considerando algumas especificidades em relação ao momento do curso, a partir de uma experiência promovida por um projeto de extensão que nos colocou em contato direto com estudantes de nossa universidade. Método: estudo de caso do Grupo Virtual MEDUSA, ação do Projeto de Exten são “Movimento Educação e Saúde Mental – MEDUSA”, desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre 2020 e 2021, foram realizados 45 encontros de aproximadamente uma hora e trinta minutos, totalizando mais de 60 horas registradas em diários de campo, com a participação de mais de 80 estudantes. É a partir destes fragmentos de escuta e de escrita, que o estudo de caso se constitui. Resultados: foram identificados efeitos na vida e saúde mental das/os estudantes, tais como dificuldades com as práticas de ensino e aprendizagem online; o excesso de atividades e sensação de esgotamento; ambientes inadequados de estudo; o sentimento de solidão e desânimo decorrentes da falta de conexão social; sintomas de estresse, ansiedade e depressão; polarização política e negacio nismo científico (o que tem gerado, por exemplo, conflitos familiares significativos); em decorrência desse, insatisfação com a ausência de engajamento coletivo na pandemia (o que torna ainda mais imprevisíveis os efeitos da pandemia e o tempo necessária para a volta às aulas presenciais); dentre outros. Os efeitos são sentidos de formas singulares também conforme o período do curso em que a/o estudante se encontra. Considerações finais: para enfrentar todos os desafios, precisamos construir mais espaços de escuta e diálogo com as/os estudantes, utilizando as redes internas como centros ou núcleos de apoio aos estudantes, que compõem a estrutura institucional, mas também inventando espaços dentro dos cursos de graduação, com professoras/es, técnicos-administrativos e estudantes. |
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Romanini, Moises2022-02-18T04:33:59Z20212595-3664http://hdl.handle.net/10183/235283001137283Objetivo: problematizar os impactos da pandemia e do ensino remoto na vida de estudantes univer sitárias/as, considerando algumas especificidades em relação ao momento do curso, a partir de uma experiência promovida por um projeto de extensão que nos colocou em contato direto com estudantes de nossa universidade. Método: estudo de caso do Grupo Virtual MEDUSA, ação do Projeto de Exten são “Movimento Educação e Saúde Mental – MEDUSA”, desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre 2020 e 2021, foram realizados 45 encontros de aproximadamente uma hora e trinta minutos, totalizando mais de 60 horas registradas em diários de campo, com a participação de mais de 80 estudantes. É a partir destes fragmentos de escuta e de escrita, que o estudo de caso se constitui. Resultados: foram identificados efeitos na vida e saúde mental das/os estudantes, tais como dificuldades com as práticas de ensino e aprendizagem online; o excesso de atividades e sensação de esgotamento; ambientes inadequados de estudo; o sentimento de solidão e desânimo decorrentes da falta de conexão social; sintomas de estresse, ansiedade e depressão; polarização política e negacio nismo científico (o que tem gerado, por exemplo, conflitos familiares significativos); em decorrência desse, insatisfação com a ausência de engajamento coletivo na pandemia (o que torna ainda mais imprevisíveis os efeitos da pandemia e o tempo necessária para a volta às aulas presenciais); dentre outros. Os efeitos são sentidos de formas singulares também conforme o período do curso em que a/o estudante se encontra. Considerações finais: para enfrentar todos os desafios, precisamos construir mais espaços de escuta e diálogo com as/os estudantes, utilizando as redes internas como centros ou núcleos de apoio aos estudantes, que compõem a estrutura institucional, mas também inventando espaços dentro dos cursos de graduação, com professoras/es, técnicos-administrativos e estudantes.Objective: problematize the impacts of the pandemic and remote education in the lives of university students, considering some specificities regarding the time of the course, based on an experience pro moted by an extension project that put the authors in direct contact with students from a university. Method: case study of the MEDUSA Virtual Group, an activity of the Extension Project “Education and Mental Health Movement – MEDUSA”, developed at the Federal University of Rio Grande do Sul. Between 2020 and 2021, 45 meetings of approximately one hour and thirty minutes were held, totaling more than 60 hours recorded in field diaries, with the participation of more than 80 students. The case study was constituted based on these fragments of listening and writing. Results: effects on students’ lives and mental health were identified, such as difficulties with online teaching and learning practices; excess of activities and feeling of exhaustion; inadequate study environments; feelings of loneliness and discouragement arising from the lack of social connection; symptoms of stress, anxiety and depression; political polarization and scientific denial (which has generated, for example, signifi cant family conflicts); as a result of this, dissatisfaction with the lack of collective engagement in the pandemic (which makes the effects of the pandemic and the time needed to return to in-person classes even more unpredictable); among others. The effects are felt in unique ways, also depending on the period of the course in which students are. Final considerations: to face all these challenges, more spaces for listening and dialogue with students must be organized, using the internal networks as su pport centers for students, which make up the institutional framework, but also creating spaces within undergraduate courses, with professors, administrative technicians and students.application/pdfporRevista Interdisciplinar de Promoção da Saúde. Santa Cruz do Sul. Vol. 4, n. 2 (abr./jun. 2021), p. 85-92PandemiasSaúde mentalEstudantes universitáriosPsicologia socialAprendizagemCOVID-19EducaçãoMental HealthEducationHigher Education InstitutionsCOVID-19“E agora, o que eu faço?” : reflexões sobre os efeitos da pandemia na vida e saúde mental de estudantes universitárias/os em início, meio e final de curso“And now, what do I do?” : reflections on the effects of the pandemic on the life and mental health of university students in the beginning, middle and end of the courseinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001137283.pdf.txt001137283.pdf.txtExtracted Texttext/plain41342http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235283/2/001137283.pdf.txt4242fc9cedb5533f8dfd25b407171219MD52ORIGINAL001137283.pdfTexto completoapplication/pdf524990http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235283/1/001137283.pdf072a587d701658149a86f7721af1b20cMD5110183/2352832022-02-22 04:59:52.116743oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235283Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2022-02-22T07:59:52Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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