Perfil dos idosos classificados como não urgentes em um serviço de emergência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sausen, Lisiane Soares Velho
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/78412
Resumo: Introdução: A população mundial vem sofrendo mudanças significativas no que se refere ao envelhecimento populacional. Os idosos utilizam os serviços hospitalares de maneira mais intensiva que os demais grupos etários, envolvendo maiores custos, tratamentos prolongados e recuperação lenta. Frente a essa realidade, os objetivos do estudo foram: caracterizar o perfil sociodemográfico, identificar os aspectos relacionados à saúde e descrever as redes de apoio social dos idosos classificados como não urgentes do Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Métodos: estudo seccional com 31 idosos classificados como não urgentes, identificados a partir de um banco de dados de um estudo maior. Foram utilizados dados sociodemográficos, de saúde e sobre a rede de apoio, analisados por meio de estatística descritiva com o apoio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 18.0. O projeto maior foi aprovado pelo Comitê de Ética do HCPA (processo nº:110023) e a presente investigação foi aprovada pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem. Resultados: a maior parte dos idosos classificados como não urgentes eram do sexo feminino (58,1%), com idade entre 60 e 69 anos (55,0%), com até oito anos de estudo (64,6%), viúvos (38,7%), procedentes do município de Porto Alegre (61,3%), aposentados (64,5%), com renda familiar de até quatro salários mínimos (77,4%), residiam em domicílio multigeracional (70,9%), mas uma parcela significativa dos idosos viviam sós (22,6%). Quanto aos aspectos relacionados à saúde, 77,4% consideravam-se saudáveis, 45,1% referiram possuir apenas uma doença crônica e 25,8% relataram não possuir nenhuma morbidade. As morbidades mais referidas foram as cardiovasculares (44,1%). Com relação ao apoio informal, os idosos referiram fornecer mais apoio (85,2%) do que recebiam da família (81,8%). Entre os tipos de apoio fornecidos estavam dinheiro (33,3%) e cuidados com o neto (20,4%) e entre os recebidos estavam o cuidado pessoal (29,1%) e o auxílio para se locomover (20,0%). Considerando o apoio de instituição formal, 51,6% declarou receber auxílio de serviços de saúde, predominando o apoio com medicamentos (51,6%). Conclusões: este estudo torna-se relevante em virtude da escassez de dados no Brasil para subsidiar a qualificação do atendimento de idosos nos serviços de urgência bem como na atenção em rede. Os resultados fornecem informações relevantes que permitem a formulação e a elaboração de ações de saúde direcionadas às necessidades específicas desta população.
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