Entre commodities e alimentos : uma análise do direcionamento do crédito do PRONAF custeio agrícola no Rio Grande do Sul entre 2013 e 2019

• Autor(a) principal: Rodrigues, Stefany Reis
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/205612
• topic: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar; Crédito agrícola; Commodities; Agricultura familiar; Agricultural credit; Pronaf; Family farming

As propriedades familiares são maioria entre os estabelecimentos gaúchos, que são importantes componentes da produção de alimentos no estado do Rio Grande do Sul (RS). Este estudo objetiva analisar a evolução do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no RS durante o período de 2013 a 2019. Visa-se comparar a demanda de crédito para commodities agrícolas como soja, milho e trigo com a de outros alimentos não commodities e examinar a importância do Pronaf para a produção de alimentos não industrializados selecionados a partir da Pesquisa Orçamentária Familiar de 2008. Para isso, são realizadas observações a partir da coleta de informações do Censo Agropecuário 2017, da Matriz de Dados do Crédito Rural (MDCR) e da pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM). É possível perceber que grande parte dos recursos foi alocada ao grupo de commodities, em especial a soja. No período analisado, o grão liderou em número de contratos e valor custeado; os outros alimentos corresponderam a menos de 10%. O grupo das frutas também apresentou uma leve tendência de expansão na demanda de crédito, ainda que não seja muito expressiva em comparação à de cereais e leguminosas. Por meio do estudo realizado, podese notar a importância do Pronaf Custeio Agrícola para a produção de estabelecimentos familiares. O aumento da especialização da produção voltada ao cultivo de commodities no estado impõe-se como reprodução do sistema produtivo já estabelecido. Esse é um dos maiores desafios a serem superados pelo programa, uma vez que há uma disparidade significativa entre a alocação de recursos para commodities e não commodities alimentares.