Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/122519 |
Resumo: | O ensino de Ciências costuma ser, na maior parte do tempo, ensinado nas salas de aula através da linguagem científica. Tal atitude não leva em conta, entretanto, que tal linguagem não é familiar para o aluno, e isto pode dificultar a aprendizagem. Entretanto, se for utilizada uma linguagem mais próxima do aluno, o processo de aprender pode ser facilitado. No seu cotidiano, o educando costuma usar a linguagem narrativa para se expressar. Neste sentido, o presente trabalho buscou analisar como o uso de linguagem narrativa pode ser explorado em sala de aula, e quais os efeitos do mesmo para a compreensão dos alunos a cerca do conteúdo que se quer ensinar. Além disto, acreditamos que estes, se tiverem uma postura ativa durante a aula, ao invés de apenas assisti-la, terão um maior envolvimento com o processo de aprendizagem, tornando esta mais sólida e duradoura. Para tal, foi realizada uma atividade com uma turma de sétimo ano do ensino fundamental em uma escola pública de Porto Alegre, na qual busquei trabalhar dois conteúdos (evolução biológica e preconceito racial) através de uma narrativa que construí para este fim. Após a apresentação da narrativa, os alunos deveriam encená-la, utilizando coletes de TNT representando as diferentes cores de pele, bem como capas azuis para serem super-heróis (Super-Melanina, um personagem da história). Entretanto, tal proposta pareceu desconfortável para alguns alunos negros. Eu, por ser branca, não tive a sensibilidade para prever que tal atividade pudesse ser desagradável para estes alunos; pensei que a minha proposta era algo divertido e interessante para eles. Ao invés disto, então, propus aos alunos que estes escrevessem, em grupos, uma narrativa utilizando personagens negros, e depois apresentassem a mesma para os colegas na forma de um teatro de fantoches. Através deste trabalho, surgiram reflexões mais profundas do que o inicialmente proposto; percebi que, apesar de estar me formando professora, ainda tenho muito a aprender na minha profissão – e que os percalços no caminho, para além de simbolizarem algo que “não deu certo”, pelo contrário, são o que nos faz pensar e nos coloca em movimento. |
id |
UFRGS-2_0b5511fe981fac27b28da1fa8810d5ac |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/122519 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Serafini, Michele AramburuCosta, Luciano Bedin da2015-08-15T02:03:51Z2015http://hdl.handle.net/10183/122519000971275O ensino de Ciências costuma ser, na maior parte do tempo, ensinado nas salas de aula através da linguagem científica. Tal atitude não leva em conta, entretanto, que tal linguagem não é familiar para o aluno, e isto pode dificultar a aprendizagem. Entretanto, se for utilizada uma linguagem mais próxima do aluno, o processo de aprender pode ser facilitado. No seu cotidiano, o educando costuma usar a linguagem narrativa para se expressar. Neste sentido, o presente trabalho buscou analisar como o uso de linguagem narrativa pode ser explorado em sala de aula, e quais os efeitos do mesmo para a compreensão dos alunos a cerca do conteúdo que se quer ensinar. Além disto, acreditamos que estes, se tiverem uma postura ativa durante a aula, ao invés de apenas assisti-la, terão um maior envolvimento com o processo de aprendizagem, tornando esta mais sólida e duradoura. Para tal, foi realizada uma atividade com uma turma de sétimo ano do ensino fundamental em uma escola pública de Porto Alegre, na qual busquei trabalhar dois conteúdos (evolução biológica e preconceito racial) através de uma narrativa que construí para este fim. Após a apresentação da narrativa, os alunos deveriam encená-la, utilizando coletes de TNT representando as diferentes cores de pele, bem como capas azuis para serem super-heróis (Super-Melanina, um personagem da história). Entretanto, tal proposta pareceu desconfortável para alguns alunos negros. Eu, por ser branca, não tive a sensibilidade para prever que tal atividade pudesse ser desagradável para estes alunos; pensei que a minha proposta era algo divertido e interessante para eles. Ao invés disto, então, propus aos alunos que estes escrevessem, em grupos, uma narrativa utilizando personagens negros, e depois apresentassem a mesma para os colegas na forma de um teatro de fantoches. Através deste trabalho, surgiram reflexões mais profundas do que o inicialmente proposto; percebi que, apesar de estar me formando professora, ainda tenho muito a aprender na minha profissão – e que os percalços no caminho, para além de simbolizarem algo que “não deu certo”, pelo contrário, são o que nos faz pensar e nos coloca em movimento.application/pdfporEnsino de ciênciasTécnicas de ensinoEstratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalçosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2015Ciências Biológicas: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000971275.pdf000971275.pdfTexto completoapplication/pdf3244142http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/122519/1/000971275.pdf6e91b3f790ccc4b86b1a6eed7a7b3882MD51TEXT000971275.pdf.txt000971275.pdf.txtExtracted Texttext/plain76455http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/122519/2/000971275.pdf.txt8dd9ce72f99f7dc4fb5242e0f9115ef6MD52THUMBNAIL000971275.pdf.jpg000971275.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg951http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/122519/3/000971275.pdf.jpga196e88024702625a99c23e6911b755bMD5310183/1225192018-10-08 09:28:39.204oai:www.lume.ufrgs.br:10183/122519Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2018-10-08T12:28:39Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços |
title |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços |
spellingShingle |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços Serafini, Michele Aramburu Ensino de ciências Técnicas de ensino |
title_short |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços |
title_full |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços |
title_fullStr |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços |
title_full_unstemmed |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços |
title_sort |
Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços |
author |
Serafini, Michele Aramburu |
author_facet |
Serafini, Michele Aramburu |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Serafini, Michele Aramburu |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Costa, Luciano Bedin da |
contributor_str_mv |
Costa, Luciano Bedin da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ensino de ciências Técnicas de ensino |
topic |
Ensino de ciências Técnicas de ensino |
description |
O ensino de Ciências costuma ser, na maior parte do tempo, ensinado nas salas de aula através da linguagem científica. Tal atitude não leva em conta, entretanto, que tal linguagem não é familiar para o aluno, e isto pode dificultar a aprendizagem. Entretanto, se for utilizada uma linguagem mais próxima do aluno, o processo de aprender pode ser facilitado. No seu cotidiano, o educando costuma usar a linguagem narrativa para se expressar. Neste sentido, o presente trabalho buscou analisar como o uso de linguagem narrativa pode ser explorado em sala de aula, e quais os efeitos do mesmo para a compreensão dos alunos a cerca do conteúdo que se quer ensinar. Além disto, acreditamos que estes, se tiverem uma postura ativa durante a aula, ao invés de apenas assisti-la, terão um maior envolvimento com o processo de aprendizagem, tornando esta mais sólida e duradoura. Para tal, foi realizada uma atividade com uma turma de sétimo ano do ensino fundamental em uma escola pública de Porto Alegre, na qual busquei trabalhar dois conteúdos (evolução biológica e preconceito racial) através de uma narrativa que construí para este fim. Após a apresentação da narrativa, os alunos deveriam encená-la, utilizando coletes de TNT representando as diferentes cores de pele, bem como capas azuis para serem super-heróis (Super-Melanina, um personagem da história). Entretanto, tal proposta pareceu desconfortável para alguns alunos negros. Eu, por ser branca, não tive a sensibilidade para prever que tal atividade pudesse ser desagradável para estes alunos; pensei que a minha proposta era algo divertido e interessante para eles. Ao invés disto, então, propus aos alunos que estes escrevessem, em grupos, uma narrativa utilizando personagens negros, e depois apresentassem a mesma para os colegas na forma de um teatro de fantoches. Através deste trabalho, surgiram reflexões mais profundas do que o inicialmente proposto; percebi que, apesar de estar me formando professora, ainda tenho muito a aprender na minha profissão – e que os percalços no caminho, para além de simbolizarem algo que “não deu certo”, pelo contrário, são o que nos faz pensar e nos coloca em movimento. |
publishDate |
2015 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-08-15T02:03:51Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2015 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/122519 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000971275 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/122519 |
identifier_str_mv |
000971275 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/122519/1/000971275.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/122519/2/000971275.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/122519/3/000971275.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6e91b3f790ccc4b86b1a6eed7a7b3882 8dd9ce72f99f7dc4fb5242e0f9115ef6 a196e88024702625a99c23e6911b755b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br |
_version_ |
1817724583505035264 |