Estratégias para a humanização do ensino de ciências : uso de linguagem narrativa, desafios e percalços

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serafini, Michele Aramburu
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/122519
Resumo: O ensino de Ciências costuma ser, na maior parte do tempo, ensinado nas salas de aula através da linguagem científica. Tal atitude não leva em conta, entretanto, que tal linguagem não é familiar para o aluno, e isto pode dificultar a aprendizagem. Entretanto, se for utilizada uma linguagem mais próxima do aluno, o processo de aprender pode ser facilitado. No seu cotidiano, o educando costuma usar a linguagem narrativa para se expressar. Neste sentido, o presente trabalho buscou analisar como o uso de linguagem narrativa pode ser explorado em sala de aula, e quais os efeitos do mesmo para a compreensão dos alunos a cerca do conteúdo que se quer ensinar. Além disto, acreditamos que estes, se tiverem uma postura ativa durante a aula, ao invés de apenas assisti-la, terão um maior envolvimento com o processo de aprendizagem, tornando esta mais sólida e duradoura. Para tal, foi realizada uma atividade com uma turma de sétimo ano do ensino fundamental em uma escola pública de Porto Alegre, na qual busquei trabalhar dois conteúdos (evolução biológica e preconceito racial) através de uma narrativa que construí para este fim. Após a apresentação da narrativa, os alunos deveriam encená-la, utilizando coletes de TNT representando as diferentes cores de pele, bem como capas azuis para serem super-heróis (Super-Melanina, um personagem da história). Entretanto, tal proposta pareceu desconfortável para alguns alunos negros. Eu, por ser branca, não tive a sensibilidade para prever que tal atividade pudesse ser desagradável para estes alunos; pensei que a minha proposta era algo divertido e interessante para eles. Ao invés disto, então, propus aos alunos que estes escrevessem, em grupos, uma narrativa utilizando personagens negros, e depois apresentassem a mesma para os colegas na forma de um teatro de fantoches. Através deste trabalho, surgiram reflexões mais profundas do que o inicialmente proposto; percebi que, apesar de estar me formando professora, ainda tenho muito a aprender na minha profissão – e que os percalços no caminho, para além de simbolizarem algo que “não deu certo”, pelo contrário, são o que nos faz pensar e nos coloca em movimento.
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