Covid-19 e resistência a antimicrobianos : impactos, desafios e novas perspectivas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/220475 |
Resumo: | A resistência a antimicrobianos foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “pandemia invisível”. A COVID-19, uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, surgiu em dezembro de 2019 na China e, em poucos meses, atingiu o mundo inteiro. O novo coronavírus alterou a vida cotidiana e medidas foram implementadas para prevenir a disseminação do vírus como a efetiva higiene das mãos e restrição de circulação. Ainda não há tratamento comprovado para a COVID-19, então a incerteza e ansiedade em torno da doença contribuíram para a generalizada e excessiva prescrição de antibióticos. Estes medicamentos são amplamente utilizados para tratar infecções secundárias bacterianas em pacientes da COVID-19, especialmente no ambiente hospitalar. Podem ser considerados como fatores de risco para infecções nosocomiais a idade avançada, doenças sistêmicas subjacentes, necessidade de uso de respirador e prolongadas estadias em UTIs. De forma geral, evidências sugerem que a coinfecção bacteriana não ocorre frequentemente, entretanto as taxas de prescrição de antimicrobianos são altas. Contudo, o tratamento antibacteriano é extremamente necessário quando micro-organismos multirresistentes são responsáveis pela infecção. Nestas situações, o tratamento torna-se mais difícil e mais caro, a internação é mais longa e as chances de óbito aumentam. Antimicrobial stewardship é um programa coordenado para garantir um uso apropriado de antimicrobianos, limitar o surgimento de patógenos resistentes e salvaguardar os antimicrobianos para o futuro. Existe a possibilidade destes programas terem sido afetados pela urgência causada pelo novo coronavírus, uma vez que os profissionais de saúde, que antes dedicavam parte do seu tempo de trabalho a essas atividades preventivas, hoje se dedicam prioritariamente ao combate à doença. Estas equipes devem permanecer ativas, pois é possível que haja um aumento da resistência aos antimicrobianos a longo prazo e os impactos podem permanecer mesmo no período pós COVID-19. |
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Gonçalves, Maria do Carmo FerreiraPerez, Leandro Reus Rodrigues2021-05-04T04:27:32Z2020http://hdl.handle.net/10183/220475001124860A resistência a antimicrobianos foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “pandemia invisível”. A COVID-19, uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, surgiu em dezembro de 2019 na China e, em poucos meses, atingiu o mundo inteiro. O novo coronavírus alterou a vida cotidiana e medidas foram implementadas para prevenir a disseminação do vírus como a efetiva higiene das mãos e restrição de circulação. Ainda não há tratamento comprovado para a COVID-19, então a incerteza e ansiedade em torno da doença contribuíram para a generalizada e excessiva prescrição de antibióticos. Estes medicamentos são amplamente utilizados para tratar infecções secundárias bacterianas em pacientes da COVID-19, especialmente no ambiente hospitalar. Podem ser considerados como fatores de risco para infecções nosocomiais a idade avançada, doenças sistêmicas subjacentes, necessidade de uso de respirador e prolongadas estadias em UTIs. De forma geral, evidências sugerem que a coinfecção bacteriana não ocorre frequentemente, entretanto as taxas de prescrição de antimicrobianos são altas. Contudo, o tratamento antibacteriano é extremamente necessário quando micro-organismos multirresistentes são responsáveis pela infecção. Nestas situações, o tratamento torna-se mais difícil e mais caro, a internação é mais longa e as chances de óbito aumentam. Antimicrobial stewardship é um programa coordenado para garantir um uso apropriado de antimicrobianos, limitar o surgimento de patógenos resistentes e salvaguardar os antimicrobianos para o futuro. Existe a possibilidade destes programas terem sido afetados pela urgência causada pelo novo coronavírus, uma vez que os profissionais de saúde, que antes dedicavam parte do seu tempo de trabalho a essas atividades preventivas, hoje se dedicam prioritariamente ao combate à doença. Estas equipes devem permanecer ativas, pois é possível que haja um aumento da resistência aos antimicrobianos a longo prazo e os impactos podem permanecer mesmo no período pós COVID-19.Antimicrobial resistance was named by the World Health Organization (WHO) as an "invisible pandemic". COVID-19, a respiratory disease caused by the SARS-CoV-2 virus, emerged in December 2019 in China, and in a few months reached all the world. The novel coronavirus has changed the daily life, measurements were implemented to prevent the virus spread like effective hand hygiene and circulation restriction. There isn't a proven treatment for COVID- 19 yet, so the anxiety and uncertainty surrounding the disease contributed to the widespread and excessive prescription of antibiotics. These medicines are widely used to treat bacterial secondary infections in COVID-19 patients, especially in the hospital environment. Could be considered as risk factors for nosocomial infections such as old age, underlying systemic diseases, need for respirator use and prolonged ICU stays. In a general view, evidence suggests that bacterial co-infection isn’t frequent, but prescribing rates of antimicrobial agents are high. However, antibacterial treatment is extremely required when the multidrug-resistant organisms are responsible for the infection. In these situations, treatment becomes harder and more expensive, the hospital stay is longer, and the chances of death increase. Antimicrobial stewardship is a coordinated program to ensure appropriate antimicrobial use, limit the emergence of resistant pathogens and safeguard antimicrobials for the future. There is a possibility that these programs have been affected by the urgency caused by the novel coronavirus, as health professionals, who previously dedicated part of their working time to these preventive activities, today are primarily dedicated to fighting the disease. These teams must remain active, as it is possible that there will be an increase in resistance to antimicrobials in the long term, and the impacts may remain even in the post-COVID-19 period.application/pdfporCOVID-19Infecções por coronavirusBetacoronavirusResistência microbiana a medicamentosGestão de antimicrobianosAntimicrobial resistanceSARS-CoV-2Antimicrobial useCo-infectionMultidrug resistant microorganismsAntimicrobial stewardshipCovid-19 e resistência a antimicrobianos : impactos, desafios e novas perspectivasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePorto Alegre, BR-RS2020especializaçãoCurso de Especialização em Microbiologia Clínicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001124860.pdf.txt001124860.pdf.txtExtracted Texttext/plain48189http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220475/2/001124860.pdf.txtdf6793522d1921569c9c98447b0b1c70MD52ORIGINAL001124860.pdfTexto completoapplication/pdf8035784http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220475/1/001124860.pdf4b3db94506379fe78d4c39409541de5aMD5110183/2204752022-07-20 04:49:35.915765oai:www.lume.ufrgs.br:10183/220475Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-07-20T07:49:35Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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