Eritrocitose absoluta primária em cão : revisão de literatura e relato de caso

• Autor(a) principal: Eder, Vanessa Dalla Porta
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/250243
• topic: Transtornos mieloproliferativos; Eritrocitose; Diagnóstico; Cães; Erythrocytosis; Erythropoietin; Myeloproliferative

Eritrocitose é o aumento no número de eritrócitos, na concentração de hemoglobina e no hematócrito, e diversas causas podem ser atribuídas, e podendo essa ser relativa ou absoluta. A eritrocitose relativa ocorre em consequência da hemoconcentração por desidratação ou contração esplênica associada a dor ou excitação, sendo resolvida após fluidoterapia ou remoção da causa. A eritrocitose absoluta é caracterizada pelo aumento verdadeiro da massa eritrocitária. Essa condição classifica-se como primária quando há proliferação autônoma de precursores eritroides independente da concentração sérica de eritropoetina, ou secundária em casos em que a eritropoetina encontra-se elevada por condições de hipóxia, causada por doenças cardíacas ou pulmonares, ou ainda pela produção do hormônio por neoplasia renal. A eritrocitose primária é um distúrbio mieloproliferativo considerado raro em cães e gatos, e seus sinais clínicos são atribuídos ao aumento do volume e viscosidade sanguíneos, como eritema, tromboses, hemorragias, sinais nervosos e oculares. O diagnóstico é baseado na exclusão das outras formas de eritrocitose através de exames complementares de imagem e hemogasometria. A mensuração de eritropoetina pode auxiliar no estabelecimento do diagnóstico diferencial e a citologia da medula óssea confirma a hiperplasia eritroide. O prognóstico de animais com eritrocitose primária é reservado, porém com maior sobrevida quando o tratamento através de flebotomia e terapia mielossupressiva é realizado.